Hoje não
quero escrever sobre economia e muito menos de crise, corrupção e política. É
preciso esquecer as mazelas de nossos governantes. A época do ano pede uma
pausa, um descanso, mesmo que fugaz. É tempo de confraternização, esperança e
otimismo. É tempo de compartilhar o sorriso das crianças. É tempo de dividir
com os amigos e familiares as nossas conquistas, alegrias e saudades. É tempo
de sonhar e esperar pelo melhor. Não deixe de curtir os bons momentos. Desejo a
todos os amigos um ano novo repleto de conquistas, com muita saúde, paz, dedicação
e sabedoria para enfrentar os desafios de 2016. Tintim!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
IBOV perde importante suporte
A
sinalização da última sexta-feira foi confirmada no dia de hoje e o forte
suporte do IBOV em 44 mil pontos foi perdido. Apesar do índice ter sido negociado
abaixo deste patamar em 15/08/15, este é primeiro pregão que o IBOV fecha bem
abaixo dos 44 mil pontos, confirmando de maneira inequívoca a perda do suporte.
Como já tinha
escrito várias vezes no blog, eu não acreditava que o IBOV fosse perder os 40
mil pontos, mas agora, infelizmente, a chance é muito significativa. Contudo, é
improvável que aconteça ainda este ano, em virtude do baixo volume financeiro desta
época (final de ano), mas em 2016 não escaparemos.
Os motivos?
As notícias ruins da economia superaram todas as expectativas. As lambanças do Governo
Federal não cessam. É inacreditável. A nomeação de Nelson Barbosa para a
Fazenda é lamentável. A perda do grau de investimento aconteceu. O impeachment foi
amarrado pelo STF. As bolsas mundiais ameaçam uma correção mais forte após a
subida dos juros pelo banco central americano. Assim, existem vários fatores
para derrubar o IBOV ainda mais. Destes, sem dúvida, o mais importante é a
incapacidade do governo criar qualquer perspectiva positiva para a economia
brasileira. Apesar da cotação da bolsa brasileira em dólares estar em níveis
promocionais, voltamos ao ano de 2005, a falta de perspectiva afugenta todos os
investidores.
Perdendo os
40 mil, a bolsa poderá buscar 34 mil pontos. Mais de 20% de queda em relação ao
fechamento de hoje em 43.200. Um desastre! Bom, mas isto não acontecerá de um
dia para o outro. O mais importante é acompanhar a evolução, dia a dia. Outro
aspecto: uma reviravolta no processo de impeachment ou novas revelações da Lava
Jato podem mudar o viés baixista do IBOV.
Aguardemos.
MJR
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
“Presente de Natal” do Supremo Tribunal Federal
Ontem num julgamento estranho e “chapa branca”, o STF nos tirou a esperança de um futuro melhor. O final de ano será melancólico. A pausa de 45 dias na política dará muito fôlego ao governo. Ninguém sabia ao certo se o impeachment prosperaria ou não, mas existia uma luz no final do túnel. Ela foi subitamente apagada num julgamento tendencioso e político. Como um importante jurista comentou no dia de hoje: “o STF não está contente em julgar e quer legislar”. Virou uma guerra pessoal do Eduardo Cunha e da Presidente Dilma. Neste vale tudo, promessa de cargos e “compra” de deputados para eleger o líder do PMDB, entre outras aberrações da política atual, o povo brasileiro está na linha de combate, amargando uma crise profunda e sem fim.
Terminamos o fatídico ano de 2015 esperando um ano vindouro ainda pior. E vai piorar. Pode crer. O Governo Federal não dá uma dentro. A credibilidade foi para o espaço. A corrupção está em todos os cantos deste país. O ajuste fiscal foi por água abaixo. Levy pediu as contas. Vão insistir na “nova matriz econômica do Guido”, ou melhor, da Dilma, que nos levou à maior crise dos últimos tempos. A provável nomeação de Nelson Barbosa para o Ministério da Fazenda é a prova cabal de que os erros da política econômica persistirão.
As agências de rating já rebaixaram o Brasil para junk – lixo. Na verdade, o mercado financeiro já tinha rebaixado. A inflação não cede e com o aumento dos gastos públicos ela aumentará. A taxa Selic, que já está alta (14,25%), aumentará em 2016: para 16% ao ano, quem sabe? A taxa de desemprego vai bater 12%. O dólar continuará nas alturas. Ninguém investirá no Brasil durante este desgoverno. Assim, o próximo ano será muito pior. Quem sabe com esta provável piora econômica, a população saia da zona de conforto e proteste nas ruas com mais entusiasmo. O movimento pró-impeachment do último domingo foi muito tímido. E não é porque a popularidade da Presidente aumentou, pois sua aprovação continua em pífios 8%. É a descrença total com o país. Com certeza isto fortaleceu o governo e suas artimanhas manipuladoras nos bastidores dos três poderes. Se continuarmos calados, estaremos dando carta branca para este governo incapaz e corrupto.
Prepare-se para o pior. Não é suposição. É a pura realidade. Só não vê quem não quer.
