quarta-feira, 13 de setembro de 2017

BULL MARKET do IBOV – Próximos alvos e suportes



Na última segunda, 11/09, o IBOV rompeu o topo histórico em 73.920.  O recorde anterior foi atingido em maio de 2008, há quase uma década. No momento em que escrevo o índice está na casa dos 75 mil pontos.

Este patamar superado é mais um atrativo histórico do que uma marca real. O IBOV se acrescido da inflação do período ou corrigido pelo dólar deveria estar cotado a mais de 110 mil pontos, sem contar o custo de oportunidade deste longo período.

Quando um ativo supera seu topo histórico não existem alvos futuros bem definidos, pois não temos referências fidedignas no passado. Desta forma, ele poderá subir mais 10%, mais 100% ou muito mais nos próximos meses ou anos. Portanto, a continuar o Bull Market atual, o IBOV poderá ir muito mais longe do que imaginamos.

Num post que publiquei em maio deste ano, comentei sobre o EWZ, uma ETF negociada em NYC, que está cotado a menos da metade que valia em 2008. Por essa correlação, o IBOV poderá andar no mínimo mais 100%: 150 mil pontos. Mas como eu disse tudo é muito especulativo. E até lá muita água vai rolar.

Dados econômicos recentes sugerem que o PIB do Brasil em 2018 poderá atingir 3%. Se isso de fato ocorrer o IBOV continuará subindo. A reforma da previdência poderia ser outro combustível extra, mas por enquanto, diante do cenário político atual, parece que ela ficou para depois, infelizmente. Fique atento: se o governo conseguir aprovar “alguma” reforma da previdência em 2017, isso ainda não está precificado pelo mercado e poderá impulsionar o IBOV.

Por outro lado, o IBOV está muito esticado no curto prazo. Estamos na oitava semana seguida de alta, e se contarmos as últimas doze, subimos em 10 delas, uma valorização de 25% desde o último fundo em 60 mil pontos. Assim, uma correção irá acontecer a qualquer momento.

Sempre é bom lembrar que o IBOV é muito resiliente nas suas tendências, ou seja, quando está em alta é muito resistente em mudar sua rota, e quando está em baixa a mesma coisa. Porém, o histórico do índice mostra que uma correção virá, mais cedo ou mais tarde. Faz parte do mundo de renda variável. E quais são os suportes imediatos para o IBOV (veja os gráficos a seguir, diário e semanal, respectivamente). São eles:
74.000 = topo histórico rompido.
71.000 = média móvel de 21 períodos no gráfico diário.
68.000 = fortíssimo suporte (união de vários dados gráficos).




Termino este texto com uma mensagem no mínimo curiosa, retirada de um texto que li recentemente. O analista escreveu: “chegou a hora de tirar férias da bolsa de valores e retornar daqui a alguns meses”. Será? Reflita sobre isso. Uma coisa é certa, não entregue seu lucro para o mercado. Lucro de 25% em apenas três meses é muita coisa. Assim, realize seus lucros parcialmente, faça hedge parcial, compre seguros, etc. Só não fique parado!

MJR


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Topo histórico – Aqui estamos!



No momento em que escrevo o IBOV está cotado a 500 pontos de romper o topo histórico. Comecei no mercado financeiro em 2008 e o topo ocorreu justamente no meu primeiro ano. Lá se vai quase uma década.

O rompimento é uma questão de tempo: pode ser hoje, na próxima semana, no próximo mês ou no próximo ano, mas ele ocorrerá.

A situação econômica do país é infinitamente melhor em 2017 do que em 2014 (início da crise). Veja alguns dados recentes:

·         IPCA em 2017: 1,64% (o menor desde 1994).
·         A Taxa Selic deverá ser reduzida para 8,25% no dia de hoje (e vai cair mais até o fim do ano).
·         O PIB cresceu por dois trimestres seguidos: saímos da recessão!
·         O desempregou recuou em 2017 segundo últimos dados da PNAD.
·         Produção e vendas de carros aumentaram.
·         Setor de construção civil começa a estancar a “sangria”.
·         A “bolsa empresário” foi barrada com a aprovação da TLP no congresso nacional. Agora os juros do BNDES não terão os subsídios de outrora. Era uma vergonha: vide grupo JBS.
·         Reforma trabalhista aprovada.
·         Privatização em pauta.
·         Falta ainda a reforma da previdência, mas que pode ser retomada em breve, mesmo que mais branda.
·         Além de outros bons dados da economia. Nem a baderna política em BSB atrapalhará a retomada do crescimento.

Posto isto, fica claro que estamos recomeçando um novo ciclo de prosperidade econômica no Brasil. A crise fez com que as empresas melhorassem a eficiência. Com a retomada do crescimento todos os segmentos da sociedade ganharão: empresas (maior faturamento), acionistas (lucros), Estado (impostos) e a população (criação de novos empregos e melhores salários).


O IBOV subirá muito mais nos próximos anos. Essa é a maior probabilidade. Neste Bull Market somente uma catástrofe poderia mudar este rumo. E essa catástrofe tem nome: a eleição de um político que pregue o retorno da “nova matriz econômica”. Uma hipótese remota. Por último, sempre é bom lembrar que mesmo nos mercados em forte alta, correções agudas ocorrem. E desta forma não deixe de proteger seus ganhos. Existem maneiras fáceis para tal finalidade. Basta um pouco de dedicação.

MJR