Na próxima
semana, entre os dias 21 a 25 de outubro, o IBOV terá um momento decisivo.
Como
comentei no começo do mês de outubro, o índice se recuperou fortemente após
atingir o suporte em 100 mil pontos no começo de outubro (Bingo de novo para quem
acompanha o Blog!).
Os dois
primeiros alvos citados por mim foram atingidos: 104 e 106 mil pontos. Na verdade
a máxima foi de 105.891, mas isso é irrelevante.
Desta forma, o IBOV fez um topo
triplo na faixa dos 106 mil pontos: em julho, setembro e outubro.
Aprendi nos
últimos 10 anos estudando os gráficos que, qualquer ativo ao fazer um topo triplo,
tem uma forte movimentação nos preços pela frente: ou romperá a resistência ou
corrigirá fortemente.
Qual será o destino do IBOV em minha
opinião?
Acho que o IBOV romperá o topo
histórico em breve, talvez na semana que vem. Mesmo sabendo que meu palpite é contrário
à opinião de um grande mestre da renda variável, Ivan Sant’Anna. Ele, em
postagem recente, acredita que o IBOV já fez a máxima do ano, em julho. Aguardemos.
A correção que
começou na última quinta-feira (17/10) deverá ser leve e durar poucos dias, e isso
ajudará o IBOV a ganhar força compradora para romper com convicção a resistência.
Essa é a minha aposta.
Seguem algumas ponderações que suportam
o meu otimismo:
1. Ao que tudo indica, finalmente, a
reforma da previdência será votada e aprovada em segundo turno no dia 22/10.
Ufa! Mesmo com todas as lambanças do PSL, o partido do Presidente; as
peripécias do comandante e de seus asseclas parecem que não afetarão a área
econômica. O Paulo Guedes deveria ganhar um Nobel de Economia.
2. Após a aprovação da reforma é provável
que o fluxo de investimento dos estrangeiros volte de maneira mais intensa.
3. O dólar americano claramente perdeu o
ímpeto de alta dos últimos dois meses. Mesmo com as notícias ruins recentes, a
moeda americana não conseguiu atingir novos topos e já mostra sinais de
fraqueza.
4. Na próxima semana teremos o início da
divulgação dos resultados das companhias de capital aberto. Vários bons analistas
afirmam que teremos gratas surpresas.
5. O leilão da sessão onerosa do pré-sal
deverá ocorrer em novembro, após acordo de partilha da receita, aprovado no
Senado na última semana. Isso injetará 100 bilhões nos cofres públicos (União, Estados
e Municípios) e na Petrobrás.
6. A inflação continua controlada. O
IPCA de setembro foi muito baixo. E os juros básicos caminham para patamares
baixíssimos. Talvez os juros reais no Brasil fiquem negativos. Quem imaginaria
isso num passado recente?
7. Os sinais de retomada do crescimento
são notórios. Esqueça a opinião da mídia não especializada. Cito dois exemplos.
Empregos: em setembro houve a criação de mais de 157 mil postos de trabalho com
carteira assinada, sendo o melhor resultado para o mês desde 2013. Mercado imobiliário:
aqui em Goiânia o setor já está “bombando”. Na cidade de São Paulo também. E
isso deve está acontecendo em outros centros... O último empurrão para a volta completa
do crescimento será a retomada do crédito, pois os Bancos ainda continuam
exagerando nos juros.
8. Lá fora, por enquanto, é improvável
uma queda mais brusca dos mercados ainda em 2019. A serenidade temporária no
exterior nos favorece. Já para 2020, a história pode ser bem diferente.
9. Usualmente o último trimestre de cada
ano costuma ser positivo para as bolsas de valores. O indicador OBV mostrou um alto
fluxo financeiro na última pernada de alta, o que favorece o rompimento do topo
histórico. E mais, a tendência do IBOV é claramente de alta desde janeiro de
2016. A única situação gráfica que me incomoda é uma divergência no MACD no
gráfico diário. Afora isso, tudo corrobora para o rompimento do topo histórico.
10. Por último: a ampliação da migração
dos investidores de renda fixa para a renda variável será inexorável, incluindo
os grandes fundos de investimentos.
Apesar dos ventos favoráveis temos
que ter a ciência que o mercado financeiro nem sempre é previsível, e que o
Brasil não é para amadores. E mais. Cisnes negros podem surgir a qualquer
momento.
Assim, não
exagere na dose de otimismo e balanceie sua carteira. Nada de riscos em excesso.
E não se esqueça de acrescentar os ativos
de proteção.
Bons
investimentos!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.