MJR
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
O impeachment e a economia
Quem
acompanha o mercado financeiro percebe, e não é novidade para ninguém, que a
possibilidade de impeachment faz muito bem aos ativos de renda variável. Até o
desfecho do processo de impedimento da Presidente, ainda não se sabe a
data final, teremos dias muito voláteis pela frente no mercado de ações, como o
dia de hoje. Volatilidade será a palavra da moda. No curto prazo, a cada passo
pró-impeachment assistiremos altas calorosas do IBOV, enquanto o retrocesso desencadeará
quedas vertiginosas... Até o momento que escrevo, o movimento político a favor
do impeachment é cada vez mais forte, isso é inegável, mas ainda falta a
participação popular. O próximo domingo, 13 de dezembro, pode ser o dia
decisivo. Ironicamente, 13... Será um
caminho bastante sinuoso. O mercado financeiro já é por si só, maníaco-depressivo,
se você oferece mais razões à sua loucura, ele mudará de humor a cada dia. As
emoções comandarão as razões. Faz parte do jogo.
E no médio
prazo, o impeachment é bom ou ruim para a economia e, por conseguinte, para o
mercado de ações?
O simples
fato da concretização do impeachment não muda em nada a situação caótica da
economia. Porém, um fator altera instantaneamente: o retorno imediato da
confiança dos empresários e investidores. Como num passe de mágica. Da noite
para o dia. Será como tirar o “bode da sala”, um alívio. O governo Dilma
enterrou qualquer perspectiva positiva. Por outro lado, o próximo presidente terá
uma trajetória muito difícil pela frente, pois os erros recorrentes dos últimos
anos foram terríveis. Consertar as lambanças do PT não será moleza, mesmo
porque, medidas impopulares precisarão ser tomadas. Mas acredito que o Brasil
tem tudo para atravessar o mar revolto e a tempestade perfeita, com muita harmonia,
solidez e serenidade. O impeachment é traumático, mas será bom para todos (ou
quase todos, pois os larápios estão com a pulga atrás da orelha). Ele fará muito
bem para a saúde econômica dos brasileiros. Tenho convicção!
MJR
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
A esperança não morreu
Ontem à
tarde escrevi um texto (abaixo) que publicaria no começo da noite, mas antes disso,
o “ilustre” Eduardo Cunha detonou a bomba, ou melhor, despertou a esperança em
milhões de brasileiros: o processo de impeachment da Presidente foi acatado. Será
uma longa batalha no Congresso Nacional, mesmo porque o recesso parlamentar
está chegando e atrasará o processo.
Não me
interessa o mérito do impedimento da Presidente. Para mim o mais importante é ficar
livre desta quadrilha incompetente que está dizimando o país. Se ontem, no
momento que eu escrevia o texto, não via a luz no fim do túnel, hoje ela é
clara, límpida e estimulante.
Nós,
brasileiros, precisamos colaborar. Se já tiramos um Presidente eleito, podemos
repetir a dose. Vamos tomar as ruas. Vamos exigir celeridade dos nossos
deputados e senadores. O Brasil só tem a ganhar. Impeachment já!
MJR
MJR
A esperança é a última que morre.
Será?
Há cerca de cinco
semanas escrevi no blog sobre os possíveis destinos do IBOV neste fim de ano.
Tracei algumas hipóteses. As expectativas eram um pouco melhores. Mas desde
então quase não saímos do lugar, ou melhor, subimos, caímos, subimos mais um
pouco e caímos outro tanto, mas na verdade continuamos na mesma, estacionados
entre os 44 e 49 mil pontos. Fica bem claro
no gráfico abaixo, mas a indecisão ainda é o sentimento preponderante entre os
investidores.
O cenário
econômico horroroso e o caos político enterram o mínimo de otimismo no mercado
financeiro. Mesmo diante das barganhas da bolsa, até os investidores
estrangeiros, sedentos por pechinchas, estão cautelosos, aguardando o desfecho
do nosso calvário. Não poderia ser diferente. A cada dia que passa, as notícias
superam as expectativas para pior, é claro. O PIB do último trimestre? O pior dos
últimos 20 anos. Agora a expectativa para 2015 é de queda de 4% para o PIB. E queda
de 3,6% em 2016. Inacreditável. Surreal. Fala-se em depressão econômica e não
mais recessão. Independente do nome, a que ponto a situação chegou!
Enquanto
isso, a batalha imoral no Congresso Nacional beira ao ridículo. Lá, quase todos
estão preocupados apenas em defender o indefensável, seja a tropa da Dilma,
seja a do Eduardo Cunha. Por outro lado, a oposição, em minoria e sem forças, assiste
ao espetáculo circense de camarote. E nós, brasileiros?
Amargando uma
crise disseminada, sem precedentes. Não é invenção dos telejornais, estamos
sentindo no dia a dia dos nossos convivas. Mas mesmo assim, estamos todos
acomodados, quietos, esperando uma solução Divina. Todavia, ela não virá, posso
garantir. Se nada for feito, tudo piorará e seremos obrigados a sair desta zona
de conforto (ou desconforto).
Confesso que
é um sentimento muito ruim ver o país desmoronando e não poder fazer nada. As
empresas brasileiras estão virando pó e serão vendidas a preço de banana para
os estrangeiros. Até os “hermanos” já mudaram a rota nas últimas eleições. E
nós continuamos nas mãos deste incompetente e corrupto governo petista. É
curioso como o mundo dá voltas: a esquerda estúpida preparando o terreno para a
invasão do “capitalismo selvagem”. O
tiro saiu pela culatra.
