terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Aonde investir seu dinheiro em 2015?



A situação econômica do Brasil é alarmante: inflação persistente e superando o teto da meta, baixíssimo crescimento do PIB (menos de 0,2% neste ano), rombo nas contas públicas, dólar em alta, desindustrialização do país, déficit na balança comercial, e o pior, baixíssima confiança dos investidores na política econômica do Governo Federal.  O que esperar do segundo mandato da Presidente Dilma?

Vejo dois cenários possíveis: a manutenção da atual matriz econômica, fracassada, o que determinaria a piora de todos os indicadores acima comentados, ou a mudança de rumo da política econômica, retomando a base do tripé macroeconômico dos últimos 15 anos: metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. A indicação de Joaquim Levy para a Fazenda favorece, pelo menos por enquanto, que a segunda hipótese é a mais provável. O aumento da taxa básica de juros (Selic) para 11,75%, mesmo que tardio, também é um sinal positivo. Aguardemos...

Segue uma lista de sugestões para os seus investimentos de curto, médio e longo prazo. Aproveito esta última coluna do blog em 2014 para desejar a todos um Feliz Natal e um Ano Novo menos complicado, repleto de conquistas e com muita saúde!

Curto Prazo (menos de 6 meses):

Poupança:
fuja dela. A inflação atual supera o rendimento. Você está perdendo poder de compra.

Fundos DI:
boa opção para o curto prazo. Garante a liquidez imediata do dinheiro e mantém uma boa remuneração pela estreita correlação com a taxa Selic (em alta). O investimento em CDB também é indicado e tem características similares.

Médio Prazo (menos de 5 anos):

Letras de crédito imobiliário (LCIs):
apresentam bom rendimento, cerca de 90% da Taxa CDI, e melhor, são isentas de Imposto de Renda (IR). Cuidado com a liquidez, verificando o prazo de vencimento destes títulos, além de observar o risco de crédito do banco emissor.

Letras de câmbio:
o rendimento é muito maior que o do CDB e dos Fundos DI, por vezes cerca de 130% da Taxa CDI, porém, além da tributação do IR, apresenta maior risco de crédito (títulos emitidos por Financeiras). Portanto tenha o Fundo Garantidor de Créditos como seu grande aliado (as LCIs também têm garantia do FGC até 250 mil reais).

Tesouro Direto:
as atuais taxas de juros para a remuneração destes títulos favorecem esta categoria de investimento. Com a recente alta básica de juros, os títulos pré-fixados (LTNs) com vencimento em 2017 estão pagando cerca de 13,0 % ao ano (veja tabela abaixo). Como o viés da Selic ainda é altista, opte também pelos títulos pós-fixados: LFTs com vencimento em 2017, atreladas à Selic, e pelas NTNBs de médio prazo, 2019, estas últimas vinculadas à inflação. Faça uma “cesta” destes ativos: pré e pós-fixados.



Fundos Imobiliários:
os atuais preços das cotas estão convidativos – cotação abaixo do valor patrimonial. Os proventos mensais são interessantes, até 0,9% ao mês, e isentos de IR para o pequeno investidor. É provável que num futuro o mercado imobiliário comercial volte a se aquecer. Importante: faça uma boa seleção destes fundos. Existem mais de 100 fundos listados na bolsa brasileira.

Longo Prazo (acima de 5 anos) :

Debêntures incentivadas:
pagam bons rendimentos, uma taxa de juros acrescida da inflação, e são isentas de IR. Problema: liquidez (prazo de vencimento longínquo). Algumas corretoras começaram a oferecer fundos de investimentos baseados nestes títulos, o que minimiza a falta de liquidez e mantém o bom rendimento e a isenção do IR.

Tesouro Direto:
visando a aposentadoria, opte pelas NTNBs Série Principal com vencimento em 2035 e tenha uma garantia de um retorno real acima do processo inflacionário (cerca de 6% ao ano). É provável que num futuro próximo com o retorno do crescimento da economia brasileira e os ajustes fiscais, estes ganhos sejam reduzidos. Deste modo, garanta desde já estas taxas camaradas o quanto antes.

Mercado de ações:
a turbulência atual não afetará os ganhos no longo prazo. O histórico das principais bolsas mundiais comprova esta premissa. As crises são passageiras, sempre! A atual cotação IBOV (51 mil pontos) e os preços de alguns ativos estão em patamares baixos. Dificilmente o IBOV perderá os 40 mil pontos. E o objetivo? O céu é o limite. Desta forma, o risco-benefício é muito bom. Mas, não se esqueça: invista somente aquele dinheiro que você não precisará no curto e no médio prazo. Estamos falando em investimentos para mais de cinco anos. Uma ótima e fácil opção para se investir na bolsa é comprar o ativo BOVA11: não exige muito conhecimento por parte do investidor e o retorno no longo prazo tenderá a ser muito bom e, melhor, sem risco de crédito – você não está comprando ações de uma única empresa, e sim cotas de várias empresas ao mesmo tempo.

Bons investimentos.

Dúvidas sobre estes investimentos? Consulte os vários textos publicados no site: www.investircadavezmelhor.com.br ou compre o livro “5 investimentos que garantem seu futuro” no www.amazon.com.br.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

IBOV: o apocalipse está próximo... Será?




Hoje, o dólar futuro flertou com os 2,70 reais – uma alta de 30% em 100 dias. O IBOV caiu 15% nos últimos 15 dias. A operação Lava Jato está bombando. As novas denúncias publicadas no Jornal Valor Econômico apimentam ainda mais o caso de corrupção na Petrobrás. A crise internacional na Grécia, Rússia, etc. As commodities em queda vertiginosa no mercado externo. Os problemas crônicos e graves da economia brasileira... Chega de desgraça! Estaríamos próximos do apocalipse?

Confesso que não esperava uma reação tão negativa do mercado de ações nestas últimas três semanas. Foi muito além do esperado, e muito rápido. Chegamos a frustrar um belo pivot de alta no gráfico diário do IBOV... Será que chegamos ao fundo do IBOV? Talvez não. Porém, várias ações já apanharam muito no ano de 2014 e, principalmente, nos últimos dias. Para algumas ações, por exemplo, da VALE, o ano foi arrasador – queda de 50%.

Para piorar a situação do IBOV, o mercado americano que anda em patamares históricos de alta, nos últimos dias começou a sinalizar uma correção mais aguda. Desgraça pouca é bobagem. Mesmo com a forte queda de hoje do IBOV, sexta 12, ainda vejo uma luz no fim do túnel para os últimos dias de 2014, leia os motivos:


1.     
Como comentado, já são pouco mais de 15% de desvalorização em 15 dias, sem paradas. Uma queda ainda maior e em tão pouco tempo é incomum no IBOV. É preciso uma trégua de algumas semanas e, se for o caso, depois continuar a trajetória de queda rumo ao “suportão” em 45 mil pontos (o caminho mais provável para o começo de 2015).

