Desde o meu
último comentário em 09 de maio para o dia de hoje, o principal índice da bolsa
brasileira despencou mais de 10%. E pior. Os motivos foram locais. Nenhuma
interferência do mercado externo.
A greve dos
caminhoneiros e a ingerência na Petrobrás mostraram a fragilidade do atual
governo. Bastou um soluço de uma classe de grevistas e o governo correu para tomar
uma série de medidas populistas. É a “ditadura” das minorias. Quem pagará as
bondades do Governo? Não tenha dúvida, o contribuinte, ou melhor, todos nós.
Não existe
mágica. O aumento de gastos por parte do governo federal, como os subsídios ao preço
do diesel, precisará ser compensado com o aumento de outros tributos,
especialmente na atual situação fiscal do país.
Outro ponto
negativo: nós, brasileiros, em geral, queremos um Estado grande e paternalista,
cheio de bondades e benefícios, mas não queremos o aumento da carga tributária.
Dessa forma, a conta nunca fechará. Ainda mais com a corrupção disseminada e a
má gestão do dinheiro público.
Deveríamos
nós, em ano eleitoral, estar discutindo questões relevantes para os próximos
anos: reforma tributária, reforma da previdência, reforma política, independência
do Banco Central e eficiência das Estatais, dentre outras. Enfim, deveríamos
buscar caminhos para facilitar o crescimento e destravar a economia.
O tombo da
bolsa brasileira foi acompanhado de forte alta da moeda americana e da escalada
dos juros futuros. Não existe almoço grátis. Isso nada mais é do que um alerta do
mercado: esse caminho é péssimo, e já o conhecemos. Simples assim, o mercado
financeiro tem voz.
Malgrado
esses comentários, sigo otimista com IBOV no médio e longo prazo. Após vários
anos de crise econômica as empresas listadas na bolsa estão mais eficientes e
mais preparadas para o futuro. Outra questão importante: qualquer presidente
eleito em outubro de 2018 será “obrigado” a ampliar o ajuste fiscal,
simplesmente, porque não existe outra opção. Ou seguimos para as reformas, ou para
a “Venezuelização”: calote da dívida
pública, caos econômico e político e hiperinflação.
Por último,
gostaria de citar que no atual patamar, em 76 mil pontos, a meu ver, o IBOV
gera oportunidades, sempre pensando mo médio e longo prazo. Graficamente, a
tendência de alta primária do IBOV continua mantida, sem respingos. Apenas se
perder os 70 mil pontos, o IBOV poderia sinalizar uma mudança nessa tendência.
Aguardemos.
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário