Desta vez faço diferente. Escrevo a coluna mensal alguns
dias antes do início do mês seguinte.
E faço isso por um motivo simples: vejo grandes oportunidades
no mercado de ações.
E, usualmente, as maiores oportunidades são fugazes.
Desde meados de julho venho comentando que o IBOV corrigiria
até os 100 mil pontos ou menos.
No momento em que escrevo, o IBOV perdeu os 97
mil pontos.
Em minha opinião, o movimento de queda ocorreu principalmente
em virtude do cenário externo desafiador e a fuga dos investidores estrangeiros
do Brasil – saldo negativo em 21 bilhões de reais em 2019 (quase 11 bilhões
somente em agosto).
E mais, por aqui não tivemos novidades relevantes no cenário
político e econômico, assim, o IBOV e vários ativos “precisavam” de uma
correção após a última pernada de alta que ocorreu entre maio e julho. É um movimento
natural e corriqueiro. O índice precisava ganhar fôlego para novos voos. Quem
sabe: rumo aos 116 / 120 mil pontos até o fim de 2019.
Acho que o fim da correção está próximo, porém, acertar os
fundos e os topos de um ativo é uma missão quase impossível. Precisamos assumir
a ignorância.
Teoricamente o BULL
MARKET estrutural de longo prazo continua o mesmo.
Desta forma, acredito que chegou a hora de aumentar as posições em
bolsa, especialmente para os ativos que recuaram com mais força. A saber: enquanto
o IBOV caiu 10%, alguns ativos importantes desabaram mais de 30%.
Faça isso aos poucos, sem atropelos, pois a queda poderá
continuar por mais algum tempo, especialmente se o cenário externo degringolar
ou surgir algum “cisne negro” político por aqui. E invista somente o dinheiro
de longo prazo.
Graficamente, existe uma barreira fortíssima para o IBOV na faixa entre os 94 e 97 mil pontos (retração
de 61,8% de Fibonacci, MM200 e LTA de longo prazo). Acho improvável o IBOV perder
esse suporte no atual momento. Mas, tudo é possível.
O próximo suporte estaria na faixa de 89 mil pontos. Se
perdêssemos esse patamar, o cenário para o IBOV ficaria muito preocupante. Todavia,
até aqui, uma possibilidade remota!
O IBOV, desde janeiro de 2016, tem respeitado os principais suportes.
Um dos pilares da Teoria de Dow: a
tendência vigência continua intacta até o surgimento de sinais claros de
reversão. Estamos muito longe disso.
Aproveite as “promoções” que o próprio mercado financeiro nos
oferece, mas não exagere na dose. Evite exposição em excesso ao mercado de
ações e mantenha os pés no chão.
Respeite seu perfil de investidor. E não se esqueça: diversifique
a carteira. Sempre!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.