2.     
O fim de ano comumente é marcado por um período mais altista, mas isto não garante nada.

3.     
Os grandes fundos de investimentos precisam reorganizar seus ativos em carteira até o fim do ano.

4.     
Várias ações estão em suportes importantes.

5.     
Nos últimos dias, o volume financeiro nas quedas do IBOV têm sido baixo, o que pode colocar o movimento de baixa em risco.

6.     
Nesta semana houve pelo menos duas tentativas do índice marcar um fundo de curto prazo no gráfico diário (fortes sombras inferiores).

7.     
Por falar em fundo, hoje o IBOV perdeu o fundo de outubro de 2014 em 48.700 pontos, fechando em 48 mil pontos. É um falso rompimento ou a entrada para o “apocalipse”?  

Assim, será que chegou a hora de comprar ações? Talvez, sim. Porém, como o fundo do IBOV ainda não foi bem estabelecido e ninguém pode prevê-lo, compre de maneira escalonada, aos poucos. Se você estiver pensando no longo prazo, acima de cinco anos, você poderá ser um pouco mais arrojado. Mas de qualquer forma, mantenha uma boa liquidez para o próximo ano, pois as oportunidades poderão ser ainda melhores. Aproveite o “caos” do mercado de ações para garantir seu futuro. “Os transtornos passam e os benefícios ficam”. MJR

Prezados leitores, aproveito a oportunidade para divulgar a nova parceria do sitewww.investircadavezmelhor.com.br com a Amazon e a Samsung do Brasil, e baixe o livro gratuitamente no smartphone. Promoção válida apenas para este mês. Aproveitem!



quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Os desafios de Joaquim Levy


Semana passada, felizmente, houve o segundo sinal positivo do Governo Federal com a nomeação dos Ministros da Equipe Econômica. Isso indica que a Presidente Dilma optou por retornar para a política econômica ortodoxa, através de um controle sistemático dos gastos públicos e da inflação, o que permitirá uma queda nos juros futuros, o retorno da confiança do mercado financeiro e dos empresários, e, por conseguinte, o crescimento e desenvolvimento do país.

O primeiro sinal foi a elevação da Taxa Selic, logo após a eleição presidencial. Espera-se que nesta quarta-feira, dia 03/12, o COPOM suba novamente a taxa básica de juros, agora em 0,5%. Este remédio amargo se faz necessário. Ninguém consegue decretar uma queda “forçada” na taxa básica de juros, como ocorreu de 2011 para 2013. Os efeitos colaterais deste “decreto” foram terríveis para a economia nacional: inflação em alta, queda do PIB, queda nos investimentos, entre outros.

Não me interessa se o ato da Presidente foi um estelionato eleitoral, como a oposição está dizendo (e talvez até seja) ou se foi por pressão do Ex-Presidente Lula ou por qualquer outro motivo. O mais importante é que, com a nomeação da nova e boa equipe econômica, poderemos sim, trilhar um novo caminho para a prosperidade. Agora, se o trio terá ou não autonomia, para efetivar os ajustes necessários, somente o tempo nos dirá. Todavia, com certeza, teremos um ano de 2015 muito difícil pela frente, pois será o ano dos ajustes, o ano da plantação. A colheita está programada para 2016, 2017 e 2018, mas a preparação da terra e a semeadura precisam ser bem executadas.

Veja os principais desafios para os próximos anos:

1.     
Ajuste fiscal severo: o Governo Federal está gastando muito, e mal. O controle dos gastos públicos é fundamental para erradicar os outros males.

2.     
Superávit primário consistente: mesmo que de maneira gradativa, o Governo precisa economizar. O saldo final entre as receitas e as despesas deve ser sempre positivo. Sempre.

3.     
Controle ferrenho da inflação: outro objetivo primordial. A inflação anda no teto da meta (6,5%). É preciso retornar para o centro da meta (4,5%) o mais breve possível. Assim, por enquanto, o aumento da Taxa Selic é necessário, e o controle do crédito também.

4.     
Estimular a iniciativa privada: ao executar os três primeiros ajustes, o Governo sinalizará de forma positiva ao mercado financeiro, que a economia brasileira está no rumo correto, favorecendo os novos investimentos e a confiança do empresariado. Todavia é preciso mais, muito mais. As reformas trabalhista e tributária são fundamentais para melhorar o desempenho das indústrias, aumentando a produtividade e reduzindo o custo Brasil. O aumento dos salários nos últimos anos não foi acompanhado do aumento da produtividade, o que é insustentável no longo prazo. Aqui, é preciso a contribuição da sociedade organizada e do Congresso Nacional. O novo trio sozinho não tem este poder!

5.     
Reduzir as intervenções do Governo Federal na iniciativa privada, favorecendo o livre comércio. A MP 579 no setor elétrico em 2012 foi um desastre. A quebra de regras previamente estabelecidas traz desconfiança aos investidores.

6.     
Melhoria da infraestrutura: sem investimentos, públicos ou privados, o atual estágio da infraestrutura nacional será um grande fator limitador de um crescimento sustentável num futuro próximo. É preciso acelerar o processo de concessão de estradas, portos, ferrovias, aeroportos, e estimular novos investimentos no setor energético.

7.     
Melhorar o desempenho da balança comercial: o déficit atual é insustentável (quase 4 bilhões de dólares em 2014). É preciso exportar mais. Um câmbio mais “justo” e o aumento da produtividade da indústria são pré-requisitos básicos para atingir este objetivo.

8.     
Manter o grau de investimento pelas agências de rating: se o Brasil perder o chamado “grau de investimento” em 2015, e este risco é real, se nada for feito, provavelmente teremos uma fuga maciça de capital estrangeiro, o que será extremamente deletério para o crescimento da nossa economia. A execução dos três primeiros itens é a ferramenta básica para sensibilizar as agências internacionais, evitando assim o rebaixamento da nota de crédito do Brasil.

9.     
Por último, é preciso voltar a crescer de maneira sustentável. Se todos os fatores forem corrigidos, mesmo que de maneira paulatina, poderemos voltar a crescer acima dos 3% ao ano num futuro próximo, e melhor, de maneira sustentável. Caso isto ocorra, todos os setores da sociedade serão beneficiados. Todos!

