terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O IBOV abrirá em forte queda nesta quarta-feira de cinzas!





Enquanto no Brasil os foliões (e investidores) curtem o Carnaval, lá fora as bolsas derreteram nos últimos dias. Um banho de sangue.

Após o recesso de quatro dias e meio, o IBOV voltará a negociar nesta quarta-feira às 13 horas. E deverá abrir em forte queda, acima dos 5%.

Veja os motivos:

Da última sexta-feira para cá, as bolsas mundo afora caíram fortemente. Nos últimos dois dias o S&P perdeu mais de 6%. É improvável uma forte recuperação até amanhã.

O principal motivo é preocupação com o COVID19 que chegou de vez à Europa, especialmente na Itália.

O Índice Titãs (BR20) que é negociado na bolsa dos EUA, e representa as 20 principais empresas do Brasil, caiu quase 8% nos últimos dois dias.



Assim, a forte queda do IBOV amanhã é praticamente certa. Não é preciso ter bola de cristal.

Com a provável queda de amanhã, perderemos o primeiro suporte em 110 mil pontos e ficaremos acima do principal suporte em 105 mil pontos.

O comportamento dos preços após a abertura e o desempenho no restante do pregão serão fundamentais para os próximos passos do IBOV.

Um paralelo: no “Joesley Day” o IBOV caiu mais de 8% num único dia e marcou o fundo de 2017 para cá. Posto isto, não é hora de desespero. Pelo contrário, possivelmente o dia de amanhã poderá ser uma grande oportunidade.

O desempenho de longo prazo das empresas brasileiras não será afetado pelo vírus. As grandes oportunidades chegam nos momentos de pânico.   

Graficamente, o IBOV deverá fazer fundo entre 105 e 110 mil pontos.

E mais. Com a queda do IBOV e o aumento do dólar, a correção do IBOV em dólares foi ainda maior, favorecendo o retorno dos gringos (sem a queda de amanhã, o IBOV cotado em dólares recuou mais de 12%; o BR20 perdeu mais de 20% desde o último topo).



Mais uma vez, no atual momento, dê preferência para as grandes empresas (Blue Chips) em detrimento das menores. Os motivos já foram elencados em posts anteriores.

Todavia, sugiro muita cautela pois a continuidade da queda do IBOV poderá ocorrer, se as bolsas americanas continuarem em forte recuo.

Bons investimentos.

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

IBOV – Atualização. É hora de recomprar?




Desde a máxima histórica em 23 de janeiro de 2020 (quase 120 mil pontos), o principal índice da bolsa brasileira vem caindo. Um movimento natural e previsto!

Chegou a cair mais de 6% (mínima de 112 mil pontos). Nesta semana o IBOV tentou recuperar o terreno perdido, mas voltou a perder força nos últimos dois dias.

Daí vem a pergunta, chegou a hora de voltar as compras?

Acertar o “timing” correto de compra e venda de qualquer ativo é uma tarefa quase impossível.

Apesar dos últimos acertos da minha parte, nenhuma opinião é confiável nos que diz respeito ao futuro da bolsa.

Todavia, acredito que o IBOV ainda irá corrigir mais. O meu alvo continua em 110 mil pontos.

A correção até aqui foi pequena e curta no tempo. A continuidade do recuo por mais algumas semanas seria perfeita.

Se chegarmos no alvo referido em março, teríamos o cenário ideal para aumentar as posições compradas.

No atual momento, o mais prudente é manter o “caixa” (oriundo das realizações parciais) e aguardar o movimento dos preços.

A continuidade da alta, de imediato, é possível, mas não me parece o caminho mais provável.

Por último, dois comentários relevantes:

1)      Nos últimos meses de 2019 vimos uma forte valorização das empresas de menor porte em detrimento das Blue Chips. Acredito que numa próxima “pernada” de alta o movimento será inverso. Assim, mantenha as empresas de pequeno porte, mas aumente a posição nas grandes empresas.

2)      A correção do IBOV não foi acompanhada da queda nos mercados americanos. Assim, esse “descolamento” pode persistir por algum tempo. Mas não se iluda, se lá recuar forte aqui teremos no “mínimo” um aumento da volatilidade. Inclusive, uma correção mais aguda é factível (fortíssimo suporte em 105 mil pontos).

Bons investimentos.

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.