Mas ainda há
esperança, como Delfim Neto comentou nesta semana: “não temos a competência para acabar com o Brasil”, felizmente. Sobreviveremos
sim, mas será uma árdua e longa travessia, pois ainda não há esperança, nem mesmo
uma tímida e fraca luz no fim do túnel. Paciência!
MJR
MJR
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Fim de linha para o Governo Federal
Nós, brasileiros, estamos numa encruzilhada sem precedentes.
Uma crise econômica profunda, arrastada e dramática, entrelaçada numa crise
política ainda mais avassaladora. Quando parecia que teríamos um final de ano um
pouco mais calmo no cenário político após a “imoral” reforma ministerial, pelo
menos temporariamente, os fatos ocorridos na quarta-feira fizeram emergir todos
os nossos problemas de uma só vez. O Executivo em pânico, atônito e sem
capacidade de governar. Os líderes do Legislativo na mira da operação Lava Jato
e preocupados apenas em salvar suas próprias peles. A economia em frangalhos,
cada dia pior e sem perspectivas de melhora. O que esperar de 2016?
Se nada for
feito, e rápido, tudo pode piorar ainda mais: desemprego, recessão e inflação,
entre outros. Fôssemos nós um país de regime parlamentarista o “Primeiro
Ministro” já teria sido destituído há muito tempo e recomeçaríamos tudo de
novo. Mas não somos. Assim, só temos uma saída: o impeachment da Presidente. Não
há outro caminho. O governo que aí está acabou. Ele não tem mais capacidade de comandar
o país num cenário tão caótico. É preciso cortar o mal pela raiz. O mais rápido
possível. Senão, sangraremos lentamente por mais três anos. Basta!
MJR
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
Dia histórico
Estou em êxtase.
O dia 25 de novembro de 2015 ficará marcado para sempre na história do Brasil e na minha memória.
Não é um dia qualquer. Hoje tivemos um sinal claro que vivemos num país democrático
e com instituições sólidas. A prisão de um Senador da República – e não é
qualquer Senador, é o líder do Governo Federal – e de um dos maiores banqueiros
deste país mostra que devemos ter esperança em dias melhores. Pode ser o começo
da transformação deste país. O dia D. A “turma” que achava que podia tudo sofreu
um golpe avassalador. E o mais chocante: as provas oferecidas até agora. Incontestáveis:
intimidação direta e felizmente gravada. Algo inimaginável. É muita ousadia. É muita
sensação de impunidade.
Parabéns a Polícia
Federal. Parabéns a Procuradoria Geral da República. Parabéns ao Supremo
Tribunal Federal. Parabéns ao filho de Nestor Cerveró, Bernardo, que num ato de
coragem resolveu entregar parte da quadrilha que insiste em sangrar nosso país.
Viva a democracia. Viva o Brasil...
MJR
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Compras no exterior – Como é o cálculo de conversão do dólar?
Pasmem? Não
há regras oficiais. Isso mesmo. A conversão é feita pelos bancos sem nenhum
critério conhecido. Tudo no escuro. Acabei de checar no Banco Itaú. Mas a "regra" é válida para todos os bancos!
Segundo os próprios
bancos, baseados na cotação oficial do Banco Central, eles fazem o seu próprio
preço. Qual a fórmula? Não existe. “Segredo de Estado”. Uma vergonha.
Não sabemos
se a conversão será pelo dólar comercial ou pelo dólar turismo. Nem o ágio eles
divulgam. De acordo com um estudo feito pela Proteste em parceria com o
economista Samy Dana (publiquei no google+), a “taxa extra” sobre a cotação oficial pode atingir mais
de 5 %, dependendo do banco.
Assim, tudo
que você pagar no exterior você deverá acrescentar 6,38% de IOF (para o Governo
Federal) e mais cerca de 5% de ágio sobre um dólar às cegas (para o banco).
Por essas e
outras, se você estiver com viagem marcada para o exterior, opte pela compra do
dólar em espécie, pois apesar do ágio cobrado pelas casas de câmbio, você não estará
sujeito a nenhuma surpresinha! Carregar um cartão pré-pago também é uma opção,
pois você já sabe de imediato o dólar da conversão no dia da compra, apesar da
incidência do IOF (6,38%).
MJR
domingo, 25 de outubro de 2015
IBOV – Momentos decisivos
Após uma
pausa de duas semanas, férias merecidas, o blog está de volta. Nestes 14 dias de
ausência, o IBOV fez o que eu esperava: recuou. A correção era mais que
esperada após nove pregões consecutivos de alta (subiu mais de 12%). Até o
momento a correção do impulso anterior está dentro do previsto. O índice buscou
a média móvel de 21 períodos e a retração de 50% de Fibonacci. A correção no
tempo também foi atingida: nove pregões. Desta forma, estamos prontos para o
próximo movimento. Assim, quais são os caminhos possíveis do IBOV? Vejo dois
cenários:
O primeiro e
mais provável é o rompimento da forte
resistência em 49.800 pontos (linha horizontal azul), o que confirmaria um
belo pivot de alta. Apesar do movimento baixista da última sexta-feira (estrela
cadente), o volume foi muito baixo, favorecendo um movimento errático (falso). Mas
por que acredito numa alta do IBOV num cenário político-econômico ainda é
catastrófico e nebuloso?
