segunda-feira, 29 de abril de 2013


Fundos de Investimentos Imobiliários – Parte 1
                    

Nos últimos anos os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) começaram a despertar maior interesse por parte dos investidores. O primeiro fundo imobiliário no Brasil foi constituído nos idos da década de 90 na cidade de São Paulo (Memorial Office). Vários outros fundos já têm suas cotas negociadas na bolsa de valores, o que garante maior transparência aos negócios e maior liquidez. Cerca de 100 fundos foram registrados na BM&FBOVESPA até o início de 2013.
São regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e funcionam como condomínios – como qualquer outro fundo de investimento – onde o investidor compra cotas do fundo e deixa a administração a cargo de um profissional do mercado. Estes fundos são fracionados em cotas que, uma vez adquiridas, não podem ser resgatadas – regras para “condomínios fechados”. Entretanto, as cotas podem ser livremente negociadas no mercado secundário (bolsa de valores ou mercado de balcão organizado), o que confere liquidez diária às cotas.
Como qualquer outra modalidade de investimento, um dos segredos do sucesso é o perfeito conhecimento do mercado em questão, no caso o imobiliário. Nos FII as tarefas de escolher, comprar, vender e administrar os imóveis ficam a cargo de um gestor, que comumente é um especialista no mercado imobiliário. Desta forma, deixamos esta difícil missão para um profissional do mercado. Para se investir diretamente em imóveis é necessário um grande aporte financeiro inicial, o que é uma regalia de poucos. Já nos FII você pode participar de um grande empreendimento comprando apenas a quantidade de cotas que seu capital permite.
Para adquirir cotas de um FII é muito fácil, basta abrir uma conta numa corretora habilitada pela CVM – o processo é simples e rápido. Os títulos são negociados pelo home broker em lote padrão de “1”, ou seja, podemos comprar cotas em múltiplos de “1”. Assim, a partir de 100 reais já é possível aplicar num FII, porém como para cada compra existirá uma taxa fixa de corretagem, o ideal é acumular mais dinheiro e fazer compras maiores, por exemplo, trimestrais.

** Em breve mais informações sobre os FII. Em casos de dúvidas mande sua pergunta!

MJR

terça-feira, 16 de abril de 2013




Após perder o forte suporte em 55 mil pontos, quais os próximos objetivos para o Índice Bovespa (IBOV)?

A situação da Bolsa Brasileira em 2013 está muito preocupante. As principais bolsas mundiais batendo topos históricos e o IBOV com o pior desempenho no primeiro trimestre dos últimos anos. Os prováveis motivos eu já comentei há duas semanas. Até onde iremos? Pela análise gráfica, os próximos suportes do IBOV são: 52 mil pontos (mínima de 2012 e concentração de fundos anteriores) e por volta de 47 mil pontos (fundo de 2011 e retração de 61,8% de Fibonacci em relação ao último movimento de alta – de 29 mil a 73 mil pontos) – veja gráfico abaixo. A perda de 52 mil pontos pode gerar pânico no mercado e aceleração do movimento de queda. Já a perda de 47 mil pontos deve provocar uma queda avassaladora, podendo o índice voltar à casa dos 29 mil pontos (2008)! Quais as chances? Difícil prever, especialmente com o atual descompasso entre o IBOV e as bolsas americanas e europeias. Caso haja uma correção mais aguda nos mercados externos, teremos dois caminhos possíveis: acompanharmos a queda (mais provável) ou migração do capital de lá para cá. Uma coisa é certa: não podemos perder estes fortes suportes, caso contrário, o futuro de curto prazo do IBOV será negro! Pensando no longo prazo, as minhas expectativas são as mesmas já postadas, ou seja, muito boas. Assim, para quem está pensando no longo prazo é hora de ir “às compras”, aproveitando os preços em queda (algumas verdadeiras pechinchas). Como não sabemos quando atingiremos o fundo, o melhor é optar por compras escalonadas (parciais) nos próximos meses. Prepare-se para fortes emoções e bons investimentos!

MJR


sexta-feira, 12 de abril de 2013


É hora de investir na Bolsa de Valores?

