Após uma
pausa de duas semanas, férias merecidas, o blog está de volta. Nestes 14 dias de
ausência, o IBOV fez o que eu esperava: recuou. A correção era mais que
esperada após nove pregões consecutivos de alta (subiu mais de 12%). Até o
momento a correção do impulso anterior está dentro do previsto. O índice buscou
a média móvel de 21 períodos e a retração de 50% de Fibonacci. A correção no
tempo também foi atingida: nove pregões. Desta forma, estamos prontos para o
próximo movimento. Assim, quais são os caminhos possíveis do IBOV? Vejo dois
cenários:
O primeiro e
mais provável é o rompimento da forte
resistência em 49.800 pontos (linha horizontal azul), o que confirmaria um
belo pivot de alta. Apesar do movimento baixista da última sexta-feira (estrela
cadente), o volume foi muito baixo, favorecendo um movimento errático (falso). Mas
por que acredito numa alta do IBOV num cenário político-econômico ainda é
catastrófico e nebuloso?
1 – No
movimento de alta prévio, o IBOV rompeu a linha de tendência de baixa (LTB) que
conduzia os preços desde o começo de maio de 2015 (linha oblíqua vermelha): o
que é um sinal muito positivo.
2 – Pelo menos
por enquanto, as inúmeras e péssimas notícias parecem que já foram precificadas no
índice. Teoria de Dow: o mercado
desconta tudo!
3 – A bolsa brasileira ficou muito barata em
dólares (queda de mais de 30% em 2015), o que atrai os investidores
estrangeiros. Até o momento, em setembro, o saldo dos gringos é positivo em mais
de 4 bilhões de reais. Ótimo sinal. Sempre é bom lembrar que eles representam
mais de 50% dos investidores da bolsa.
3 – O mercado financeiro sempre anda na frente
da economia. Se já não estamos no fundo do poço, estamos muito próximos.
4 – Graficamente,
vários ativos importantes estão na mesma situação do IBOV, isto é, próximos de um
pivot de alta, o que favorece uma alta mais consistente e confiável.
5 – As bolsas
internacionais estão em alta e podem levar o IBOV junto.
6 – Por último,
o período do ano (último trimestre) costuma ser positivo para o mercado de
renda variável (comportamento histórico).
O segundo
caminho possível do IBOV é continuar a correção, buscando os fundos
anteriores, em 43.700 e 42.700 pontos (linhas horizontais vermelhas). Apesar de
possível, acho que esta possibilidade é menos provável, pelos aspectos acima
comentados. Como venho escrevendo há muito tempo, dificilmente o IBOV perderá
os 40 mil pontos.
Assim,
acredito que a bolsa brasileira está sinalizando um provável movimento de alta
mais duradouro. Como escrevi e previ no meu segundo livro: 2015, o ano da virada.
Será?
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.