MJR

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Livro: Índice Bovespa Futuro - Opere sem segredo



Prezados leitores,

Já está disponível no site da Amazon o meu novo livro sobre o Mercado Futuro. A seguir, a sinopse e o link do livro:

Índice Bovespa Futuro - Opere sem segredo
Neste livro você encontrará um guia completo para a compra e venda de minicontratos do IBOV Futuro, numa linguagem simples e didática. Aprenda a proteger sua carteira de ações (hedge) em momentos de crises, usando esta poderosa ferramenta. Conheça também diversas estratégias (setups) para potencializar seus ganhos na Bolsa de Valores.

http://www.amazon.com.br/%C3%8Dndice-Bovespa-Futuro-Opere-segredo-ebook/dp/B00P8E19L2/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1416340894&sr=8-1&keywords=bovespa+futuro

** Indico o livro apenas para os pequenos investidores que já têm algum conhecimento sobre o mercado de ações.

MJR

domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma, xeque-mate!



A situação político-econômica do Brasil é calamitosa. A Presidente está diante de um “xeque-mate” quase irreversível: fogo amigo dos aliados no Congresso Nacional e dentro do próprio Governo Federal, oposição inflada pelos 51 milhões de votos, inflação em 6,5%, PIB abaixo de 0,3%, dólar a 2,60 reais, déficit primário nas contas públicas, queda na arrecadação de impostos federais, desindustrialização, criação de empregos em baixa e protestos em ebulição no Estado mais rico do país. E o pior: nenhuma perspectiva de melhora destes sinais para 2015. Tudo isso já complicava a vida da Presidente eleita, entretanto, agora temos um combustível extra: os desdobramentos da operação Lava Jato da Polícia Federal. A operação parece que veio com tudo para desmascarar o maior esquema de corrupção do país. Vai sobrar para muita gente importante. A prisão de executivos de primeira linha na última sexta-feira é o prenúncio de que muitos políticos importantes do Planalto e do Congresso Nacional devem estar envolvidos na sangria da maior empresa brasileira, a Petrobrás: aguardemos os próximos passos da Polícia Federal.

Para ganhar tempo e confiança, a Presidente Dilma tem apenas uma jogada a fazer. Talvez a última, antes de um xeque-mate, irreversível. Nomear com urgência uma equipe econômica que transmita confiança imediata ao mercado financeiro, aos empresários e à população produtiva deste país. Não há outro caminho. A demora em anunciar a equipe econômica somente agravará a situação caótica do Brasil e a da própria Presidente. Até os aliados mais próximos já estão incomodados com a situação, incluindo o Ex-Presidente Lula. A nomeação de um nome fraco para a Fazenda pode ser o estopim para uma crise institucional poucas vezes vista neste país. A última foi no começo da década de 90, e deu no que deu. A decisão está nas mãos da Presidente: controlar o fogo, mesmo que temporariamente, ou colocar mais lenha na fogueira. Qual será a decisão da Presidente? Reconhecer o fracasso da atual matriz econômica e corrigir os erros, ou persistir na teimosia?

MJR

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O que esperar da Bovespa nas últimas semanas de 2014?



Passadas duas semanas após o resultado final das eleições, já podemos prever os caminhos mais prováveis para o IBOV neste “restinho” de ano. É óbvio que a trajetória da bolsa será conduzida pelas ações do Governo reeleito. Por enquanto não sabemos se teremos “mais do mesmo”, ou se assistiremos ao início de uma mudança da atual política econômica. Do ponto de vista de análise técnica vejo três cenários possíveis:

Cenário de alta:
o IBOV pode estar acionando um pivot de alta no gráfico diário e, melhor, se respeitar a mínima da última semana (52.200 mil pontos) podemos montar uma importante figura de reversão de tendência, o “OCO invertido”. Qual o objetivo? 62 mil pontos. Uma valorização de 20%. Nada mal em dois meses.

Cenário de baixa:
o IBOV perderia os suportes imediatos nas próximas semanas, em 52 e 51 mil pontos, e depois buscaria os fundos mais importantes em 48 e 44 mil pontos, este último um fortíssimo suporte. Assim, teríamos uma queda de 20%.

Cenário indefinido:
o IBOV “ciscaria” entre os 50 e os 58 mil pontos.

Qual o cenário mais provável? É difícil afirmar categoricamente. A tendência atual do IBOV é de baixa (gráfico diário – curto prazo) e o mais provável seria a busca dos fundos referidos, entretanto, se nas próximas duas semanas o IBOV não perder os 51 mil pontos e superar os 55 mil, provavelmente buscará o patamar dos 62 mil pontos até o final do ano. Deste modo, fique muito atento ao rompimento dos pontos-chaves nas próximas semanas: 51 e 55 mil pontos!

E o próximo ano? Independente dos cenários acima comentados, 2015 será um ano muito complicado para o mercado de renda variável, a não ser que o Governo Federal comece a fazer a parte dele. Aguardemos...

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Fim de festa



No último domingo, 26, tivemos o encerramento das eleições presidenciais mais disputadas desde a redemocratização do país na década de 80. A Presidente Dilma Rousseff se elegeu com pouco mais da metade dos votos (51,64%). Uma vitória apertada, mas incontestável, nas urnas. Até poderíamos questionar os meios antidemocráticos empregados durante a campanha, mas a vitória é legítima e temos que respeitar... Meus parabéns a todos os brasileiros, que de uma forma ou de outra, participaram intensamente desta belíssima festa democrática...  Ao candidato Aécio, eu diria o seguinte: muito obrigado por nos trazer a esperança de um país melhor, por resgatar o orgulho de ser brasileiro e, principalmente, por nos devolver o sonho de um país melhor e mais desenvolvido, com mais oportunidades e menos corrupção. Há muito tempo não presenciava uma mobilização popular tão grande em torno de uma causa comum e apartidária (tenho certeza que a maioria não votou no PSDB, votou na mudança e na esperança). Foi espetacular, inesquecível... Parabenizo também a Presidente reeleita e espero que ela coloque em prática as palavras proferidas no seu primeiro discurso da vitória: diálogo com todas as classes sociais; união das forças produtivas deste país, incluindo os empresários e investidores; e o principal, recolocar a economia brasileira nos trilhos... Apesar do sentimento de derrota daqueles que votaram por mudanças, acredito que o recado foi dado nas urnas: a “metade” da população não está satisfeita com o atual Governo. É preciso corrigir os erros! Mais do que nunca o slogan de campanha da Presidente Dilma precisa ser executado na prática: Governo Novo, Ideias Novas. Sinceramente torço muito por isso... Como havia escrito na semana passada, não acredito que a Presidente irá dobrar a aposta nesta fracassada política econômica... Fim de festa! É verdade, com sabor amargo, mas com a esperança “redobrada” em dias melhores. Sempre!

