Em minha opinião o IBOV iria corrigir em março. Contrariando
a minha expectativa, o índice começou o mês com força e conseguiu atingir a tão
comentada marca dos 100 mil pontos. Todavia, no dia seguinte a bolsa brasileira
começou a corrigir fortemente (cerca de 10% em poucos dias), culminando na
forte queda da última quarta-feira. Porém, nos últimos dois dias, o mercado
recuperou boa parte das perdas e terminou o mês próximo do zero a zero (ainda
faltam 100 minutos para o mercado fechar).
Devemos nos acostumar com essa forte volatilidade do IBOV até
a aprovação da reforma da previdência. Notícias boas impulsionarão a bolsa, por
outro lado, obstáculos e trocas de farpas entre os poderes executivo e
legislativo derrubarão fortemente o mercado de ações e o dólar vai disparar.
Para mim isso ficou bem claro. É a maneira que o Mercado tem
para ser “escutado” em Brasília. Se as coisas andarem bem, bolsa para cima e
dólar e juros futuros para baixo. E vice-versa.
Como escrevi no post anterior, a reforma da previdência é
imprescindível para destravar a economia brasileira e o país voltar a crescer. O
capital estrangeiro de longo prazo e o investidores locais aguardam a aprovação
da reforma para voltar a investir “pesadamente” no Brasil, especialmente em
infraestrutura. E isso gerará muitos empregos e aumentará os lucros das
empresas. Neste cenário, a bolsa “explode” para cima. O céu é limite!
Contudo, para o curto prazo, eu particularmente acho que o
viés do IBOV é baixista. Uma correção até os 89 / 90 mil (ou menos) ainda é
possível. Outra possibilidade é o IBOV “andar de lado” no mês de abril, oscilando entre 91 e
100 mil pontos, a depender das notícias de Brasília. Não acredito no rompimento
definitivo dos 100 mil pontos para as próximas semanas. A ver.
Assim, o momento exige muita paciência por parte do investidor. O
ideal é continuar posicionado na compra, se possível adicionando alguns
“seguros” ao portfólio, e manter a liquidez de parte dos investimentos, pois novas
oportunidades de compras devem surgir. Uma alternativa é aumentar a posição acionária
aos poucos, especialmente após as quedas vertiginosas, como aquela ocorrida no
dia 27/03. Já o dólar e os juros futuros deverão oscilar de maneira
inversamente proporcional ao IBOV.
Bons investimentos.
MJR
MJR
* As opiniões postadas no
blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si,
recomendações de compra ou venda de ativos.