segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Atualização mensal do IBOV – Setembro 2019




Desta vez faço diferente. Escrevo a coluna mensal alguns dias antes do início do mês seguinte.

E faço isso por um motivo simples: vejo grandes oportunidades no mercado de ações.

E, usualmente, as maiores oportunidades são fugazes.

Desde meados de julho venho comentando que o IBOV corrigiria até os 100 mil pontos ou menos. 
No momento em que escrevo, o IBOV perdeu os 97 mil pontos.

Em minha opinião, o movimento de queda ocorreu principalmente em virtude do cenário externo desafiador e a fuga dos investidores estrangeiros do Brasil – saldo negativo em 21 bilhões de reais em 2019 (quase 11 bilhões somente em agosto).

E mais, por aqui não tivemos novidades relevantes no cenário político e econômico, assim, o IBOV e vários ativos “precisavam” de uma correção após a última pernada de alta que ocorreu entre maio e julho. É um movimento natural e corriqueiro. O índice precisava ganhar fôlego para novos voos. Quem sabe: rumo aos 116 / 120 mil pontos até o fim de 2019.

Acho que o fim da correção está próximo, porém, acertar os fundos e os topos de um ativo é uma missão quase impossível. Precisamos assumir a ignorância.

Teoricamente o BULL MARKET estrutural de longo prazo continua o mesmo.

Desta forma, acredito que chegou a hora de aumentar as posições em bolsa, especialmente para os ativos que recuaram com mais força. A saber: enquanto o IBOV caiu 10%, alguns ativos importantes desabaram mais de 30%.

Faça isso aos poucos, sem atropelos, pois a queda poderá continuar por mais algum tempo, especialmente se o cenário externo degringolar ou surgir algum “cisne negro” político por aqui. E invista somente o dinheiro de longo prazo.

Graficamente, existe uma barreira fortíssima para o IBOV na faixa entre os 94 e 97 mil pontos (retração de 61,8% de Fibonacci, MM200 e LTA de longo prazo). Acho improvável o IBOV perder esse suporte no atual momento. Mas, tudo é possível.



O próximo suporte estaria na faixa de 89 mil pontos. Se perdêssemos esse patamar, o cenário para o IBOV ficaria muito preocupante. Todavia, até aqui, uma possibilidade remota!

O IBOV, desde janeiro de 2016, tem respeitado os principais suportes. Um dos pilares da Teoria de Dow: a tendência vigência continua intacta até o surgimento de sinais claros de reversão. Estamos muito longe disso.

Aproveite as “promoções” que o próprio mercado financeiro nos oferece, mas não exagere na dose. Evite exposição em excesso ao mercado de ações e mantenha os pés no chão.

Respeite seu perfil de investidor. E não se esqueça: diversifique a carteira. Sempre!

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.




domingo, 4 de agosto de 2019

Atualização mensal do IBOV – Agosto 2019




Bingo! Sobe no boato, cai no fato.

Esse manjado ditado na bolsa de valores é quase sempre verdadeiro.

Após o topo do IBOV em 106 mil pontos no dia 10 de julho, já são quase quatro semanas em queda.

Será que estamos próximos do fim da correção?

Eu, particularmente, acredito que poderemos cair um pouco mais.

O suporte de 100 mil pontos é o próximo alvo numa eventual continuidade da correção.

Esse seria o cenário ideal para a retomada do BULL MARKET: a correção do índice até a faixa dos 100 mil pontos ou um pouco menos (95 a 97 mil pontos).

Todavia, tecnicamente, o IBOV já aliviou o estado sobrecomprado e corrigiu nas periodicidades semanal e diária.



Desta forma, é preciso ficar atento aos próximos passos do IBOV, pois a retomada da pressão compradora poderá recomeçar a qualquer momento.

Após a queda dos juros básicos na semana passada, os compradores deverão voltar com força total, especialmente os estrangeiros, que retiraram mais de seis bilhões de reais do mercado de ações em julho.

Uma ressalva: o cenário externo poderá prejudicar temporariamente o ímpeto altista do mercado brasileiro, pois por lá, o cenário mais provável é um prolongamento da correção no mês de agosto, iniciada na última semana.

Por aqui, as atenções estarão concentradas na votação da reforma da previdência em segundo turno na Câmara e o início da discussão no Senado Federal. Qualquer novidade “ruim” deverá afetar os preços, negativamente.

E, por último, não preocupe com os ruídos frequentes do Twitter do Presidente. Isso não muda o cenário econômico promissor.

Posto isto, talvez por enquanto, o melhor seja aguardar, nada a fazer, ao menos até um sinal mais forte no gráfico diário que poderá ocorrer em breve. 

Aguardemos.

MJR


As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.