Leia também (link abaixo) a carta de um dos maiores e mais bem sucedidos empresários do Brasil, Abílio Diniz, endereçada a Presidente Dilma e publicada no Jornal Folha de São Paulo no dia de hoje.

É inadiável reestabelecer a confiança do empresariado”, Abílio Diniz.


http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/10/1539276-abilio-diniz-carta-a-presidente.shtml

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Cenários econômicos pós-eleição 2014



As eleições presidenciais mais disputadas dos últimos tempos estão na reta final. No próximo domingo teremos o fim de todas as especulações sobre o nosso futuro. Acabou a farra. A partir de segunda-feira iremos encarar a dura realidade, independentemente de quem ganhar, pois a situação econômica é preocupante. Os últimos dados (PIB, inflação, taxa de investimentos, balança comercial, superávit primário, dólar, etc.) são categóricos: a situação é muito delicada...  Daí vem a seguinte pergunta: o que podemos esperar para os próximos 4 anos? ... Acredito em 3 cenários econômicos possíveis, vejam:

1 – Vitória da oposição. As mudanças macroeconômicas deverão ser mais rápidas, porém no curto prazo ainda teremos dias difíceis. Alguns estudiosos acreditam que após a execução dos ajustes necessários, em 3 a 4 trimestres, voltaríamos a crescer de maneira sustentável.

2 – Vitória do Governo e mudança do atual modelo econômico. Nesta hipótese, o Governo Federal, mesmo sem admitir os erros dos últimos anos, passaria a corrigi-los de forma gradual, o que aumentaria a credibilidade do Governo e o retorno dos investimentos. 

3 – Vitória do Governo e manutenção da atual política econômica. Aqui seria um desastre. O Governo Federal dobraria a aposta neste modelo econômico fracassado. Todos os indicadores econômicos caminhariam para uma situação insustentável: inflação mais alta, recessão, piora das contas públicas, agravamento da balança comercial, perda do grau de investimento, escassez de investimentos, aumento do desemprego, etc. Todas as classes sociais seriam afetadas. Todas. Neste modelo caminharíamos a passos largos para a “Argentinização” do Brasil. Triste fim!


Apesar da possibilidade deste último cenário, catastrófico, eu particularmente não acredito nele. Em minha opinião qualquer um dos candidatos que vencer as eleições neste domingo, optará por corrigir os erros da atual política econômica, na tentativa de colocar o Brasil no rumo certo... Em 2002/2003, o cenário era ainda mais nebuloso e repleto de incertezas, porém o recém-eleito Presidente Lula conseguiu trilhar bons caminhos, mantendo o tripé macroeconômico e as conquistas do Plano Real, além de aprimorar os programas de inclusão social... Espero que eu esteja correto!


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Vote pela mudança. Vote por um futuro melhor. A hora da renovação chegou!




Cansei das mentiras da Dilma. O atual governo vive no mundo da lua. O ministro Guido Mantega então, nem se fala. Ele é o cara mais cínico que já vi. Mente como nunca. Manipula os dados econômicos e compara indicadores em contextos diferentes. É um contador de lendas. Um criador de fantasias. Seria até engraçado, se não fosse a nossa realidade e, principalmente, o nosso futuro... Para ele a difícil situação econômica do Brasil é fruto exclusivo da crise externa. Que crise? A crise do ministro já dura mais de seis anos, todavia, a crise internacional já foi debelada há tempos. Só persiste na cabeça dele, com a clara intenção de mascarar o seu próprio fracasso. Enquanto outros países crescem de maneira sustentável, nós estamos próximos do zero a zero: talvez 0,3% em 2014. Ridículo!  Mas o pior de tudo é a grande miopia do Governo Federal e a insistência em não combater os problemas. Há quem diga que, se eles ganharem as eleições, persistirão na mesma “miopia econômica” até as últimas consequências, ou seja, vão dobrar a aposta, vão manter a mesma medicação equivocada. Lamentável! A confirmar esta premissa, o nosso fim será trágico: talvez o mesmo destino dos nossos hermanos... Leia abaixo no blog, os principais indicadores que desmentem as “verdades” do Governo Dilma.  Os dados colocados são públicos e categóricos. Só não ver quem não quer.

Desde o segundo semestre de 1999, durante o Governo FHC, por lei, a política monetária do Governo é baseada no regime de Metas de inflação. Atualmente, a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. Esta política monetária tem como objetivos o controle da oferta de moeda no país e a regulação da taxa básica de juros (Selic), visando um objetivo maior: manter o controle do processo inflacionário. Outro importante conceito é sobre os três pilares de sustentação econômica do Brasil: responsabilidade fiscal (superávit primário), câmbio flutuante e metas de inflação.  Estes fatores em conjunto têm como razões principais: o crescimento sustentável do país e a melhor qualidade de vida da população. Simples!

A era FHC foi marcada pela estabilidade da moeda e o combate da inflação. O Governo Lula pelos avanços sociais e a distribuição de renda, sem perder a ortodoxia econômica. E o Governo Dilma? Ficará marcado pelo baixo crescimento e pelo descontrole da inflação... Leia a seguir, os 10 fundamentos que também marcarão negativamente o fatídico Governo Dilma. Eles mostram, de maneira inequívoca, a grave situação econômica em que vivemos.

1 – O Governo continua arrecadando muito: a carga tributária está em torno de 36% do PIB. Houve um crescimento exponencial nos últimos 20 anos, desde a era FHC. A pesada carga tributária limita drasticamente o crescimento das empresas. Estima-se que, para produzir algo no país, o custo é em média 32% mais caro que no exterior. A Dilma não mudou esta trajetória, exceto por isenções pontuais de impostos, visando apenas o consumo, sem efeito duradouro sobre a economia.

2 – O superávit primário do Governo Federal é cada vez menor... Somente para recordar, ele é o resultado da arrecadação do Tesouro Nacional através dos impostos, descontados os gastos públicos, sem contar o pagamento dos juros da dívida... Na era Lula, ele ficou em cerca de 3%, um bom número. Atualmente é menor que 2%. Só não está pior em virtude das manobras contábeis do Guido e por receitas não recorrentes. É importante salientar que o superávit primário é o principal fator observado pelo mercado financeiro para avaliar a credibilidade de uma nação. Assim, este resultado impossibilita uma redução sustentável da taxa básica de juros (Selic) e ocasiona um aumento natural do endividamento público, pois o Governo para emitir novos títulos públicos, necessitará remunerar com maiores prêmios seus credores (investidores). Esta premissa é global e vale para todos os países. Não tem como o Mantega e sua turma manipularem os números! A continuar assim, perderemos em breve o grau de investimento conseguido no Governo Lula.

