domingo, 30 de setembro de 2018

IBOV – Atualização outubro 2018 – Gráficos versus urnas.




Pelo gráfico diário, o IBOV está em alta. Após romper o canal de baixa nos dias 17 e 18 de setembro, o índice segue com muita força. Primeiro objetivo: 82 mil pontos. Segundo: 88 mil pontos. Terceiro: 94.600 pontos (projeção de Fibonacci).

Na periodicidade semanal, o rompimento dos 82 mil pontos, gerará um pivot de alta, ratificando as projeções do gráfico diário.

Até o dia de hoje, 30/09, as pesquisas apontam um provável segundo turno entre os candidatos Bolsonaro e Haddad. Sem entrar no mérito de cada candidato, o mercado financeiro já mostrou que a vitória de Jair Bolsonaro impulsionará o IBOV nos próximos meses.

Há algum consenso entre os especialistas que atual patamar do IBOV (80 mil pontos) reflete uma vantagem de 55 a 45% de Bolsonaro sobre Haddad. Posto isto, o resultado das urnas poderá confirmar as perspectivas gráficas.

E se o candidato do PT começar a virar o jogo? A bolsa poderá cair fortemente. A perda dos 74 mil pontos deverá ser o primeiro sinal. Outros suportes imediatos: 69 mil pontos e 60 mil pontos (um recuo ainda mais forte é possível).

E o dólar? Com a vitória de Bolsonaro a moeda americana cairá num primeiro momento para algo entre 3,60 e 3,80 reais, segundo alguns analistas. A vitória do PT provocará uma disparada da moeda: no mínimo 5,0 reais, em minha opinião.

E os juros futuros? No momento em que eu escrevo os juros futuros para 2025 estão cotados em 11,75% (lembrando que a Selic está em 6,50%). Os juros seguirão o caminho do dólar, isto é, se Bolsonaro ganhar, juros em queda, se Haddad vencer, juros em alta. Simples assim.

Mais uma vez, o que estou escrevendo é apenas uma constatação de mercado, e não um julgamento subjetivo. Basta rever as reações do mercado aos últimos acontecimentos, em agosto e setembro.

O que fazer com seus investimentos antes das eleições? Pelos motivos acima citados, de uma maneira simplista e objetiva, acredito que todo investidor deveria ter os seguintes ativos em carteira: bolsa brasileira, dólares, NTNBs (títulos públicos mistos: juros prefixados + correção pelo IPCA) e “caixa”. Entende-se por caixa, a aplicação financeira em renda fixa com liquidez imediata e pós-fixada (Tesouro Selic e Fundos DI). A composição de cada ativo na carteira dependerá do perfil do investidor, do horizonte do investimento e do controle emocional. “Sinais, forte sinais”, como diria um candidato à presidência.

MJR



* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.





domingo, 16 de setembro de 2018

Bovespa sem rumo, à espera das eleições.




O principal índice do mercado brasileiro encontra-se “travado” entre os 74 e 78 mil pontos. Acredito que até o surgimento de um sinal mais confiável sobre o desfecho eleitoral, o IBOV ficará nessa lenga-lenga.

Graficamente, na periodicidade diária, estamos claramente nessa congestão, mas o viés de baixa. Veja o gráfico inicial: perceba que os preços estão oscilando num canal de baixa – linha paralelas em vermelho. O rompimento dos extremos do canal pode ser o primeiro sinal da futura tendência do IBOV.

Enquanto isso o dólar americano atingiu o maior patamar da “era pós-real”. A escalada do dólar reflete o cenário internacional de fortalecimento global da divisa americana e também do cenário local incerto: a compra de dólares é um hedge natural em períodos de incerteza.

Sempre é bom lembrar que a alta do dólar deixa o IBOV ainda mais barato, pois 50% dos investidores da Bovespa são estrangeiros. O IBOV em dólares caiu mais de 34% em relação ao topo de fevereiro de 2018. Uma queda expressiva.

Alguns especialistas apontam que a bolsa poderá corrigir até os 60 mil pontos, numa eventual vitória da esquerda, ou romper a barreira dos 100 mil pontos, caso algum candidato reformista seja eleito.

Posto isto, claramente o divisor de águas é a eleição presidencial. Assim, mais três a seis semanas, a direção do IBOV será conhecida.

Todavia, fique muito atento. O mercado financeiro caminhará para um dos lados antes do fim do pleito eleitoral. Desta forma, os investidores mais arrojados devem se posicionar o quanto antes. Para os mais céticos e desconfiados, aguardar um pouco mais pode ser a decisão mais sábia, mesmo que paguem um pouco mais por isso.

60 ou 100 mil pontos em dezembro de 2018? A sorte está lançada.

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.