domingo, 30 de dezembro de 2018

Atualização mensal do IBOV – Janeiro 2019






No meu último comentário mensal, interroguei se o IBOV continuaria em alta e buscaria os 100 mil pontos. Apesar do viés altista no final de novembro, elenquei uma série de dados que poderiam impedir a escalada do IBOV.

Bingo! O IBOV terminou dezembro com uma queda de aproximadamente 1,6%.

E devemos comemorar muito essa singela queda. As bolsas americanas tiveram um desempenho terrível. Chegaram a cair mais de 15% e estão fechando o mês com uma queda de cerca de 10% (baixa fortíssima para os padrões americanos). Um dos piores meses de dezembro da história. Lá, o BEAR MARKET chegou com vontade!

Em outros tempos, o mais provável seria que o IBOV despencasse muito mais. O comportamento do IBOV em dezembro sugere que o índice local está muito forte.

Os motivos que continuam segurando o IBOV nos níveis atuais, 87.887 pontos, além do desempenho ruim das bolsas americanas, são a forte posição vendida dos estrangeiros no mercado à vista e a impressionante derrocada das commodities, especialmente do petróleo. Quando esses fatores “sumirem” ou amenizarem, a bolsa brasileira poderá ter uma forte “pernada” de alta. 

Eu, particularmente, acredito que o Mercado dará um voto de confiança ao Governo que se inicia em janeiro. Possivelmente, essa trégua seguirá até o final do primeiro trimestre, talvez um pouco mais. Depois disso, o Mercado “exigirá” resultados do presidente eleito, especialmente em relação à reforma da previdência. Até lá, o otimismo prevalecerá!

O cenário econômico atual é muito propicio para a retomada do crescimento econômico no Brasil: juros baixos, inflação controlada, confiança em alta dos empresários, investidores e consumidores, e crédito disponível, dentre outros.

Posto isto, continuo extremamente otimista com o IBOV no curto, médio e longo prazo. É verdade que a continuidade do crash lá fora, poderá nos afetar, mas possivelmente de forma pontual e momentânea. O mais importante é o Governo Bolsonaro seguir o “caminho das reformas”, aliás, não há outra saída: reformas ou reformas. Daí, ninguém segura o crescimento do PIB Brasileiro e, por conseguinte, o lucro das empresas e o desempenho da bolsa.

Por outro lado, o dólar deverá seguir o caminho inverso. Além dos fundamentos que apontam nessa direção, no gráfico semanal (análise técnica – veja abaixo), o dólar futuro está montando uma importante figura de reversão (ombro-cabeça-ombro) que poderá derrubar a cotação da moeda americana; talvez para pouco mais de três reais nos próximos seis a doze meses. Aguardemos.



Desejo aos meus leitores e amigos um EXCELENTE ANO NOVO!

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.