3 – Taxa de investimento: continua em níveis baixos, menos de 20% do PIB. O crescimento visto na era Lula foi baseado no consumo (aumento da renda da população, muito acima da inflação) e da exuberante exportação de commodities, em virtude da taxa de câmbio – sobrevalorização do real frente ao dólar. Só por curiosidade: nos últimos 10 anos o consumo de bens no Brasil teve um crescimento de 128% e a capacidade industrial apenas 22%. Esta importante lacuna foi preenchida pelos produtos importados: é mais barato importar do que produzir aqui. Quem perde? Todos nós. Segundo vários especialistas, nos últimos 4 anos, 2010 a 2014, tivemos o maior período de desindustrialização da nossa história recente.

4 – Uma equação que não se fecha: nos últimos 20 anos houve um importante crescimento da renda da população. O dado isoladamente é ótimo. Todavia, a produtividade não acompanhou, nem de perto! Resultado: as empresas não conseguem mais se expandir. O objetivo principal de qualquer negócio é lucro... Chegamos ao fim da linha: salários altos, carga tributária excessiva e baixa produtividade!

5 – As reformas que são necessárias estão paradas: tributária, trabalhista, política, previdenciária, dentre outras. E não é de hoje. Sem elas o país ficará estagnado. Aí, não é só culpa do Governo Federal, mas também do horripilante Congresso Nacional.

6 – Burocracia e carga tributária. Um exemplo desta péssima união: estima-se que o custo da máquina para a arrecadação dos tributos no Brasil (os custos das empresas e os do próprio Governo) chega a 4% do PIB. Em outros países este valor é de apenas 1%. São 3% de desperdício. Enquanto isso, o investimento em infraestrutura é de apenas 2% do PIB. Uma distorção horrorosa!

7 – A taxa de criação de empregos está caindo drasticamente nos últimos meses. Qual o próximo passo? O aumento do desemprego. Um caminho inexorável: obrigado Dilma, estamos quase lá!

8 – A inflação persistente: cerca 6,5% ao ano. Este dado é muito preocupante. Pior. A inflação só não foi mais alta em 2014 pela intervenção do Governo Federal nos preços controlados (gasolina, energia elétrica, etc.). Em algum momento estes produtos terão que ser reajustados.

9 – Faltam metas de longo prazo. O atual Governo não tem projetos. Não existe uma agenda positiva. A infraestrutura no país é caótica. As recentes “concessões” (termo adotado pelo Governo Dilma para privatizações) na área de infraestrutura são bem-vindas, porém ainda tímidas. Precisamos acelerar as mudanças: menos Governo e mais eficiência!

10 – Por último, a corrupção. O exemplo da Petrobrás é o mais recente e o mais emblemático da nossa história. A empresa está sangrando no atual Governo. O aparelhamento político das estatais é uma vergonha.  Basta!

A mudança do rumo do nosso país só depende de nós... Muda Brasil!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

IBOV: 40 ou 80 mil pontos?



Após 20 dias de férias, o “blog” está de volta... E com boas notícias para o futuro do Brasil: o surpreendente desempenho da oposição no primeiro turno foi muito acima das expectativas. Apesar da sinalização das últimas pesquisas na semana passada, o sprint final de Aécio foi espetacular. A reação do mercado foi imediata. Hoje, o IBOV teve alta de cerca de 5%, além da queda do dólar... Volto a comentar que o mercado financeiro não tem partido, ele apenas olha para o futuro. A situação econômica é grave e o atual Governo insiste em não aceitar o problema.  

Para os investidores, a pergunta mais importante no curto prazo é: em que pontuação o IBOV fechará o ano de 2014? Numa situação normal já não é fácil prever. Com o tempero da eleição fica ainda mais difícil... 
A situação econômica é grave e não será resolvida da noite para o dia, por nenhum dos candidatos. O ano de 2015 será muito difícil e o cenário externo poderá piorar a situação... Se a Dilma ganhar, provavelmente o IBOV buscará o fundo de 2014 (44 mil pontos). Se o Aécio vencer, ele poderá atingir 70 / 80 mil pontos. Uma diferença abissal, não? Alguma razão? Simples... Enquanto o Governo atual continua míope, o candidato da oposição já sinalizou a retomada do tripé macroeconômico vitorioso que mudou a vida de todos os brasileiros desde a década de 90: metas de inflação, câmbio flutuante e superávit fiscal (controle dos gastos do Governo).


É importante relembrar que para o bom investidor de longo prazo, qualquer um dos cenários não altera o destino final. As incertezas de curto prazo não mudam a trajetória vencedora dos bons investidores. Podem apenas retardar temporariamente o desempenho... Como diz o grande investidor brasileiro Luis Barsi: “a bolsa em crise gera grandes oportunidades”. Aproveite! ... Assim, 40 ou 80 mil pontos? É preciso esperar o resultado do dia 26 de outubro! 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

As eleições e a bolsa – mais um capítulo!



Há 12 dias escrevi neste mesmo espaço sobre o “rali eleitoral” na Bolsa de São Paulo. De lá para cá, a bolsa já caiu quase 8% e, como esperado, com forte queda nas ações das estatais (sempre alguém paga o pato, lembra?). Até onde vamos?...  Não tenho como afirmar o ponto exato do fundo, mas a disputa eleitoral ainda será o grande guia da bolsa no curto prazo. Se a Dilma piorar nas pesquisas, o IBOV subirá, e se melhorar, ele cairá. Simples. A lógica nesta altura do campeonato é essa... Em relação aos gráficos temos dois objetivos, ou seja, dois fortes suportes: 58 mil pontos, que está sendo testado hoje, e 55 mil pontos (veja o gráfico abaixo). Acredito que dificilmente perdemos este último suporte, antes do resultado final das eleições, entretanto, a perda deste suporte poderia derreter o IBOV até os 44 mil pontos, fundo de março deste ano... Para os investidores de longo prazo, uma queda acentuada no IBOV é uma grande oportunidade para aumentar a posição acionária... Mas, nem tudo é perfeito... 

