sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Atualização do IBOV – Dezembro de 2018 – Rumo aos 100 mil pontos. Será?







No dia de hoje, última jornada de novembro, o IBOV atingiu a marca dos 90 mil pontos pela primeira vez na história.

O caminho natural do IBOV seria continuar em alta nos próximos dois meses, dezembro e janeiro, e quem sabe atingir ou romper os 100 mil pontos. O cenário interno de otimismo no Brasil sugere esse rumo.

Os gráficos de preços nas periodicidades diária e semanal também fortalecem essa trajetória, especialmente após o IBOV romper uma figura gráfica de continuidade no gráfico diário (triângulo) e o fortíssimo fechamento no gráfico semanal no dia de hoje.






Mas confesso que alguns aspectos me incomodam, veja:

1.      Os estrangeiros continuam fortemente vendidos no mercado à vista e no mercado futuro, e por outro lado, comprados em dólares.

2.      Em geral o mês de dezembro é positivo para as bolsas (sazonalidade), mas às vezes essa premissa não é confirmada, e observamos fortes movimentos de queda, como aquele ocorrido em 2015.

3.      Os índices americanos, apesar da recuperação recente, estão em clara tendência de baixa no curto prazo.

4.      S&P: fique atento ao suporte e a resistência, em 2.600 e 2.800 pontos, respectivamente, pois o rompimento dos mesmos podem desencadear movimentos bruscos direcionais.

5.      As commodities metálicas e o petróleo tiveram forte queda nas últimas semanas, o que limitou a valorização da Vale e da Petrobrás. O rumo das commodities no próximo mês pode ditar a direção do IBOV. Curiosidade: mesmo com a forte queda do barril de petróleo, de 80 para 50 dólares, as ações da Petrobrás ficaram relativamente estáveis, o que mostra muita resiliência do ativo – fator de muito otimismo.

6.      A reunião do G20 em Buenos Aires pode ser o combustível extra para o movimento de curto prazo, especialmente se houver uma trégua na guerra comercial entre a China e os EUA, o que favorecerá a alta das bolsas.

7.      Por último, uma questão gráfica importante: existe uma clara divergência de alta entre alguns indicadores técnicos e o movimento dos preços no gráfico diário, especialmente o MACD e o OBV. Sem entrar em detalhes técnicos, uma alta consistente nos preços, usualmente é seguida por tais indicadores, o que não está acontecendo. Fato preocupante!

Posto isto, é hora de aproveitar o movimento de alta, mas com alguma cautela. E fique muito atento ao movimento da primeira semana de dezembro, ele pode ser decisivo para os dois próximos meses.

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.




sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Atualização – O que esperar do IBOV para as três próximas semanas de novembro?




Desde o fim das eleições, nas duas semanas seguintes, o IBOV ficou no zero-a-zero. Fechou no dia de hoje em 85.641 pontos. Na véspera do segundo turno, sexta-feira, a cotação era praticamente a mesma, 85.719 pontos.

Apesar do resultado final, a volatilidade do IBOV foi intensa nestas duas semanas. Abriu em GAP de alta na segunda-feira pós-eleição e depois recuou de maneira aguda no mesmo dia. Em seguida, subiu fortemente por quatro dias, acompanhando o exterior, e a partir da última terça-feira, devolveu todo o ganho.

Alguns pontos importantes:

1.      Apesar do cenário interno favorável para os ativos de renda variável, o mercado externo continua complicado. Se por lá “azedar” de vez, o IBOV não sairá ileso.

2.      Aqui no Brasil, os estrangeiros seguem fortemente vendidos no mercado à vista e no mercado futuro. Enquanto isso não mudar, o IBOV não irá muito longe. Relembrando, os estrangeiros representam 52% dos investidores da B3.

3.      Os grandes fundos nacionais também estão subalocados em bolsa.

4.      A possibilidade de retomada da economia local é muito provável nos próximos meses (anos), o que impulsionará o mercado de ações.

5.      Repito que estamos apenas no terceiro ano de ganhos na bolsa. O ciclo de alta da bolsa iniciado em janeiro de 2016 ainda tem muito chão pela frente.

6.      O objetivo de longo prazo continua incalculável. A cotação atual do IBOV em dólares está em 22.838 pontos. Para que se tenha uma ideia, em 2008, a cotação máxima do IBOV foi de 45 mil dólares. Em geral, após longos períodos em baixa, as bolsas costumam se multiplicar nos períodos seguintes de alta, superando em muito os topos anteriores. Por exemplo, a bolsa brasileira, do fundo em 2002 até o topo em 2008, subiu cerca de 770%.



Posto isto, acredito que as quedas recentes são ótimas oportunidades de aumentar a posição em ações. Em minha opinião o IBOV até pode retomar a alta em breve, mas ainda tem espaço para recuar um pouco mais até os 80 mil pontos (média móvel de 200 períodos do gráfico diário, média móvel de 21 períodos do gráfico semanal e linha inferior do canal de alta).  Essa segunda hipótese me parece a mais provável para o mês de novembro. Aguardemos.

E nunca podemos esquecer que recuos mais intensos podem ocorrer mesmo numa forte tendência primária de alta (BULL MARKET). Por outro lado, ganhos expressivos também podem ocorrer a qualquer momento. Portanto, aplique aos poucos e não fique de fora da bolsa, e nem tente adivinhar os fundos.

Bons investimentos.

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.