1 – No
movimento de alta prévio, o IBOV rompeu a linha de tendência de baixa (LTB) que
conduzia os preços desde o começo de maio de 2015 (linha oblíqua vermelha): o
que é um sinal muito positivo.
2 – Pelo menos
por enquanto, as inúmeras e péssimas notícias parecem que já foram precificadas no
índice. Teoria de Dow: o mercado
desconta tudo!
3 – A bolsa brasileira ficou muito barata em
dólares (queda de mais de 30% em 2015), o que atrai os investidores
estrangeiros. Até o momento, em setembro, o saldo dos gringos é positivo em mais
de 4 bilhões de reais. Ótimo sinal. Sempre é bom lembrar que eles representam
mais de 50% dos investidores da bolsa.
3 – O mercado financeiro sempre anda na frente
da economia. Se já não estamos no fundo do poço, estamos muito próximos.
4 – Graficamente,
vários ativos importantes estão na mesma situação do IBOV, isto é, próximos de um
pivot de alta, o que favorece uma alta mais consistente e confiável.
5 – As bolsas
internacionais estão em alta e podem levar o IBOV junto.
6 – Por último,
o período do ano (último trimestre) costuma ser positivo para o mercado de
renda variável (comportamento histórico).
O segundo
caminho possível do IBOV é continuar a correção, buscando os fundos
anteriores, em 43.700 e 42.700 pontos (linhas horizontais vermelhas). Apesar de
possível, acho que esta possibilidade é menos provável, pelos aspectos acima
comentados. Como venho escrevendo há muito tempo, dificilmente o IBOV perderá
os 40 mil pontos.
Assim,
acredito que a bolsa brasileira está sinalizando um provável movimento de alta
mais duradouro. Como escrevi e previ no meu segundo livro: 2015, o ano da virada.
Será?
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
domingo, 4 de outubro de 2015
Um pouco mais sobre os títulos públicos prefixados: 6% em 10 dias!
Há cerca de
10 dias escrevi sobre a boa remuneração dos títulos prefixados. Os juros
futuros estavam sendo negociados em níveis recordes, fazendo com que os juros dos
títulos prefixados explodissem. Naquele dia, os papéis do tesouro direto
prefixado (LTN 2021) bateram 16,30% ao ano. Comprei com muita convicção e escrevi
no blog. Desde então muito gente me questionou se é a hora de aplicar tudo em títulos
prefixados e o que eu penso sobre os títulos pós-fixados. Veja algumas ponderações
e tire suas próprias conclusões:
1 – A Taxa Selic está em 14,25%. A ata do Copom sugere a manutenção desses juros por um longo período. Apesar da inflação resiliente, um aumento da taxa básica de juros pode pressionar ainda mais a recessão. Desta forma, acredito que por enquanto a taxa Selic ficará neste patamar.
2 – Sempre é bom lembrar que a taxa de juros somente poderá ser reduzida de forma consistente e segura com o equilíbrio das contas públicas. Isto parece bastante longínquo, apesar das medidas anunciadas na última sexta.
3 – A instabilidade do mercado financeiro vai continuar, pois o cenário político e econômico ainda é caótico, sem boas perspectivas. Assim, volatilidade é a palavra-chave do momento.
4 – Um eventual (e provável) rebaixamento do rating brasileiro por outras agências internacionais pode pressionar ainda mais o dólar e as taxas de juros futuros.
5 – A proximidade da subida de juros no mercado americano também trará pressão aos países emergentes, especialmente ao Brasil.
6 – Posto isto, fica claro que os juros futuros (DI) podem e devem continuar a subir até caminharem para uma estabilidade futura e sua posterior redução. Assim, uma boa parcela dos nossos investimentos deve continuar vinculada aos juros pós-fixados (Fundos DI e Tesouro Selic). Uma postura conservadora e inteligente para uma Tempestade Perfeita. Em contrapartida, em virtude da volatilidade e das altas taxas de juros pagos acredito que também devemos nos posicionar nos títulos prefixados, garantindo uma remuneração extraordinária para os próximos cinco anos.
7 – Compre apenas o montante que você vai manter aplicado durante todo este período. Resgates antecipados podem gerar prejuízos em virtude do deságio. Porém, se você mantiver os títulos até o vencimento, a taxa de retorno é garantida e sem risco, ou melhor, apenas com o risco soberano (o mais baixo no mercado financeiro).
8 – Faça a migração gradual dos títulos pós-fixados para os prefixados. Aproveite os períodos de picos de alta da taxa de juros e compre mais prefixados.
9 – Nos últimos 10 dias os juros futuros desabaram. De lá para cá, a taxa de juros do tesouro prefixado (LTN 2021) caiu de 16,30 para 15,26%. Uma volatilidade estrondosa para um título de renda fixa. Mas o cenário é este e temos que nos acostumar. Eu até poderia vender meus títulos comprados naquele dia e obter um ágio de quase 6% (veja abaixo). Nada mal para apenas 10 dias. Mas não estou pensando no curto prazo. Quero garantir os juros atuais por um bom período e dobrar meu capital em apenas cinco anos. Este é o meu objetivo (e deveria ser o seu).
