terça-feira, 21 de janeiro de 2020

IBOV – Atualização extraordinária – Nuvens negras pela frente?





O movimento do IBOV no dia de hoje é preocupante. E mais. Pode ser o start de uma correção mais longa.

Após a forte alta do IBOV nos últimos meses, e principalmente, no mês de dezembro, uma correção em janeiro era esperada.

Todavia, o movimento em janeiro até aqui foi errático. Uma forte alta no primeiro dia de negociação em 2020, seguida de seis dias de queda, e depois, mais pregões de alta na semana passada. E hoje, uma queda significativa. Resultado: alta de pouco mais de 1% em 2020. 

Já escrevi nos últimos posts que espero por uma correção mais ampla e o movimento desta terça-feira pode ser o gatilho. Explico as razões técnicas (gráficas): 

1.      Há uma clara divergência altista no movimento recente de alta do IBOV (gráfico diário), especialmente nos indicadores MACD e OBV. Para quem não está habituado com os termos, isso ocorre quando os preços sobem, mas os indicadores não acompanham os sinais de compra. É um importante sinal de alerta! 

2.      O movimento de queda de hoje ocorre em cima do topo antigo, configurando a formação um provável “topo duplo”, que é um sinal gráfico de forte de reversão da tendência de curto prazo. Este sinal precisa ser confirmado com a perda da mínima de hoje nos próximos pregões.

3.      O IBOV fechou na mínima, com um candle amplo (“engolfo de baixa”) e com bom volume financeiro, ratificando o movimento.

4.      Apesar da tendência de alta nos gráficos diário e semanal, uma correção mais ampla ainda não ocorreu na periodicidade maior (gráfico semanal).



Assim, o movimento do IBOV nesta terça-feira deve ser visto com muita cautela. O pregão de amanhã poderá ser decisivo.

Próximos suportes: 116.700, 115.500 e, depois, o forte suporte em 110 mil pontos, já comentado. 

Por outro lado, o rompimento do último topo poderá dar algum fôlego extra para o IBOV.

Por último um detalhe interessante: apesar da alta do IBOV na última semana, vários ativos importantes do índice estão sem força, como os maiores Bancos e a Petrobrás. E isso mostra claramente que o IBOV perdeu força e momentum.

Sempre é bom relembrar que essa possível correção não altera o BULL MARKET de médio e longo prazo do IBOV iniciado em janeiro de 2016.

Aguardemos!

 As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.



sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Setores mais promissores do mercado brasileiro de ações para 2020 e atualização do IBOV



Como comentado no post anterior tenho a expectativa de mais um ótimo ano para o IBOV, em continuidade ao nosso Bull Market, iniciado em janeiro de 2016. Acredito também que teremos um ano muito mais volátil, também já alertado aqui.

Antes de comentar os setores, segue minha visão sobre a atual correção do IBOV nos últimos dias:

1.       A correção foi muito curta. Ainda não tirou o estado sobrecomprado do índice.

2.       Claramente o IBOV perdeu o ímpeto altista no curto prazo.

3.       Mais correções virão. É uma questão de tempo.

4.       Acredito que buscaremos os 110 mil pontos nas próximas semanas (ou meses). Não acontece da noite para o dia, usualmente.

5.       Um cenário de correção mais aguda poderá chegar por aqui se as bolsas lá fora resolverem cair com mais força. Já são quase quatro meses de alta nos EUA.

6.       Assim, sugiro manter um bom caixa para futuras compras, sem sair completamente da posição comprada. Uma realização de 20% da carteira de ações é um percentual interessante. Se o IBOV continuar subindo, estaremos ganhando, se cair, poderemos aumentar a posição no futuro pagando mais barato. Essa é a lógica das “realizações parciais dos lucros”.

Voltemos ao tema central do post. Com a Taxa Selic muito baixa (4.5% ao ano), para os padrões tupiniquins, o déficit fiscal do Governo Federal endereçado (mais reformas virão) e a clara reação da economia brasileira, é muito provável que teremos um forte crescimento do PIB neste ano, talvez na casa dos 3%, muito acima dos últimos anos. E isso promoverá um salto nos lucros das empresas. Lucros em alta, ações em alta. Simples!

De uma maneira geral quase todos os setores devem performar bem em 2020, mas listo abaixo os cinco mais promissores. Aqueles que poderão ter uma perfomance acima da média, em minha opinião:

1.       Construção civil: a forte reação das ações do setor em 2019 é um ótimo sinal inferindo categoricamente que teremos bons anos pela frente, após anos e anos de estagnação. Opte pelas melhores empresas do setor. Sempre!

2.       Varejo: o aquecimento da economia e o aumento do crédito fortalecerão o consumo interno. Tenho preferência pelas empresas ligadas ao comércio digital.

3.       Shopping Center: o barateamento do custo do dinheiro e a expansão da economia levarão este setor a outro patamar.

4.       Turismo: como no varejo, e pelas mesmas razões, o setor deve crescer bem. E mais: o cenário de crise após a falência da Avianca parece que ficou para trás.

5.       Siderurgia: após vários anos no vermelho, o aço voltará a ser muito requisitado. Tanto o aço longo (construção civil) como o plano (bens de consumo).

As empresas de commodities poderão ter um bom desempenho em 2020, mas turbulências externas podem prejudicar o resultado anual. Tenha em carteira, mas com moderação!

E lembre-se, no mercado financeiro não existem certezas, e sim, probabilidades.

MJR


As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.