segunda-feira, 26 de março de 2018

O que os rentistas farão com a Taxa Selic em 6,5% ao ano?




O Brasil sempre foi o país da renda fixa. Com os juros básicos quase sempre nas alturas, ganhar 1% ao mês nas aplicações de renda fixa – Fundos DI, CDB, Tesouro Selic, etc. – era fácil, fácil. Porém, nos últimos meses o cenário mudou. Com a inflação controlada, abaixo da meta, e a taxa de desemprego ainda em alta, o COPOM colocou a Selic num patamar muito reduzido para os padrões brasileiros (e deverá cair ainda mais nas próximas reuniões), o que é muito bom para o setor produtivo e, por conseguinte, para a recuperação econômica do país.

Quem não deve estar muito contente com a situação são as pessoas que sempre deixaram o dinheiro na renda fixa e, sem esforço algum, tinham um rendimento mensal formidável. Contudo, a festa acabou! Se você quiser ter um retorno maior precisará se arriscar um pouco mais em ativos de renda variável. Isso é muito bom para a bolsa de valores, para o setor imobiliário, para o setor produtivo, para o Governo (maior arrecadação de impostos) e para a maioria dos brasileiros – mais empregos, mais renda e maior facilidade ao crédito. Quase todos ganham com os juros baixos, exceto os rentistas acomodados.

Os juros baixos facilitam a vida das empresas: diminui o custo das dívidas e facilita os novos investimentos, o que gera mais empregos e maior lucro para os acionistas. Assim, as empresas de capital aberto serão muito beneficiadas, pois ocorrerá uma migração natural dos investidores de renda fixa para a renda variável. Outros fatores também devem impulsionar a bolsa brasileira. Veja:

1.      A posição em bolsa de valores dos grandes fundos locais ainda é muito baixa. Isso deverá mudar nos próximos meses, o que aumentará significativamente o fluxo de investimentos em ações.

2.      O cenário externo mais complicado poderá em algum momento favorecer o Brasil. Lembre-se da falta de sincronia entre os mercados desenvolvidos e o Brasil desde o final de 2012. Lá, as bolsas estão no final de um longo ciclo de alta e por aqui mal começamos. O fluxo dos estrangeiros para o Brasil tende a permanecer em alta no médio prazo.

3.      As eleições em 2018 deverão ter um impacto nos ativos de renda variável e, a meu ver, possivelmente de forma positiva: consolidação e eleição de um candidato pró-ajuste fiscal.

Assim, a bolsa brasileira continua com um viés extremamente positivo. Não deixe para você entrar tardiamente no mercado de ações. Aproveite os momentos de correção para elevar sua participação em renda variável. Outra opção é se contentar com o rendimento de 5% ao ano nos investimentos tradicionais de renda fixa. A escolha é sua.

MJR



sexta-feira, 9 de março de 2018

Atualização mensal do IBOV – Março 2018





Continuamos firmes e fortes no nosso BULL MARKET.

As turbulências de fevereiro e a volta da volatilidade dos mercados americanos não impactaram nosso mercado.

Nem o engavetamento da reforma da previdência foi capaz de tirar o fôlego da bolsa brasileira.

E para facilitar o caminho dos ativos de risco no Brasil, notícias positivas não param de pipocar todos os dias nos jornais: juros básicos devem cair ainda mais, inflação em queda, retomada do crescimento da economia e o mercado imobiliário se aquecendo, dentre outros.

Assim, sigo muito otimista com a economia brasileira para os próximos anos e, por conseguinte, para a bolsa. E para o curto prazo?

Pelo menos para os dois próximos meses, não vejo mudanças neste cenário. Acredito que a bolsa seguirá em alta. Mas, talvez, a partir de maio, o cenário externo, a sazonalidade e as eleições presidenciais locais poderão afetar a bolsa, negativamente.

Pelo gráfico semanal, o meu alvo para o IBOV encontra-se em 95 mil pontos. Só mudarei de expectativa se o IBOV perder, em fechamento da semana, o patamar dos 83.900 pontos. Caso isso ocorra, entraremos numa tendência de baixa no curto prazo e poderíamos buscar os fortes suportes em 78 e 80 mil pontos.  

Por último, gostaria de citar que o gatilho para uma nova “pernada de alta”, deverá ser a superação da faixa dos 88 mil pontos nas próximas semanas.

Abraço.

MJR