10 – Por último, fica a minha mensagem. Devemos aproveitar as “lambanças” contínuas do Governo do PT para garantir uma boa remuneração futura. Não sinto culpa alguma. Nunca votei nesta turma. Gostaria de estar aplicando meu dinheiro em renda variável, na bolsa de valores. Investindo no crescimento das empresas e das pessoas. Gerando empregos e maior renda para a população, mas as peripécias e a incompetência dos últimos anos nos custaram muito caro. Porém, agora, cada um com seus problemas. Aproveitem a volatilidade dos títulos de renda fixa.
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Títulos prefixados ou pós-fixados? Dobre sua aplicação em 5 anos.
Em situações
de crise econômica esta pergunta é muito difícil de ser respondida, mas creio
que chegou a hora de começar a comprar os títulos prefixados, como exemplo, o
Tesouro prefixado (LTN).
Diante do
cenário catastrófico em que o Governo Federal nos colocou (dólar futuro a 4,15
reais, recessão, inflação persistente, desemprego, falta de confiança, perda do
grau de investimento, entre outros), temos que tentar esquecer os problemas e
aproveitar as oportunidades com a incompetência do Governo e a insanidade do
mercado.
Ao emitir
títulos públicos os juros pagos pelo Governo Federal são determinados pelo próprio
mercado (e não pelo Governo). Em outras palavras, quanto maior for a crise, maior
serão os juros exigidos nos leilões, o que gera alta volatilidade. Quanto mais profundas
forem as trapalhadas do Governo, maior será a exigência do mercado. Simples! Você emprestaria seu dinheiro para uma empresa
que só dá prejuízo e gasta mais do que recebe? O raciocínio para os títulos do
Governo é o mesmo.
Os juros
pagos a um título do Governo Federal dependem da Taxa Selic (taxa de juros à
vista, spot, hoje em 14,25%), dos juros futuros (exemplo, DI com vencimento em
2017 em 16,30%), da oferta e da demanda, das perspectivas futuras da economia brasileira
e das contas públicas (nada animadoras) e até de uma dose de especulação, é claro!
Desta forma, hoje, dia 23/9, os juros prefixados bateram em 16,37% ao ano
(NTNF-25). Uma aberração na história recente.
O que fazer?
Se você tem “caixa” chegou a hora de garantir estes juros polpudos por um
período mais longo. Até então o ideal era aplicar totalmente em títulos pós-fixados
(Selic). Mas acredito que chegou a hora de inverter a mão. Como o cenário ainda
é muito incerto faça isso aos poucos. Execute em parcelas. Novos recordes nos
juros podem ser atingidos.
Um exemplo: hoje, quem aplicar pouco mais de 45 mil reais numa LTN com vencimento em 2021 receberá 100 mil no resgate: rendimento bruto de 55 mil reais e retorno líquido por volta de 46 mil reais – descontado o imposto de renda (15%). É mais que o dobro em pouco mais de 5 anos. Uma mamata. Aproveite a incompetência do atual Governo e garanta seu futuro!
Um exemplo: hoje, quem aplicar pouco mais de 45 mil reais numa LTN com vencimento em 2021 receberá 100 mil no resgate: rendimento bruto de 55 mil reais e retorno líquido por volta de 46 mil reais – descontado o imposto de renda (15%). É mais que o dobro em pouco mais de 5 anos. Uma mamata. Aproveite a incompetência do atual Governo e garanta seu futuro!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Zeina Latif
Aprendendo com os
mais brilhantes e experientes...
Hoje no almoço, 15/09, participei de uma breve palestra proferida
pela Economista Chefe da XP investimentos, Zeina
Latif, promovida pela Centronorte Investimentos, Goiânia, Goiás. Foram pouco mais
de 40 minutos, mas o suficiente para uma brilhante exposição sobre macroeconomia.
Veja alguns tópicos abordados por ela:
1 – O ajuste anunciado ontem foi muito tímido, apesar de estar
na direção correta. Segundo ela o Brasil precisa de medidas muito mais severas
do ponto de vista estrutural. “Precisamos de um país menos paternalista e menos
intervencionista”.
2 – Para ela, o ajuste deveria ser muito mais amplo. Cortar definitivamente
os benefícios fiscais e os subsídios de todos os setores (não estamos falando em programas sociais). Uma tarefa impopular mas necessária. A reforma
da previdência é a principal missão. Nos moldes atuais o país não aguentará muito
tempo.
3 – Zeina acha que dificilmente seguiremos os passos da Argentina.
Os motivos? As instituições brasileiras sólidas e a presença do PMDB (Governo e
Congresso Nacional): medidas populistas e deletérias para o país seriam prontamente
barradas. Outro fator importante: a sociedade não aceitaria. Os “movimentos de
rua” já mostraram isto!
