quarta-feira, 29 de março de 2017

O IBOV fez um movimento muito interessante no dia hoje:



O índice Bovespa fechou perto máxima (65.528 pontos) e com ótimo volume financeiro (mais de 8 bilhões).

Rompeu a LTB de curto prazo, a média móvel de 21 períodos e a máxima da semana passada (linha amarela).

Contudo, confesso que fiquei com “a pulga atrás da orelha”. Os motivos principais? Veja:

  1. A alta foi muito concentrada na Petrobrás e no Banco do Brasil.
  2. O índice futuro subiu, mas sem volume financeiro. Essa distorção entre o IBOV e o INDFUT não é usual.

Assim, o pregão de hoje foi muito importante, mas acho que esse movimento precisa ser confirmado nos próximos dias.

Aguardemos o fechamento da semana – o divisor de águas. No próximo domingo, comentarei o fechamento da semana.

Até lá.

MJR

terça-feira, 28 de março de 2017

Dia D para o IBOV




Amanhã, quarta-feira dia 29 de março, pode ser um dia decisivo para o mercado no curto prazo.

O IBOV segue em correção desde o dia 22 de fevereiro.

Nos últimos dias reagiu em cima da linha de tendência de alta (linha preta) que conduz o mercado desde janeiro de 2016.

No dia de hoje atingiu a linha de tendência de baixa (LTB) de curto prazo (em vermelho).

Se amanhã o IBOV romper a LTB, e com bom volume financeiro, a correção pode ter terminado e um novo ciclo de alta começará.

Não será fácil atravessar essa resistência, pois existe a barreira extra da média móvel de 21 semanas.

Por outro lado, se não houver o rompimento da LTB, o índice pode recuar até os 60 /62 mil pontos.

Apesar do pregão de amanhã ser muito importante, o fechamento desta semana será ainda mais significativo, pois poderá ser o grande divisor de águas para as próximas semanas.

Aguardemos.

MJR

segunda-feira, 27 de março de 2017

IBOV segue com viés baixista no curto prazo, mas...



O índice Bovespa continua na faixa entre 63 e 64 mil pontos. Uma correção de 10% em relação ao topo do final de fevereiro em 69 mil pontos.

A forte queda na última terça-feira, 21, foi seguida de alguma recuperação nos dias seguintes, mas não há sinais claros da volta definitiva dos compradores.

Ainda vejo espaço para mais quedas no IBOV. Suporte imediato em 60/62 mil pontos e outro mais importante em 57 mil.

Todavia, acredito que o movimento corretivo pode estar próximo do fim, mas é preciso esperar uma sinalização no gráfico semanal.

Foram cinco semanas de correção e começamos esta semana em queda no momento em que escrevo (período da manhã).

O que fazer? Aguarde pacientemente uma semana de alta. De preferência com forte volume financeiro e superando a máxima da semana anterior.

Até lá mantenha os cintos afivelados e não retire os mecanismos de hedge. É hora de fazer caixa e aguardar o melhor momento para aumentar o portfólio.

Lembre-se: mesmo num mercado altista, correções agudas ocorrem. Faz parte do mercado de renda variável. E mais. A Teoria de Dow que rege o mercado é muita taxativa: uma tendência somente acaba quando existem sinais claros de reversão da mesma.

A tendência primária de alta segue inabalável.

MJR

sábado, 18 de março de 2017

Semana decisiva para o IBOV.



Esta semana poderá ser o divisor de águas para a evolução do índice nas próximas semanas / meses.

Estamos perigosamente flertando com uma importante zona de suporte, por volta dos 63 / 64 mil pontos.

Se perder, o IBOV pode azedar de vez e a hipótese de uma generosa queda até os 57 mil pontos é a mais provável. Uma queda de 10%.

Por outro lado, se o IBOV respeitar o suporte, e com convicção, poderemos retomar a alta rumo as 74 mil pontos.

Perceba que são movimentos totalmente opostos. Mas no mercado de ações essas situações são corriqueiras.

Antes de comentar os detalhes mais técnicos, fica a dica para o pequeno investidor: proteja parte dos seus investimentos em bolsa. Não deixe sua carteira aguardando dias melhores. Faça isso realizando lucros parciais em operações bem sucedidas ou comprando proteções no mercado futuro e mercado de opções.

Dados de análise técnica:

Na quarta-feira, 15, o IBOV fez um forte movimento de alta, superando as resistências imediatas de curto prazo, acompanhado de alto volume financeiro. Era um ótimo sinal para a retomada do movimento de alta, após a correção desde o topo em 69 mil pontos. Todavia, na quinta e principalmente na sexta, 17, o índice mostrou força ainda maior na queda (forte entrada de vendedores), ou seja, o movimento de alta na quarta-feira foi totalmente anulado.



Se o IBOV perder definitivamente os 64 mil pontos no gráfico diário, uma importante figura de reversão pode ser acionada (“ombro-cabeça-ombro”) o que poderá derrubar o índice até os 57 mil pontos.



Já pelo gráfico semanal ainda temos fôlego para cair um pouquinho mais (até os 62 / 63 mil pontos), onde os preços encontrarão a média móvel de 21 períodos, a linha de tendência de alta de longo prazo (LTA) e faixa de correção dos 61,8% de Fibonacci.



