domingo, 26 de julho de 2015

Alvo do repique no INDFUT no curto prazo


Na última sexta, 24, o IBOV sinalizou uma possibilidade de repique após seis intensos pregões de queda. Teoricamente, ainda há fôlego para buscar os 48 mil pontos, mas acho que este objetivo será buscado num próximo ciclo de queda. É preciso um respiro!

Veja uma análise do Índice Futuro (INDFUT) que é um derivativo do IBOV. A ideia deste estudo é apenas um informativo e não é uma recomendação de compra ou venda. O intuito é mostrar aos pequenos investidores como a análise técnica pode ser útil na avaliação dos ativos de renda variável.

O primeiro passo é saber que no mercado financeiro não existem certezas e sim probabilidades. Sempre.  Pelo presente estudo, acredito numa subida no índice para o curtíssimo prazo, mas nada impede que o índice continue seu ciclo de baixa.



Veja o gráfico diário do INDFUT (acima). Estamos numa longa tendência de baixa desde o topo no começo de maio (quase três meses). A linha inclinada em vermelho representa a linha de tendência de baixa (LTB). As linhas horizontais mostram os suportes e resistências mais relevantes. Perceba que após o longo período de queda fechamos na sexta entre as duas últimas linhas. Desta forma, no gráfico diário ainda não há um sinal claro de reversão.



No gráfico de 60 minutos (acima), uma reversão já é mais palpável, porém ainda não temos um pivot de alta. Por outro lado, no gráfico de 15 minutos (abaixo) já o temos: situado no canto inferior direito (quadrado azul). Toda reversão começa pelos gráficos de menor periodicidade e segue para os demais. Para confirmar este suposto padrão de reversão, não devemos perder os 49 mil pontos nesta segunda. Lembrando que o INDFUT fechou em 49.480, ou seja, não poderá perder mais de 1%.



Assim, quais os objetivos mais prováveis deste repique? Por Fibonacci, o alvo mais provável está entre 51.400 e 52.000, o que coincide com o último fundo perdido em 51.600. O objetivo mínimo da correção é 50.800. Caso contrário ficará evidente que a pernada de baixa da semana passada ainda não acabou e o INDFUT buscará o próximo suporte em 48.000 pontos.


Aguardemos os próximos dias.


sexta-feira, 24 de julho de 2015

A Bovespa derreteu nos últimos dias!



Como eu havia comentado no final de junho, a bolsa estava prestes a um forte movimento. Tardou mas não falhou. Após uma falha inicial de rompimento para baixo no dia 7 de julho, o mercado voltou para dentro da congestão (52 / 54 mil pontos), porém na última sexta (17), o IBOV começou um forte movimento de queda – já são 8% de queda em apenas 6 dias. Os principais motivos? O cenário interno horroroso, com destaque para o melancólico anúncio da queda expressiva da meta do superávit primário, e o fraco desempenho das bolsas externas: por exemplo, o DJI caiu mais de 3% no mesmo período. Até onde iremos?

Pelo menos no curtíssimo prazo acho que fomos longe demais. Perdemos a faixa dos 50 mil pontos muito facilmente, sem nenhuma resistência (sinal muito ruim). Os próximos suportes são: 48 mil pontos e depois a faixa dos 45 / 46 mil pontos, este último, um fortíssimo suporte: dificilmente o perderemos. Uma curiosidade: o fundo de 2008 (29 mil pontos), no auge da crise internacional, hoje corresponde em dólares, cerca de 44 mil pontos. Portanto, continuo com a minha tese de que não perderemos os 40 / 45 mil pontos, mesmo com todas as mazelas nacionais e importadas. Algumas ações já estão a preço de banana. Até ações de excelentes empresas entraram na dança. Portanto, acredito que estamos vivendo um belo momento para aumentar a carteira de longo prazo!  E o curto prazo?

Como o mercado está muito sobrevendido (IFR e distanciamento da MM de 21 períodos) e o candle desta sexta (seta verde) deixou uma sombra inferior (pressão compradora), o mais provável é um repique nos próximos dias. A intensidade deste repique será a pista para as próximas semanas. Um repique mais vigoroso poderá sinalizar um fundo mais consistente em 49 mil pontos, em contrapartida um repique mais tímido poderá acelerar ainda mais a queda, rumo aos próximos suportes comentados.

Apertem os cintos, o Governo sumiu!

MJR

* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.



terça-feira, 7 de julho de 2015

Falso rompimento no IBOV


O IBOV na última sexta-feira rompeu para baixo o suporte em 52.600, fechando muito próximo deste nível. Porém, o volume financeiro foi muito baixo (feriado no mercado americano). Ontem, ele continuou o processo de queda, ainda com baixo volume, e deixou uma sombra inferior (pressão compradora no final do pregão). Hoje, o mercado finalmente sinalizou que poderá subir nos próximos pregões: gerou um martelo com alto volume financeiro (sinal fortemente altista – veja o gráfico abaixo). Assim, podemos considerar que o IBOV fez um falso rompimento nos últimos dias. Leia abaixo um pouco mais sobre o assunto.