4 – Indústria. A notícia mais triste: nos últimos anos, em
virtude da política econômica heterodoxa (e fracassada), houve um crescimento
do hiato entre a produção industrial e o consumo da população. Moral da
história: inflação alta e persistente. Pior. A competitividade da indústria
nacional foi reduzida a pó: salários em alta, produtividade em baixa e câmbio
desfavorável por um longo período... Por outro lado, os efeitos positivos da recente
correção do dólar sobre as exportações são tardios, exceto para as grandes
empresas exportadoras.
5 – Inflação. Recuará em 2016 pela menor pressão dos preços
represados, mas ainda ficará acima da meta.
6 – Solução para a crise? Ajuste. Ajuste. Ajuste. É preciso
controlar as contas públicas urgentemente. O resto é paliativo. A política econômica
fracassada do primeiro mandato da Dilma (leia-se Guido) está esgotada. O ajuste
fiscal é fundamental para no futuro o BC reduzir a taxa básica de juros e
estimular a economia.
7 – Um ponto muito importante (que sempre é a desculpa do
PT). O mundo não está em crise. O PIB mundial dos últimos anos ficou acima de
3%. É verdade que houve uma desaceleração, mas condicionar a nossa recessão a uma
suposta crise mundial é uma falácia.
8 – A perda do grau de investimento foi muito ruim. Péssimo.
Afetará diretamente o país, as empresas e os novos investimentos.
É provável que eu não tenha comentado tudo, mas acredito que
os pontos principais foram elencados. Resumindo, a nossa situação está caótica e sem perspectivas no curto prazo!
por MJR
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
13 anos de IncomPeTência. Basta!
Chegamos ao fundo do poço. Será? Se nada for feito tudo pode piorar. Reveja algumas manchetes recentes e confirme por si só a situação crítica em que o atual Governo nos colocou (abaixo). Sem falar na corrupção disseminada. Precisamos de uma mudança urgente. Não aguentaremos mais três anos de incompetência, desgoverno e falta de liderança. O Brasil está na UTI em estado grave e sem perspectivas. É um paciente terminal!
Se nos primeiros 6 anos do Governo do PT, 2002-2008, o país obteve
significativas melhoras nos indicadores sociais e econômicos, quase tudo foi
destruído por eles mesmos nos últimos 7 anos, 2008-2015. Mais de uma década
perdida. O motivo principal? Um Tsunami de má gestão: uma incompetência sem
precedentes e erros pueris na condução da política econômica nestes 7 anos.
Outro aspecto muito importante: fica muito claro nas atuais investigações da
Polícia Federal que o Governo do PT visa exclusivamente a manutenção do poder,
a qualquer custo. É Mensalão. É Petrolão. Que se dane a população. Pior. Em
cenários de crise quem mais sofre é a população de baixa renda. A crise é
arrasadora e já afeta o emprego, as mensalidades escolares e os planos de
saúde.
Os maiores culpados de tudo isso são a atônita Presidente, o
fatídico Guido e os 51 milhões de brasileiros que foram ludibriados pelas falácias
do PT na eleição de 2014. Uma campanha desleal, mentirosa e provavelmente financiada
por dinheiro sujo oriundo da corrupção. Para piorar a situação, o Ex-Presidente
Lula tenta voltar à cena como o salvador da pátria: bravatas e mais bravatas.
Haja paciência. Ninguém aguenta mais. A sociedade precisa se mobilizar ainda
mais, urgente, caso contrário seguiremos os passos erráticos dos nossos hermanos e mergulharemos numa crise ainda
maior. Posso garantir: o que está ruim ainda pode piorar!
Em resumo:
PIB em queda (previsão de contração de 3% em 2015). Quase
inacreditável. Recessão.
Inflação alta e resistente. IPCA de 10% ao ano em 2015.
Juros básicos em níveis estratosféricos. Taxa Selic voltou a 14,25%, maior patamar desde 2006.
Confiança de empresários e consumidores reduzida a pó.
Taxa de desemprego em 8% retornando a níveis de 2002.
Dólar a 4 reais, mesma cotação de 2002: no auge do “medo” e das incertezas sobre a provável eleição de Lula em 2002.
Bovespa em níveis de 2005. Grandes e médias empresas em situação caótica.
E a cereja do bolo: a perda do grau de investimento. Os investimentos vão minguar ainda mais.
Mais de uma década perdida!
MJR
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Análise Técnica no Mercado de ações
Prezados leitores do blog,
Este é o meu
quinto livro publicado, já disponível na Amazon. Sem dúvida, o melhor deles. Foram mais de dois anos dedicados à sua
elaboração. O enfoque principal é na análise técnica no mercado de ações do
Brasil – assunto que me dedico a estudar nos últimos 5 anos. O livro ficou
muito didático e com uma linguagem simples e acessível: do básico ao avançado. Contêm
176 ilustrações e gráficos em alta resolução, todos originais.
