quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Como obter lucro com a alta da moeda americana?



No atual cenário econômico, a aplicação de parte de nossos recursos em moeda estrangeira é quase obrigatória. O dólar americano teve uma valorização exponencial nos últimos 12 meses e ninguém sabe até onde ele pode chegar. O Governo Federal já sinalizou que não vai controlar artificialmente o preço do dólar e o câmbio será verdadeiramente flutuante e sem intervenções. Será? A maioria dos especialistas acha que sim.

A cotação do dólar pode nos afetar de várias maneiras, seja no aumento de preço dos insumos importados e consequentemente pressionando a inflação, seja no aumento do custo de uma viagem internacional ou na aquisição direta de bens importados. Assim, não podemos ficar alheios à cotação da moeda americana. E mais. Acredito ainda que todo investidor, em qualquer cenário, mas em especial nos momentos de incerteza, deve aplicar uma parte das reservas financeiras em investimentos atrelados ao câmbio. Lembre-se dos conceitos de diversificação e preservação do capital.

Basicamente existem três maneiras possíveis para se investir em dólar: a aplicação em fundos cambiais (disponível em qualquer banco comercial), a compra direta da moeda estrangeira ou através do investimento direto no mercado de derivativos (dólar futuro). Sem dúvida, a mais simples e recomendada é aplicar num fundo cambial. Em contrapartida, a pior opção é a compra direta do papel, em virtude do ágio e deságio na compra e venda da moeda, seja nas lojas oficiais de Exchange, seja no mercado paralelo. O investidor sempre sai perdendo, em média cerca de 10% em cada transação. Para os que têm um maior conhecimento sobre o mercado financeiro, a aplicação direta no mercado futuro é uma ferramenta valiosa. Se você tiver interesse sobre o assunto, acesse meu livro na Amazon: Índice Bovespa Futuro: opere sem segredo.


Para finalizar, existem ainda duas outras formas de se obter lucros com a escalada do dólar. A primeira é a compra de ações de empresas voltadas para a exportação, como por exemplo, a Embraer. A segunda opção, voltada apenas para os grandes investidores (maior custo), é a aplicação legal de recursos no exterior.

MJR




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A disparada do dólar



A alta de quase 14% da moeda americana nos últimos 14 dias vem assustando muita gente (hoje, máxima de R$ 2,88). Recordar é viver. Em 2002, o dólar atingiu 4 reais. O motivo? A apreensão do mercado financeiro com a provável eleição do então candidato Lula. Porém, após o começo do Governo Lula em 2003 e as medidas acertadas tomadas pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e pelo Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o preço da moeda americana começou a cair sistematicamente, batendo em R$ 1,50 no ano de 2008. A queda foi impulsionada também pelo ciclo de alta das commodities no mercado internacional, favorecendo o saldo positivo da balança comercial do Brasil. A crise americana em 2008 e os desdobramentos seguintes inundaram o mundo de dólares, desvalorizando ainda mais a moeda dos ianques.

Todavia, agora está tudo invertido: a economia lá está em franca recuperação; o programa de estímulos americano que jorrou dólares na economia acabou em 2014; os juros americanos devem subir em breve; as commodities estão derretendo no mercado internacional; e o cenário econômico interno é desolador, mesmo com as últimas medidas anunciadas pelo ministro Levy – estas medidas precisam de tempo para surtir efeito. Somam-se a isto, a crise política sem precedente em Brasília, a operação Lava Jato, as crises da água e do setor elétrico, e a desconfiança geral sobre a eficiência do atual do Governo: será que a Presidente Dilma continuará dando cartas brancas ao ministro Levy. Os agentes do mercado financeiro estão desconfiados!

Desta forma, fica muito fácil prever que o dólar continuará subindo no médio prazo até surgir uma luz, uma esperança, no final do túnel. Qual o teto? 3, 4 reais. Não tenho ideia. Aliás, ninguém pode prever. Somente o tempo nos dirá. O que posso afirmar é que em breve o dólar sofrerá uma correção no curto prazo, em virtude do estado extremamente sobrecomprado dos últimos dias, o que nos dará uma nova oportunidade de compra, pois o viés de médio prazo continua fortemente altista. Na próxima coluna vou escrever sobre como você pode aproveitar a alta da moeda americana, investindo de maneira correta nas modalidades existentes. Até lá!

MJR