Uma pergunta recorrente entre meus
amigos e colegas de trabalho: como montar uma carteira de investimentos?
Não é uma pergunta fácil, mas vou tentar responder de maneira bem objetiva. Porém, primeiro você precisa responder a quatro perguntas: qual a sua idade? Qual o seu perfil de investidor? Qual o montante a ser aplicado? E, por último, qual o horizonte da sua carteira de investimentos: curto ou longo prazo?
O objetivo
principal de uma carteira de investimento é reduzir o risco inerente a cada
ativo. Assim, independente do perfil do investidor uma carteira deve ser
diversificada. Sempre! Na medida do possível devemos ter aplicações em ativos
de renda fixa (CDB, Fundos DI, Tesouro Direto, LCI, etc.) e renda variável
(Fundos Imobiliários e Ações). As razões são simples. Parte do nosso capital
deve ser aplicada em renda fixa por dois motivos básicos: segurança e liquidez
imediata. Não podemos ficar totalmente expostos às oscilações inerentes ao
mercado de renda variável e nossas aplicações devem estar disponíveis para
conversão em moeda corrente a qualquer momento. Imprevistos acontecem e parte
dos nossos investimentos poderá ser resgatada para suprir algumas necessidades
esporádicas, como uma doença na família, a perda do emprego, etc. Por outro
lado, aplicações exclusivas em renda fixa são menos rentáveis e no longo prazo
os rendimentos são corroídos pela inflação. Portanto, chegamos à conclusão de
que toda carteira também deve conter ativos de renda variável, especialmente
ações.
Daí surge outro
questionamento: qual a porcentagem de divisão entre cada investimento? Devemos
ficar atentos a três fatores básicos: o perfil do investidor, a sua faixa
etária e o montante de recursos a ser aplicado. Pessoas pouco afeitas a risco
devem evitar grandes exposições à renda variável. Indivíduos na faixa etária
acima dos 65 anos também. A explicação em relação aos mais velhos é simples.
Uma crise pode perdurar por muito tempo – vide crise atual (2008/2014) – e
desta forma, limitará a chance de reversão de eventuais prejuízos no curto e
médio prazo. Quando somos jovens podemos e devemos arriscar mais. Outro fator é
o montante do patrimônio já acumulado. Quanto maior o patrimônio, menor é a
necessidade de arriscar. Nesta situação o mais importante é a preservação do capital.
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