Leia um trecho da introdução do livro e depois o conteúdo do livro:
“O sucesso no mercado de ações depende exclusivamente de você. Duas palavrinhas mágicas são preponderantes: conhecimento e disciplina. Sem estes dois fundamentos você será um fracassado. Pode confiar. O conhecimento se adquire com muito estudo e dedicação. Já a disciplina é inerente a cada um. Ela é intrínseca e só depende de você. Basicamente, existem duas maneiras de investir corretamente no mercado de ações: através da análise fundamentalista ou da análise técnica. O objetivo principal deste livro é apresentar ao leitor os principais quesitos para se praticar uma boa análise técnica no mercado de ações baseada nos gráficos. Tenho total convicção que após uma leitura atenta e a compreensão dos temas aqui apresentados, você se tornará um investidor melhor. Um último detalhe: não opere na bolsa como a maioria dos pequenos investidores no Brasil. Eles operam no “achismo” e nas dicas de terceiros. O resultado é quase sempre o mesmo: perdem grande parte das reservas financeiras e criticam o sistema financeiro e a bolsa de valores. Faça diferente: estude muito, dedique e invista corretamente. Este é meu maior conselho. Não espere por dicas milagrosas. Elas não existem”.
Sumário:
1.
Introdução.
2.
Quem opera no
mercado de ações?
3.
Qual
escola seguir: análise fundamentalista ou técnica?
4.
Introdução à
Análise Técnica.
5.
A importância do
volume financeiro.
6.
Médias Móveis.
7.
Análise do
formato dos candles – uma ferramenta poderosa.
8.
Tendência de um
ativo.
9.
Um pouco da
Teoria de Dow.
10. Reversão de tendência – Pivots.
11. Suportes, resistências e rompimentos.
12. Padrões gráficos complexos.
13. Gaps.
14. Retrações e Projeções de Fibonacci.
15. Os indicadores mais úteis em análise técnica.
16. Conceito de Stop.
17. Entradas e Saídas parciais.
18. Gestão do dinheiro e Controle de risco.
19. Passos
para começar a investir em ações.
20. Táticas operacionais de médio e longo prazo.
21. Set-ups de Position Trade.
22. Táticas operacionais de curto prazo – Swing
Trade.
23. Operações de curtíssimo prazo – Day Trade.
24. Comentários finais.
25. Leitura recomendada e comentada.
** Público alvo: investidores no mercado de ações e traders em formação.
MJR
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Grau de investimento e Rating – Saiba um pouco mais!
O assunto
está na moda. Está todos os dias nos jornais: o Brasil caminha a passos largos para
perder o grau de investimento. Mas na prática, o que muda para o país? O que
muda para você? Veja algumas ponderações:
1. As três principais agências de Rating são a S&P, a Moodys e a Fitch, todas estrangeiras. São agências privadas e independentes que avaliam o risco de calote dos países (risco soberano) e das empresas de capital aberto (risco corporativo), sejam elas públicas ou privadas. Desta forma, as agências estimam a probabilidade de inadimplência futura do emissor avaliado.
2. A análise é quantitativa (relatórios financeiros) e qualitativa (qualidade da gestão, crescimento esperado, competitividade no mercado e vulnerabilidade ao mercado e ao sistema econômico)... Aqui estamos muito mal: o atual déficit orçamentário do Governo Federal, quando o correto seria um superávit primário; a gestão pública horrorosa, dentre outros problemas. Triste fim o nosso!
3. Fatores avaliados para o Rating: os chamados 4Cs:
a.
Caráter do emissor – histórico de crédito.
b. Capacidade de
pagar as dívidas – análise financeira.
c.
Colateral oferecido – garantia específica de cada
título emitido.
d. Covenants da emissão – direitos e deveres
contidos no documento da emissão do título.
4. Existe uma graduação básica das agências de Rating (veja o infográfico acima do site G1). Mas resumidamente temos dois níveis:
a.
Grau
de investimento (Investment grade): isto é, alta probabilidade de pagamento dos
juros e da devolução do valor principal investido no vencimento do título.
b. Sem grau de investimento (Non-investment
grade – junk): o contrário.
5. Em duas agências, o Brasil está no limite. Se perdermos um nível, seremos considerados “junk” (lixo). Na outra estamos dois níveis acima, mas com perspectiva negativa (Fitch). A continuar a situação como está, chegaremos lá!
6. Mas qual é a importância dos países terem o Grau de investimento? Basicamente duas:
a.
Ao
emitir dívidas o Governo pagará menos juros. O mercado exige menos de um bom
pagador... Um adendo: os Governos não criam riquezas; o povo e as
empresas criam. Pare de imaginar que o Governo gera seus próprios recursos. Tire esta
utopia esquerdista da cabeça. O endividamento público faz parte de qualquer
Governo. De qualquer país. Não tem com ser diferente! O Governo sempre
precisará de recursos de terceiros para o desenvolvimento do país e para a
melhoria da qualidade de vida da população. Sempre!
b. Grandes fundos internacionais somente
podem investir em países com o chamado Grau
de Investimento (proibição estatutária). Assim, o capital estrangeiro no
Brasil poderá minguar.
7. Mas, tem um senão. As notas das agências são tardias. O mercado é muito mais rápido. Na prática o Brasil já perdeu o Grau de Investimento, basta observar as atuais taxas dos títulos públicos (títulos prefixados em 15% ao ano) e o patamar muito alto do CDS (Credit Default Swaps, resumidamente, uma espécie de seguro dos títulos públicos nacionais – em breve comentarei mais sobre ele). Portanto, já somos “junk”.
Por tudo isso,
devemos “agradecer” a bela condução da política econômica nos últimos sete anos
(2008 a 2015). Foi um desastre. O Profeta Guido nos levou ao fundo do poço e
com o aval da atual Presidente que foi reeleita mentindo para a população e
ignorando todos os sinais de alerta. Lamentável!