O cenário econômico está ficando caótico e perigoso, e ao que tudo indica a miopia do atual governo parece piorar. Assim, aproveito a oportunidade para repassar um artigo muito consistente que recebi hoje (link abaixo), versando sobre “as 10 mentiras do Governo Dilma”, escrita por Felipe Miranda da Empiricus. Independentemente de sua posição política, leia e faça uma reflexão sobre os dados, eles são categóricos e podem afetar diretamente sua vida num futuro próximo.

http://www.empiricus.com.br/posts/vida-de-investidor/dez-mentiras-do-governo-dilma/


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

As eleições e a Bolsa de Valores



As eleições e o rali de alta da Bolsa de Valores
Com a alta de agosto, o IBOV chega a uma valorização de 35% desde o fundo de março de 2014. Menos de seis meses! O que está por trás desta alta? Seria os bons fundamentos das empresas que compõe o índice?  Será que a economia brasileira está “bombando”? ... Infelizmente não! A alta reflete apenas a possibilidade de derrota do atual Governo. Como comentei na última quarta-feira, o mercado financeiro não quer a reeleição da atual Presidente.

As distorções nos preços
A alta é concentrada quase que exclusivamente nas ações das estatais (Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil) e nas ações do setor bancário privado. Outras ações estão apanhando desde o começo do ano, como exemplo, a Vale. Outras boas empresas estão de lado, como a AMBEV, nem caíram, nem subiram. Será sustentável esta alta? ... Apenas por curiosidade, as ações do Banco do Brasil já subiram 88% desde março e as ações da Petrobrás 95%. Enquanto isso, as ações da Vale caíram quase 15% em 2014. Pergunte a qualquer analista de mercado qual destas empresas tem uma melhor administração e com melhores resultados operacionais? Posso garantir, a resposta será unanime!

Uma hora a farra vai acabar
Independente do resultado final da eleição de 2014, mais dias ou menos dias, a farra da bolsa vai terminar. E pior. Alguém vai pagar o “pato”! As verdadeiras e sustentáveis altas nos preços são mantidas apenas pelos bons fundamentos da economia e pelos bons resultados das empresas. Tudo que sobe rápido, especialmente sem fundamento, cairá! A história é categórica...

A euforia do mercado e a contaminação dos amadores
A alta expressiva já chama a atenção da mídia não especializada e dos pequenos investidores, estes não acostumados ao mercado de renda variável. Esta atração é muito perigosa. Não entre nesta aventura traiçoeira. O campo está minado... De acordo com muitos analistas, daqui para frente, o upside da bolsa é muito menor que o downside, traduzindo, a possibilidade de perdas expressivas é muito maior do que a de altas vigorosas... O que fazer? Fique de fora. Se você participou da farra, chegou a hora de realizar os lucros. Para os que visam o longo prazo ou desejam a manutenção das ações em carteira, o melhor é praticar algum mecanismo de proteção de carteira (Hedge).

Repito: alguém pagará a conta! E, comumente a conta chega para os pequenos investidores! MJR



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Por que o Mercado Financeiro está contra a reeleição da Dilma?



Para os mais esquerdistas e obtusos, a reposta está na ponta da língua: “são as elites querendo derrubar o Governo Popular”. Popular? Será que o povo está satisfeito com atual cenário econômico? Com a escalada da inflação? Com a corrupção jamais vista neste país? Com o inchaço da máquina pública? Com o aparelhamento político das nossas estatais? Creio que não... Aliás, as manifestações populares em junho de 2013, apartidárias, mostraram de forma categórica que grande parte da população não compartilha com a atual gestão pública. Mas, voltemos ao tópico principal e veja algumas ponderações:

Na reeleição do Presidente Lula em 2006 e na eleição da Presidente Dilma em 2010, o Mercado Financeiro não pendeu para nenhum dos lados. Ficou neutro. Motivos? Vários. Mas o principal: a economia estava nos trilhos. A situação agora é muito diferente.

A miopia do atual Governo é espantosa. Basta assistir a qualquer entrevista do “Profeta” Guido ou ao programa eleitoral gratuito da Presidente Dilma. Para o Governo está tudo bem: o crescimento do PIB está vigoroso, a inflação domada, a confiança dos investidores e empresários está em níveis elevados, a saúde pública perfeita, a infraestrutura impecável... Será? É muito Autismo para um Governo só!

A descrença do Mercado Financeiro é justamente pela falta de ação do atual Governo Federal. Primeiro, porque não reconhece os graves problemas e, segundo porque não faz absolutamente nada para alterar o rumo da economia.

O outro fator que implodiu a confiança dos investidores foi a desastrosa intervenção do Governo Federal nas regras do Setor Elétrico em setembro de 2012 (MP 579). Os efeitos maléficos para a população estão chegando: escassez de energia e aumentos abusivos. Alguém tinha que pagar a conta!  

A última balela do Governo Federal é que a taxa de desemprego está muito baixa. Sim, ela está. Ninguém discute este fato. Todavia, isto não é mérito da atual administração, e sim dos 16 anos precedentes, na gestão de FHC e do Lula... Outro aspecto: a criação de empregos já está caindo e se nada for feito, em breve a taxa de desemprego aumentará. Pode crer!

Assim, caros leitores, não é uma questão ideológica do Mercado Financeiro, é apenas uma análise do cenário atual; uma simples perspectiva de futuro para a economia do país.  Nenhum investidor em sã consciência irá investir num cenário de caos como o vigente. Sem o retorno dos investimentos, não teremos crescimento, não teremos empregos e não teremos melhores salários. Estamos fadados ao fracasso! MJR  

Leia também o artigo da economista Monica De Bolle:

http://www.galanto.com.br/monicablog/?p=1877

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O Investidor e o Leão



Todo investidor tem um incansável e onipresente sócio oculto. Ele é ganancioso e preguiçoso. Não ajuda em nada. Seu único objetivo é uma parte do lucro dos investimentos. Pior, ele geralmente quer receber na fonte, no saque do dinheiro. A fome dele é gigantesca, por vezes ele quer mais de 20% na participação dos lucros. Por outro lado, no prejuízo ele passa bem longe, nem oferece ajuda. Você pode ser um grande ou pequeno investidor, não interessa, ele está sempre pronto para “pegar” o dele. Todavia, ele é “generoso” e permite a redução de sua parte em algumas modalidades de investimento. Sim, ele abre algumas exceções. O bom investidor precisa conhecer e aproveitar corretamente estas brechas. Isto fará a diferença no resultado de longo prazo... É óbvio, estamos falando do Leão do Imposto de Renda (IR). Assim, guarde bem na memória e nunca se esqueça de aproveitar as frestas legais deixadas por ele. 

Veja abaixo a lista das principais isenções fiscais e de algumas reduções de alíquotas:

Modalidades isentas de IR

Caderneta de Poupança:
isenta independente do montante e do tempo aplicado.

