domingo, 19 de julho de 2020

A Resiliência do IBOV




Um dos conceitos mais importantes no mercado de renda variável é a resiliência de um movimento. Quando um ativo está numa tendência instalada, de alta por exemplo, é preciso uma força muito maior para mudar sua rota.

Na última segunda-feira escrevi que o IBOV tinha feito um sinal de alerta e poderia corrigir por alguns dias. Alarme falso. Subiu cerca de 4% desde o fechamento daquele dia.

Seguindo os mercados americanos, o índice brasileiro retomou a alta nos dias seguintes e fechou a semana próximo da máxima (quase 103 mil pontos) e com alto volume financeiro.

Assim, é provável que a “festa” continue e que o IBOV busque patamares ainda mais altos nas próximas semanas.

Próximos alvos: 108 mil pontos e depois o topo histórico (119.593 pontos).



Dentre os principais motivos para a alta do IBOV, cito: a forte queda da taxa de juros no Brasil (perda da atratividade da renda fixa), o aumento expressivo do número de participantes na bolsa (quase três milhões de pessoas), o bom resultado de alguns setores durante a pandemia (varejo e construção civil), a perspectiva de uma saída mais rápida para a crise sanitária.

E o mais importante: continuaremos seguindo os passos das bolsas americanas. Fique atento nos movimentos por lá.

Desta forma, siga o fluxo, mas não deixe de diversificar sua carteira e mantenha alguns ativos de proteção. E não exagere na dose! O vento poderá mudar a qualquer momento. E mais. Os resultados do segundo trimestre, que serão divulgados em breve, poderão acelerar ou mudar os movimentos atuais.

Bons investimentos.

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Sinal de alerta no IBOV!



O IBOV rompeu os 100 mil pontos na semana passada; de forma tímida, é verdade.

Seguindo o mercado externo, no dia de hoje, o índice começou em alta e fechou em forte queda, na mínima – 98.600. Deixou uma “barra” de conotação negativa no gráfico diário.



E mais, com volume financeiro acima da média: o maior desde o dia 22/06/2020.

E o que isso significa?

Usualmente é um sinal gráfico que indica correção para os próximos dias.

Importante: não é um sinal de reversão de tendência, mas um sinal de recuo nos preços para os próximos pregões.

No último post já tinha comentado que o IBOV tinha perdido momentum.

Outro agravante: o rompimento dos 100 mil pontos pode ser caracterizado como um “falso rompimento”, o que geralmente favorece um forte movimento no sentido contrário (queda).

Suportes imediatos: 96 mil, 93 mil, 90 mil e 83 mil pontos.

O que fazer? É hora de cautela.

Realize parcialmente seus lucros, se ainda não o fez.

Compre (ou aumente) algumas proteções para sua carteira.

Não zere sua carteira de ações e nem opere vendido. Ainda estamos numa tendência de alta.

Também não é hora de sair comprando. O IBOV poderá corrigir por vários dias. 

Os sinais de hoje sugerem apenas uma correção dentro de uma tendência de alta.

E outra. Mesmo com o movimento de hoje, se os índices americanos voltarem a subir a partir de amanhã, nós os seguiremos.

No mercado não existem certezas. Jamais!

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.







quarta-feira, 1 de julho de 2020

Julho 2020. Momento decisivo para o IBOV: ou vai ou racha!




Desde o último post, em 07 de junho, o IBOV caiu, subiu e voltou ao mesmo patamar: 95 / 96 mil pontos. Todavia, no mês de junho tivemos mais uma alta expressiva, cerca de 8%.

O que esperar para o mês de julho?

Na minha opinião, graficamente, estamos num divisor de águas.

Logo acima dos preços atuais, em 98 / 99 mil pontos, temos uma fortíssima resistência: além dos dois toques recentes, ali se encontra a média móvel de 200 períodos e a retração de 61,8% de todo o movimento de queda do primeiro trimestre de 2020. Veja:



Assim, se o IBOV conseguir romper essa faixa e superar os 100 mil pontos, o índice deverá buscar patamares ainda mais altos nos próximos meses, e quem sabe testar o topo histórico em 120 mil pontos.

Caso contrário, o IBOV poderá ficar “andando de lado”, entre 90 e 98 mil pontos, ou mesmo recuar até o outro suporte em 83 mil pontos. 

Assim, temos dois cenários possíveis e totalmente opostos, mas a realidade é essa. No mercado, nem sempre os caminhos são claros.

E o mais importante e inegável, mesmo com as incertezas da pandemia, as bolsas de valores mundo afora estão fortes. Outra coisa me parece certa: continuaremos seguindo o desempenho de Wall Street. Se lá subir, subiremos; se lá cair, cairemos; possivelmente em intensidades diferentes. Exceto, se o clima político pegar fogo por aqui.

Assim, o ideal é que você esteja preparado para os dois cenários e, principalmente, seguir o fluxo. Não reme contra a maré. Eu, particularmente, gostaria que o mercado caísse para melhorar o risco / retorno dos investimentos em renda variável, e ganhar força para novas escaladas. Mas, nem sempre o mercado faz o que a gente quer.

Por último, um palpite: se eu tivesse que apostar em qual caminho o IBOV seguirá no curto prazo, mesmo sabendo que as bolsas estão muito resilientes na alta, eu apostaria na queda antes do rompimento da barreira (seria como ganhar fôlego para um rompimento mais confiável). Meu sentimento é baseado em dois fatores: a divergência pelo indicador MACD (favorecendo a queda) e porque o IBOV ainda não fez uma correção significativa desde o fundo em 75 mil pontos.

E mais, mesmo achando que o IBOV poderá corrigir no curto prazo, acredito fortemente que romperemos os 100 mil pontos ainda no ano de 2020.

Todavia, como já dito, se o IBOV romper a resistência dos 100 mil pontos nos próximos dias eu seguirei o fluxo. Faça o mesmo.

Bons investimentos.

MJR




As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.