MJR
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Semana agitada na Bovespa
Começamos a semana num verdadeiro caos. Pessimismo global com
o gigante asiático (China). A manhã de segunda foi um banho de sangue. Mas já no
período vespertino ocorreu uma boa recuperação.
Na terça o dia foi invertido. Começamos em alta e devolvemos grande parte dos ganhos à tarde.
Na quarta e quinta tivemos uma forte alta na Bovespa e com ótimo volume. Mais de 7% de alta. Já em relação ao fundo da segunda, a alta foi de 12%.
Hoje, sexta, temos um dia de correção no IBOV, mas com baixo volume. Realização de lucros e muitos investidores não querem ficar posicionados no final de semana (volatilidade). As bolsas internacionais fecharam perto da estabilidade.
O que esperar para os próximos dias?
Esqueçamos os fundamentos. Pelos gráficos o IBOV pode ter feito na última segunda um fundo importante de longo prazo (por volta de 44 mil pontos), junto da mínima de 2013. Veja o gráfico mensal:
A maciça entrada de força compradora é a maior prova disso (muito volume financeiro). Veja o gráfico semanal abaixo. Observe o candle da semana: apesar da pequena sombra superior (queda de hoje), ele tem forte conotação altista!
Curiosidade: veja abaixo o gráfico semanal do Dow Jones. Candle de forte conotação altista com grande volume financeiro e em cima de suportes.
Contudo, a volatilidade está muito alta e nada impede que o mercado vire a mão de novo. Para baixo é claro. E volte a testar os 44 mil pontos.
Desde ontem o IBOV testa a média móvel de 21 períodos. Numa tendência de baixa, como a atual, o habitual é o mercado cair. Todavia o repique foi muito forte e um eventual rompimento da média na próxima semana poderá trazer nova força compradora. As próximas resistências do IBOV se encontram entre 50 e 51 mil pontos.
Notícias positivas ou negativas (internas ou externas) poderão ser o gatilho do movimento de alta ou baixa, respectivamente.
O que fazer no curto prazo?
Recomendo bastante cautela. Aguardar os próximos movimentos é o mais prudente. Não queira prever o movimento do mercado. Bom final de semana!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Bovespa ladeira abaixo??
E agora Marcelo. Bovespa a 44 mil pontos! Rumo aos 29 mil
pontos ou já chegamos ao fundo do poço? Sinceramente, gostaria de ter esta
resposta. Mas não tenho. Talvez ninguém saiba. Nos últimos dias ouvi de tudo:
Bovespa a 36 mil pontos (cerca de 10 mil dólares), 29 mil pontos (fundo de 2008),
dentre outros palpites. Confesso que não cheguei à conclusão alguma.
Infelizmente. Mas veja algumas ponderações que fiz e reflita sobre os pontos
positivos e negativos:
1 = A crise econômica (e política) no Brasil está no clímax,
sem perspectiva de melhora. Ponto negativo para o IBOV.
2 = A incerteza sobre a economia chinesa está no auge. Ponto
negativo.
3 = Commodities em forte baixa. Ponto negativo
4 = Aumento dos impostos para os bancos. Ponto negativo.
5 – As bolsas lá fora tiveram altas expressivas nos últimos
anos e “precisam” corrigir (o que já está acontecendo de forma mais aguda). Somos
muito dependentes de investidores estrangeiros. Ponto negativo.
6 = Os juros americanos vão subir em breve. Ponto negativo.
7 = Os lucros das empresas brasileiras listadas em bolsa
minguaram. Ponto negativo.
Será que existem
pontos positivos para o IBOV?
1 = O dólar nas alturas. Ponto Positivo. Como? A bolsa brasileira
ficou ainda mais barata para os estrangeiros: hoje em 12.300 dólares. Um patamar
menor do que o da crise de 2008.
2 = Ações de várias empresas ficaram com preços irrisórios
quando comparados ao valor patrimonial da empresa e ao potencial de lucros no pós-crise.
3 = O Brasil, ou melhor, o Mundo não vai parar de consumir
minério de ferro, petróleo, cerveja, comida, etc.
4 = As crises por mais demoradas que sejam um dia acabam. A história
confirma esta premissa.
5 = O mercado financeiro comumente precifica erradamente as
ações em situações de pânico, como a atual. Por que a VALE há poucos dias valia
15 reais e agora vale 12. O preço certo não seria 25, 30 ou 10? Ninguém sabe.
Agora tudo é chute: renda “muito” variável.
6 = Quando há fortes exageros nos sentimentos do mercado,
como o pessimismo atual, e grande volatilidade nas bolsas, comumente costumam
ser indícios de fundos. Será?
7 = Por último, o IBOV está num fortíssimo suporte (44 / 46 mil pontos).
7 = Por último, o IBOV está num fortíssimo suporte (44 / 46 mil pontos).
Posto isto. Onde irá o IBOV no curto prazo? Não sei e o
fundo pode ser bem mais baixo... E no longo prazo? No futuro com certeza
olharemos para o índice e falaremos: como o IBOV estava barato!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
Assinar:
Postagens (Atom)