Se no gráfico diário a tendência de alta está fortemente ameaçada, no semanal a história é diferente, pois só perderíamos a tendência de alta na perda dos 57 mil pontos. Estamos tranquilos nesta periodicidade. No mensal o cenário é ainda mais favorável.



E mais. Vários ativos importantes estão sinalizando mais quedas no curto prazo: PETR4, VALE5 e Bancos.

Posto isto, o que eu espero nesta semana:



Será uma semana pesada. A maior probabilidade é da continuidade das quedas. Entretanto, vira e mexe o IBOV não segue o caminho mais provável, sinaliza para um lado e corre para o outro. Falsos rompimentos são corriqueiros.


I
ndependentemente dos próximos capítulos, eu vou estar tranquilo, pois não tenho dúvida que estamos diante de um mercado de alta de longo prazo (BULL MARKET). Mesmo neste cenário, correções mais vigorosas acontecem. E são elas que confirmam a tendência. Não se preocupe. Sugiro apenas proteger parte dos seus investimentos, como já comentado.

Se o IBOV testar o suporte e voltar a subir, ótimo. Se cair mais, meus mecanismos de hedge vão me propiciar aumentar ainda mais minha carteira, pagando mais barato pelas ações. Essa é a lógica num BULL MARKET: fazer "caixa" e aumentar as posições acionárias nas correções!

MJR



domingo, 12 de março de 2017

Como proteger sua carteira de investimentos


Ganhar dinheiro no mercado financeiro não é uma tarefa fácil. Esqueça as fantasias juvenis e as promessas milagrosas dos internautas e gurus de plantão. A construção de patrimônio é uma missão trabalhosa e paulatina. O sucesso advém de muito esforço, dedicação e disciplina. O primeiro objetivo de qualquer investidor é proteger o portfólio. Evite riscos em demasia. Seja um investidor cauteloso e ao mesmo tempo sábio, utilizando todas as ferramentas disponíveis no mercado. E lembre-se, o mais importante de tudo é fechar o mês com um saldo maior no seu portfólio em relação ao mês precedente. É muito prazeroso terminar o mês com o patrimônio maior do que o mês anterior, de preferência com ganhos superiores ao CDI. Este deve ser o maior objetivo: lucros contínuos e duradouros. Nada adianta você obter lucros exorbitantes momentâneos, seguidos de prejuízos monumentais.

Este é meu oitavo livro e, talvez, o mais importante de todos. Abordo um tema que os pequenos investidores desconhecem, mas que é imprescindível para o sucesso no mercado financeiro: mecanismos de proteção de uma carteira de investimentos.



MJR

*Já disponível no site Amazon: www.amazon.com.br 

terça-feira, 7 de março de 2017

PIB do Brasil recua 3,6% em 2016. E daí, qual a novidade?



Está nas manchetes dos principais jornais brasileiros que o PIB do Brasil recuou fortemente por mais um ano seguido (3,8% em 2015 e 3,6% em 2016), acumulando uma queda de quase 8% em dois anos. A maior dos últimos 70 anos.

Mas, daí eu te pergunto: qual a novidade? Nenhuma. É uma notícia velha e amplamente esperada pelo mercado. Sem grande importância atual. Essa longa recessão é fruto da lambança da nova matriz econômica proposta por Guido e Dilma desde 2011. Felizmente são águas passadas.

Devemos esquecer esta tragédia o quanto antes. Bola para frente. Já há sinais claros de melhora do cenário econômico. Desde a posse da nova equipe econômica, os números da economia melhoram de forma substancial. Veja:

1.     
Juros básicos: caíram de 14,25% para 12,25%. E vão cair muito mais ao longo do ano de 2017. Isso tem um impacto fenomenal no crescimento econômico: melhoria do crédito, redução da dívida pública, etc.


2.     
Inflação controlada e no centro da meta (4,5%).


3.     
Exportações em alta. A balança comercial está em forte superávit.


4.     
O dólar americano recuou de 4,25 para pouco mais de 3,10 reais.


5.     
A bolsa brasileira subiu mais de 60% desde o final de janeiro de 2016, refletindo o otimismo dos investidores com a economia.


6.     
Aliás, o otimismo está em alta entre os empresários e investidores.


7.     
Se antes tínhamos queda no PIB, a expectativa é de uma pequena alta para 2017. E para 2018, a projeção é de mais de 2%.

8.     
E os empregos? Eles demorarão um pouco mais a voltar. São os últimos a serem afetados no começo da crise, como em 2014, e são os últimos que se recuperarão. Essa é a lei natural numa crise instalada.

As reformas fiscais e os gastos públicos tiveram avanços importantes nos últimos 10 meses, e precisamos de muito mais. A reforma da previdência é primordial. Não será fácil, pois os setores privilegiados no sistema atual vão espernear. Mas sempre é bom lembrar que mais de 60% dos aposentados recebem apenas um salário mínimo e não serão afetados pela reforma. É preciso coibir as distorções dos que ganham muito, dos marajás da previdência e daqueles que se aposentam muito cedo. As regras atuais estão completamente ultrapassadas. Se antes a expectativa média de vida era de pouco mais de 50 anos, agora é maior que 72 anos.

Posto isso, fica claro que devemos esquecer o passado recente e pensar no futuro. Não tenho dúvida, a situação vai melhorar no médio prazo, e muito. Pare de lamentar o passado e prepare-se para a retomada do crescimento. A foto da revista The Economist é antiga, mas ela é perfeita para o cenário atual.

MJR