Letras de Crédito Imobiliário:
isentas para pessoas físicas; qualquer valor.

Debêntures Incentivadas:
isentas desde 2010; lembrando que elas devem ser “incentivadas”, ou seja, voltadas para a infraestrutura do país.

Fundos imobiliários:
apenas os proventos são isentos (ganho de capital, não), porém 4 critérios devem ser respeitados: somente para pessoas físicas; o Fundo deve obrigatoriamente ser negociado em mercado organizado (Bolsa de Valores ou Mercado de Balcão); o Fundo deve ter no mínimo 50 cotistas e o investidor não pode deter mais de 10% das cotas.

Mercado de ações:
para vendas inferiores ou iguais a 20 mil reais num mês fechado (maio, abril, etc.), independente do lucro auferido, o investidor está isento de pagar o IR. A isenção é valida somente para o mercado de ações!

Redução de alíquotas do IR

Mercado de ações:
a alíquota é sempre 15%.

Tesouro Direto, CDB e Fundos:
alíquota de 15%, desde que o investidor mantenha o dinheiro aplicado por mais de 2 anos (veja a tabela abaixo).

Imóveis (ganho de capital):
alíquota de 15%

Previdência Privada Complementar:
pode chegar a apenas 10% na tabela regressiva.

Dúvidas e comentários? Acesse: www.investircadavezmelhor.com.br



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Deixe os juros compostos trabalharem por você!



Ninguém ficará rico da noite para o dia. Dinheiro se faz com o trabalho. Este é o primeiro ensinamento. Os investimentos têm o propósito único de potencializar suas reservas financeiras no futuro. O crescimento da economia e os fantásticos juros compostos serão seus grandes aliados. Outro fator primordial: paciência! O resultado no longo prazo será fenomenal. Mas é preciso dar tempo ao tempo. Para a maioria das pessoas as economias mensais são costumeiramente pequenas, porém quando acumuladas constantemente e bem investidas, o retorno é certo. Deixe os juros compostos trabalharem por você! MJR

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Como montar uma carteira de investimentos?



Uma pergunta recorrente entre meus amigos e colegas de trabalho: como montar uma carteira de investimentos?  

Não é uma pergunta fácil, mas vou tentar responder de maneira bem objetiva. Porém, primeiro você precisa responder a quatro perguntas: qual a sua idade? Qual o seu perfil de investidor? Qual o montante a ser aplicado? E, por último, qual o horizonte da sua carteira de investimentos: curto ou longo prazo?

O objetivo principal de uma carteira de investimento é reduzir o risco inerente a cada ativo. Assim, independente do perfil do investidor uma carteira deve ser diversificada. Sempre! Na medida do possível devemos ter aplicações em ativos de renda fixa (CDB, Fundos DI, Tesouro Direto, LCI, etc.) e renda variável (Fundos Imobiliários e Ações). As razões são simples. Parte do nosso capital deve ser aplicada em renda fixa por dois motivos básicos: segurança e liquidez imediata. Não podemos ficar totalmente expostos às oscilações inerentes ao mercado de renda variável e nossas aplicações devem estar disponíveis para conversão em moeda corrente a qualquer momento. Imprevistos acontecem e parte dos nossos investimentos poderá ser resgatada para suprir algumas necessidades esporádicas, como uma doença na família, a perda do emprego, etc. Por outro lado, aplicações exclusivas em renda fixa são menos rentáveis e no longo prazo os rendimentos são corroídos pela inflação. Portanto, chegamos à conclusão de que toda carteira também deve conter ativos de renda variável, especialmente ações.

Daí surge outro questionamento: qual a porcentagem de divisão entre cada investimento? Devemos ficar atentos a três fatores básicos: o perfil do investidor, a sua faixa etária e o montante de recursos a ser aplicado. Pessoas pouco afeitas a risco devem evitar grandes exposições à renda variável. Indivíduos na faixa etária acima dos 65 anos também. A explicação em relação aos mais velhos é simples. Uma crise pode perdurar por muito tempo – vide crise atual (2008/2014) – e desta forma, limitará a chance de reversão de eventuais prejuízos no curto e médio prazo. Quando somos jovens podemos e devemos arriscar mais. Outro fator é o montante do patrimônio já acumulado. Quanto maior o patrimônio, menor é a necessidade de arriscar. Nesta situação o mais importante é a preservação do capital.

Mais detalhes. Conheça o meu novo livro na Amazon:


terça-feira, 29 de julho de 2014

Pense no futuro o quanto antes!



2015, o ano da virada! Quem garantirá seu futuro financeiro? Você já pensou nisso... No Brasil a maioria das pessoas não se importa com o futuro. As estatísticas são categóricas. Diferentemente dos países desenvolvidos, não temos a cultura de investir. Apenas vivemos o presente e esquecemos da chegada do futuro. Esta é a regra!


Não sou contra viver bem o presente, aliás, sou um grande defensor: a vida é muito efêmera e bonita para ser desperdiçada. Aproveito cada minuto e não deixo de fazer nada que possa ser feito hoje. O maior patrimônio de uma pessoa é o seu passado, suas histórias, suas conquistas. Todavia, a nossa capacidade de trabalho declina com o tempo. O nosso corpo pede descanso e a nossa mente pede sossego. Pensar no futuro o quanto antes é a melhor maneira de garantir sua estabilidade financeira. Em todas as áreas o equilíbrio é o mais indicado. Relembre o passado, viva intensamente o presente e garanta seu futuro. Não deixe pra depois. O passar do tempo é inexorável. É possível conciliar todos os momentos!

