No último post, prometi que escreveria sobre a situação
gráfica do IBOV. Antes, gostaria de comentar três aspectos:
1 = As bolsas americanas estão em níveis recordes. Hoje,
22/11, o DJI bateu 19 mil pontos: primeira vez na história (veja). O S&P
também atingiu sua máxima histórica. As bolsas americanas sobem mais de 5%
desde a eleição de Trump. O presidente eleito prometeu aumentar fortemente os gastos
em infraestrutura, o que favorece o crescimento econômico e o lucro das
empresas. Por outro lado, isso gera inflação e aumento de juros por lá. A continuidade
da alta poderá impulsionar o nosso mercado.
2 = Um novo acordo na OPEP impulsionará a cotação do
petróleo. O barril Brent está cotado a 48 dólares.
3 = O preço do minério de ferro disparou nas últimas semanas
na China – mais de 70 dólares a tonelada. Assim, as ações de mineradoras e
siderúrgicas subiram fortemente.
Posto isto, comento o
IBOV:
1 = Num primeiro momento, o IBOV caiu mais de 8% após a
eleição do Trump, de 65 para 59 mil pontos. Contudo nos últimos pregões, o
índice teve boa recuperação (cotado a 61.800 pontos no momento que escrevo).
2 = Comentei no post do último domingo que vivíamos um ótimo
momento para aumentar as posições em bolsa. E continuo com a mesma opinião,
especialmente visando o longo prazo. E o curto prazo?
3 = No dia de hoje, no gráfico diário (acima), o IBOV voltou a subir
e tocou a média móvel de 21 períodos em 62.500 (seta vermelha), um importante
obstáculo, e sentiu (recuou). Se rompesse (ou se romper amanhã), abriria espaço
para buscar novamente os 65 mil pontos, e depois a minha meta do ano, em 68/69
mil pontos. Contudo, o mais provável é que o IBOV recue nos próximos dias e
volte a testar o patamar dos 58 mil pontos (seta azul menor), sem perdê-lo, para
depois subir com mais confiança. O repique dos últimos dias aconteceu com baixo
volume financeiro o que favorece esta hipótese.
4 = Já no gráfico semanal temos uma semana decisiva. Após marcar
o topo ano em 65 mil pontos, há três semanas, o índice corrigiu até a média de
21 períodos e fez um candle de indefinição na semana passada (veja). Hoje superamos
a máxima da semana passada. Se nesta semana o IBOV não perder a mínima da
semana prévia (58.300) e fechar a semana próximo da máxima, o caminho estará
aberto para o rally de alta do fim de
ano: rumo aos 68/69 mil.
5 = A perda dos 58 mil pontos não está totalmente descartada.
Isto poderá ocorrer se as bolsas lá fora corrigirem e as commodities recuarem.
De qualquer forma, o IBOV tem outro fortíssimo suporte em 56/57 mil pontos. Acho
muito difícil perdê-lo em 2016, mas tudo é possível.
Importante:
sempre comento que as oscilações de curto prazo têm pouca importância para os
investidores de longo prazo. Não tente adivinhar o fundo do IBOV, compre em parcelas. Caiu, comprou: o viés de longo prazo ainda é de alta e isso é o mais
importante. Aproveite.
MJR