A situação
do IBOV continua indefinida. Já são seis semanas consecutivas com o índice
situado na faixa entre 52.600 e 54.300. As bandas de Bollinger estão cada vez
mais estreitas. Fato incomum no IBOV. Estamos prestes a um forte movimento. É
fato. Contudo, um grande problema: para onde iremos? Para cima ou para baixo? Eis
uma pergunta de 1 milhão de dólares. Acredito que ninguém saiba. Veja alguns
argumentos para os dois cenários:
O mercado vai subir:
O gráfico
semanal ainda mostra topos e fundos ascendentes e estamos em cima de um forte suporte.
Vários
ativos despencaram recentemente e podem repicar.
Um acordo na
Grécia (mesmo que tardio) poderia aliviar os fatores externos.
O índice
americano (DJI) após quedas seguidas está num patamar de suporte e poderá
repicar. Assim, ajudaria o pobre irmão, o IBOV.
Os péssimos
números da economia brasileira já estariam incorporados ao índice.
A bolsa vai cair:
Perdendo o
suporte em 52.600 o IBOV poderá começar a desmontar o cenário de alta no gráfico
semanal. O próximo suporte está em 48 mil pontos (10% de queda). Um belo
movimento de queda.
Os ativos
que caíram muito podem continuar a cair mais. Aqueles que não caíram podem
pressionar o IBOV.
O fracasso
do acordo com a Grécia poderia disseminar ainda mais pessimismo mundo afora,
especialmente nos países emergentes.
O suporte no
DJI poderá ser perdido e a queda ser acelerada, contaminando os demais mercados.
O fundo atual
teria porão, ou seja, nem todos os dados ruins da economia brasileira foram agregados
ao IBOV. Ladeira abaixo.
Assim, o que fazer meu amigo? Nada. Absolutamente nada. Aguarde com muita paciência o futuro rompimento e surfe na próxima onda. Ela provavelmente será intensa e longa, seja para qualquer um dos lados. Uma certeza? Não tenho. Uma aposta? Ainda acredito que o mercado vai subir. Quanto apostar? No máximo um cafezinho para amenizar o estresse. Não dá para arriscar mais do que isso. A situação é muito indefinida. Aguardemos. MJR