Apesar do resultado pífio do Índice Bovespa (IBOV) nos últimos cinco anos (2008 a 2013) e das incertezas de curto prazo (próximos meses), há excelentes motivos para acreditar no bom desempenho da BM&FBOVESPA para o restante desta década. São eles:

1 – O desempenho de qualquer ativo é cíclico. Tivemos uma alta expressiva do IBOV de 2002 a 2008, mais de 770%. De lá para cá – abril 2013 – perdemos quase 30% em relação ao topo histórico (73 mil pontos). Chegou a hora de decolar... Lembre-se: as melhores oportunidades no mercado financeiro surgem quando maioria das pessoas não quer. Fuja do consenso da maioria! 
2 – A crise mundial ainda não acabou, mas já mostra sinais de resolução. A principal economia do mundo (EUA) voltou a crescer e deverá crescer em média mais de 2% ao ano no restante desta década. A China mais de 7%. Apenas a Europa continuará com baixo crescimento (< 1%), pois lá, a principal crise é de “crescimento”.
3 – O PIB do Brasil deverá crescer em média acima de 3% ao ano nesta década. O PIB mundial deverá crescer acima de 3%. Este cenário é rigorosamente igual ao de 2002 a 2008.
4 – Investimentos em infraestrutura e os grandes eventos esportivos devem impulsionar o crescimento do PIB Brasileiro.
5 – Abundância de recursos naturais. Estes são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento de qualquer país.
6 – O número de empresas listadas no IBOV ainda é muito limitado (menos de 400 empresas). A título de comparação, na bolsa da Coreia do Sul são quase 2.000 empresas.
7 – A taxa SELIC deve continuar baixa. Desta forma, haverá uma migração natural dos investimentos de renda fixa para o mercado de renda variável, especialmente o de ações. Este fato é inexorável!
8 – Algumas empresas após problemas graves de gestão, já apresentam sinais de recuperação. Veja o exemplo do setor imobiliário: parece que o pior já passou!  Várias empresas estão cotadas a preço de banana, muito abaixo do valor patrimonial!
9 – Os bons resultados da economia e das empresas reduzirão o grande componente especulativo vigente nos últimos anos.
10 – Por último, preciso deixar uma mensagem sobre a Análise Técnica e o Ciclo Decenal. Os topos das bolsas americana e brasileira geralmente são formados nos anos de final 8 e 10. Assim, pela análise gráfica, atingiremos o topo desta década nos próximos 5 a 7 anos. Se o IBOV repetir o desempenho da última década, projetando-se a partir do último fundo, poderemos atingir 252 mil pontos. Será? Apenas o tempo nos dirá! Eu apostaria...

Lembre-se que no mercado financeiro não existem certezas e sim probabilidades, entretanto, sabe-se que muitas fortunas foram geradas a partir das crises.
Pense nisso o quanto antes!

MJR

quinta-feira, 4 de abril de 2013


Por que as bolsas lá fora estão rompendo topos históricos e o IBOV está derretendo?

Há seis anos operando no mercado financeiro é a primeira vez que vejo um descompasso tão grande entre o índice Bovespa (IBOV) e as principais bolsas internacionais (DJI, DAX, S&P). Refleti e pesquisei sobre o assunto. Cheguei aos prováveis 10 principais motivos:

1 – Os péssimos resultados operacionais das empresas de maior peso no IBOV nos últimos balanços. VALE, PDG e OGX são alguns exemplos. Veja balanços trimestrais: www.fundamentus.com.br
2 – A interferência constante do Governo Federal nas “regras” do mercado acionário, o que gera desconfiança dos investidores. Relembre o setor elétrico: antes considerado um “porto seguro”. As ações despencaram após a intervenção do Governo – regras tarifárias e concessões.
3 – O Crescimento pífio do PIB ano passado (menos de 1%). Este ano parece não decolar do mesmo jeito!
4 – O receio com a alta inflacionária, que pode motivar o BACEN a aumentar a taxa básica de juros (SELIC), o que prejudica o mercado de ações.
5 – O Custo Brasil. A cada dia é mais caro produzir alguma coisa neste país (impostos, custos trabalhistas, etc.). O Governo parece não se importar com isso.
6 – Investimentos ridículos em infraestrutura. Veja a situação atual dos principais portos.
7 – Descrença total dos pequenos investidores com o mercado acionário. Não é para menos: quase cinco anos sem sair do lugar.
8 – Investidores estrangeiros e grandes players operando “vendidos”, ou seja, apostando em mais quedas. Pura especulação!
9 – Os mercados internacionais estão próximos de uma correção mais aguda o que deve pressionar ainda mais o IBOV.
10 – Os investimentos privados no Brasil estão “parados”; inclusive no ano passado a taxa de investimentos foi negativa em relação ao ano prévio. 
Desta forma, percebe-se que o cenário de curto prazo para o IBOV é nebuloso e preocupante. Entretanto, acredito que em breve começaremos a reverter este cenário. Os motivos? Em breve...

MJR

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Taxa Básica de Juros


No Brasil, a festa dos juros altos acabou! Por várias décadas, nós brasileiros fomos muito mal acostumados com a facilidade de retorno em investimentos como a poupança, o CDB e os fundos de renda fixa. A partir de agora, com a queda da taxa básica de juros, estas categorias serão cada vez menos atrativas. Não há outro caminho: é preciso aprender a investir em outros mercados. 

MJR