Os falsos rompimentos são muito mais frequentes do que imaginamos e acontecem com todos os ativos, e sempre são muito traiçoeiros. Talvez, o ensinamento mais difícil de ser assimilado por mim. Perdi muitas vezes. Demorei a perceber o real significado de um falso rompimento. Aqui, o ativo sinaliza um rompimento, porém os preços após o rompimento seguem em sentido contrário e, pior, com frequência este movimento ocorre com muita força, o que pode acarretar grandes perdas. Portanto, fique muito atento, um rompimento verdadeiro pode ser muito rentável, em contrapartida, o falso pode ser catastrófico! Não seja teimoso, na sinalização de um falso rompimento você deverá encerrar ou, melhor, inverter o trade. Sempre!

É possível prever um falso rompimento? A resposta é não. Contudo, existem alguns sinais que podem nos ajudar a evitá-los, veja:

1 – Evite os rompimentos esticados, isto é, os preços rompem a resistência ou o suporte, porém o movimento já está esticado e “cansado”, sem forças para prosseguir (não foi o caso do IBOV na sexta e na segunda).

2 – Baixo volume. Um rompimento precisa ser acompanhado de um bom volume financeiro, se possível muito acima da média (aqui foi o melhor sinal: baixo volume favorece o falso rompimento).

3 – A presença de sombras contrárias ao rompimento é ruim. O ideal é que o ativo feche na máxima para o rompimento de resistência ou na mínima para o rompimento de suporte (outro sinal que aconteceu no IBOV ontem).

MJR


* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.




domingo, 5 de julho de 2015

Fundos DI – 10 aspectos que o pequeno investidor precisa saber




1 – Os chamados Fundos Referenciados DI são instrumentos de investimentos em renda fixa, onde o investidor adquire cotas destes fundos. A função do gestor é aplicar em ativos atrelados à taxa CDI.

2 – São ofertados por quase todos os bancos, pequenos, médios e grandes, e amplamente difundidos na sociedade. Apesar disso, poucos investidores entendem como funciona esta modalidade de investimento.

3 – Todos os fundos cobram uma taxa de administração, em geral baixa, inferior a 1,0% ao ano, provisionada como uma despesa diária (pro rata). Os bancos menores oferecem melhores taxas. Já os grandes bancos oferecem boas taxas apenas para os grandes investidores, em virtude do maior aporte financeiro. Em contrapartida, as corretoras independentes oferecem um leque variado destes fundos aos pequenos investidores... Usualmente não há taxa de perfomance ou taxa de saída.

4 – A aplicação em Fundos DI não tem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Portanto, escolha bem seu banco.

5 – A liquidez é imediata, usualmente em D0 (dia zero), isto é, o depósito ocorre em conta corrente no dia da solicitação do resgate pelo valor da cota de abertura. Atenção ao horário limite de solicitação.

6 – Nos primeiros 30 dias, temos a incidência do imposto sobre operações financeiras (IOF), porém numa tabela decrescente: de 96% no primeiro dia a 0% no trigésimo dia, incidindo apenas sobre o rendimento.

7 – A alíquota máxima do imposto de renda (IR) é de 22,5% para os primeiros seis primeiros meses. De acordo com a Lei 11.033 de 2004, as alíquotas do IR são decrescentes em virtude do tempo de aplicação. No investimento com período inferior a 180 dias, paga-se 22,5% sobre o rendimento; entre 181 dias e 360 dias, 20%; entre 361 e 720 dias, 17,5% e mais de 720 dias, o percentual é de 15 %. O recolhimento do IR é de responsabilidade exclusiva do agente financeiro e é retido na fonte.

8 – O sistema “come-cotas” de tributação do IR refere-se ao fato de que a cada seis meses, no último dia útil dos meses de maio e novembro, mesmo que o investidor não faça a retirada do dinheiro, o administrador (banco ou corretora) recolhe o IR devido, simulando uma retirada total, reduzindo assim as cotas de cada investidor – o valor da cota permanece o mesmo. A alíquota é de 20% para fundos de curto prazo (como o Fundo DI) e de 15% para os de longo prazo. Ao término do investimento, dependendo do tempo do investimento, será feito o ajuste necessário.

9 – A remuneração é baseada da Taxa CDI, seu Benchmark, que é uma taxa interbancária e correlata à taxa básica de juros, usualmente um pouco menor que a taxa Selic vigente. Assim, é um título pós-fixado. Em momentos de ciclo de alta da taxa básica de juros, como o atual, a taxa de retorno destes fundos é alta, atualmente em torno de 0,9% ao mês.

10 – Desta forma, fica claro que investir em Fundos DI é uma ótima opção de investimento para o curto prazo: baixo risco de crédito (grandes bancos), liquidez imediata e bom rendimento. Em minha opinião esta modalidade de investimento é obrigatória em qualquer carteira de investimento.

MJR