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sábado, 26 de julho de 2014

Lançamento do livro: 5 investimentos que garantem seu futuro



Prezado leitor,

Apresento a você em primeira mão o meu segundo livro sobre o tema: investimentos. Agora apenas em formato digital, que pode ser adquirido no site da Amazon (www.amazon.com.br), de forma rápida, segura e de baixo custo. Numa linguagem ainda mais simples e objetiva que o primeiro, sem análises complexas, ele tem como razão principal apresentar ao cidadão comum, não especialista em mercado financeiro, opções de investimentos com o intuito de garantir uma aposentadoria tranquila. São apenas cinco modalidades de investimentos e todas muito simples. O livro aborda tanto investimentos em renda fixa como ativos em renda variável, descrevendo os detalhes básicos da dinâmica destes ativos. Tenho total convicção de que qualquer pessoa pode se tornar um bom investidor. E melhor, na proposta do meu livro, um acompanhamento mensal é mais do que suficiente para gerir seus investimentos, o que se encaixa no perfil de qualquer profissional liberal, uma vez que o tempo livre na vida das pessoas é cada vez mais escasso... O sucesso de qualquer investidor depende de conhecimento e dedicação. Portanto, não deixe que outras pessoas administrem seu dinheiro. Faça você mesmo! É perfeitamente possível. Basta a compreensão das valiosas informações contidas neste livro e fazer seu dever de casa: trabalhar muito, poupar parte do seu salário e aplicar de maneira correta. Os juros compostos e o tempo serão seus grandes aliados. E o mais importante: com a recente escalada da taxa básica de juros (Selic) e a persistente e duradoura queda da bolsa brasileira, este é momento ideal para você começar a investir: uma grande oportunidade, uma chance rara!
2015, o ano da virada. Aproveite!

http://www.amazon.com.br/investimentos-que-garantem-seu-futuro-ebook/dp/B00M4M30EA/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1406381674&sr=8-2&keywords=Marcelo+Montandon 

terça-feira, 22 de julho de 2014

As constantes previsões apocalípticas no mercado de ações!


Quem acompanha diariamente os noticiários da bolsa, convive frequentemente com algumas previsões, por vezes absurdas. Lembremos algumas pérolas:

Em 2009, um renomado economista televisivo, que por sinal eu admiro muito (talvez não deveria), previa que a bolsa brasileira atingiria 200 mil pontos em 2014. Hoje estamos sofrendo para chegar aos 58 mil pontos. Será que teremos fôlego! Haja fôlego...

Ano passado, um famoso investidor suíço previu o crash da bolsa americana em 2013. De lá para cá, ela subiu quase 30%. Após um ano e meio, ele ainda não acertou, mas um dia acertará: eu te disse!

Por último, veja a reportagem de hoje no site da Infomoney (http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3388999/ibovespa-vai-cair-ate-fundo-crise-2008-diz-dos-maiores). Um famoso grafista afirma que bolsa retornará ao fundo de 2008. Então, despencaremos mais de 50%?... Que a economia está ruim, tudo bem, mas precisaríamos de uma Cristina ou de um Maduro para conseguir tal feito. Isto me fez lembrar um grande ensinamento do livro “Axiomas de Zurique”: muito cuidado com as previsões dos grafistas!

Em quem acreditar? Nos otimistas ou nos pessimistas? Nos fundamentalistas ou nos grafistas? Esqueça... O investimento em ações não deve ser baseado em postulações ou adivinhações. As correções e as disparadas dos preços fazem parte do mercado de renda variável. O importante é ter me mente que longo prazo, o investimento em ações supera as previsões apocalípticas (reveja meu último comentário abaixo). Preocupe-se apenas em investir corretamente, fazendo uma boa seleção de ativos e pensando sempre no longo prazo. E não se esqueça de diversificar seus ativos.


MJR

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Por que acreditar no futuro da Bovespa?


Que a economia brasileira está parada, todos nós sabemos, ou pelo menos deveríamos saber. Que a bolsa de São Paulo está em correção desde 2008, também não é novidade. Então, por que acreditar que a Bovespa terá um bom desempenho nos próximos anos? Vejam alguns fatos:

Qualquer ativo tem seus ciclos. Todos. Desde as commodities agrícolas até o mercado acionário. Ciclos de alta se alternam com ciclos de queda ou estagnação. Sempre foi  assim e sempre será!


O histórico das bolsas ao redor do mundo confirma este fato de forma categórica, e melhor, no longo prazo os ciclos de alta são preponderantes. Veja abaixo o gráfico dos últimos 80 anos da bolsa de Nova Iorque: uma alta de quase 40.000%. Isso mesmo com todas as crises, incluindo a grande recessão e a última guerra mundial.





Apesar de a bolsa brasileira ser bem mais jovem, os dados são semelhantes. Veja os gráficos seguintes do IBOV: de 1992 a 2012 a bolsa subiu mais de 1.600%; de 2002 a 2008 a bolsa subiu 770%. De lá para cá, ele perdeu 30% de valor. Quanto o IBOV subirá no próximo ciclo?






Outra pergunta frequente: será que já chegamos ao fundo? Talvez. Mas este aspecto não é o mais importante, pois ninguém pode prever este fato agora. Somente o futuro irá confirmá-lo. Desta forma, não espere por um recado divino ou uma dica de um grande corretor. Faça agora o dever de casa. Como?


*  
Várias boas ações da bolsa brasileira estão descontadas, especialmente pelo mau desempenho recente da nossa economia. Assim, o ideal é começar a comprá-las. Como não sabemos se o fundo chegou, faça compras mensais, de acordo com suas posses. Acumule ações e monte uma carteira diversificada. E o mais importante: pense no longo prazo. Não se preocupe com as turbulências esporádicas, elas são passageiras. Sempre!

As principais bolsas mundiais estão em patamares históricos. Lembre-se, todo mercado é cíclico. Uma correção irá acontecer. Quando? Não sei, mas ela virá. Quando a situação melhorar no Brasil o dinheiro voltará para cá e a bolsa subirá muito.


A nova metodologia ajudará o melhor desempenho do índice Bovespa: as empresas ruins serão expurgadas do índice. Isso já aconteceu com a OGX.


O Governo Federal está estudando novos incentivos fiscais para o pequeno investidor colocar seu dinheiro na bolsa. Assim, poderemos ter um grande aumento do número de investidores. Hoje, menos de 0,4% da população investe no mercado de ações. Nos Estados Unidos mais de 60% o fazem. O sucesso econômico de um país depende de um mercado acionário forte e organizado. A história confirma esta premissa.


Confesso que tinha muito medo do ano de 2014: o auge da crise econômica brasileira, o começo da “tempestade perfeita” e o período eleitoral. Entretanto, o primeiro semestre mostrou que dificilmente perderemos os 44 mil pontos. A entrada de compradores neste patamar foi muita clara e taxativa!

As eleições presidenciais poderão ser o gatilho para o novo ciclo de alta. A vitória da oposição dará oxigênio para a economia brasileira. Há quem diga que mesmo numa eventual vitória do atual Governo, mudanças drásticas deverão ser vistas com o intuito de melhorar a atividade econômica.

Assim, pense com muita calma no que foi comentado acima. Oportunidades como estas são raras. Não desperdice!  E não se esqueça: ninguém vai te avisar que o novo ciclo de alta chegou. Provavelmente seu gerente te avisará apenas no final, como ocorreu em 2007 e 2008, onde um grande número de novas pessoas físicas que adentraram na Bovespa e amargam perdas significativas até hoje.

MJR