sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Após seis longos anos o IBOV supera a casa dos 70 mil pontos



A princípio não acreditava que o Índice Bovespa superararia a resistência em 69 / 70 mil pontos antes de uma correção, como escrevi no post anterior. Contudo, impulsionado pelo anúncio inesperado da privatização da Eletrobrás, o IBOV atropelou a resistência na última terça-feira e hoje oscila por volta dos 71 mil pontos. Um rompimento inequívoco e que ratifica nosso BULL MARKET.

Também fomos ajudados por uma semana tranquila nos mercados americanos e pela forte valorização do minério de ferro. Ainda temos fôlego para subir mais, entretanto um recuo agora seria muito bem-vindo, pois ganharíamos mais força para vencer a barreira do topo histórico em 73/74 mil pontos. A correção pode ocorrer a qualquer momento ou pode até demorar um pouco mais, mas uma coisa é certa, ela virá. Isso é inexorável. Vários ativos estão extremamente esticados e sobrecomprados no curto prazo.

Posto isto, fica claro que o viés de longo prazo continua extremamente positivo para o mercado brasileiro de ações. Porém, no curto prazo turbulências podem ocorrer, mas que não mudarão o rumo da IBOV. Os períodos de correção são ótimas oportunidades para você aumentar as posições vencedoras.

Quando romperemos o topo histórico? Não tenho a menor ideia, mas uma coisa é certa, vamos rompê-lo. É uma questão de tempo. E o mais importante de tudo: depois de romper o topo máximo, o céu é o limite para o IBOV.


Bons investimentos.

MJR



terça-feira, 15 de agosto de 2017

Atenção: o IBOV poderá corrigir em breve. E talvez de maneira aguda.



Caro leitor, quem me acompanha no blog, sabe do meu profundo otimismo com o IBOV para o longo prazo. Nos últimos três anos, venho escrevendo repetidamente que estamos num novo ciclo de alta de longo prazo e que pode perdurar por alguns anos. Contudo, mesmo num BULL MARKET, correções agudas ocorrem, como aquelas que aconteceram no final do ano passado e no meio deste ano. Faz parte do jogo.

Apesar da forte tendência de alta atual no gráfico diário, alguns indicadores técnicos e outros dados me incomodam, e que podem decretar a reversão momentânea desta tendência. No momento que escrevo o IBOV está cotado em 68.700 pontos. Ainda há espaço para atingir os 70 mil pontos ou mais, mas a meu ver, dificilmente superaremos esta forte barreira antes de uma correção. Os motivos? Veja:

1 = A barreira dos 69 /70 mil pontos é muito forte. Já derrubou o mercado várias vezes. É preciso muita convicção dos “comprados” para superar essa barreira. Não será fácil.

2 = Desde o fundo no Pós-Joesley, o IBOV subiu 13%, e sem uma correção significativa.

3 = Um indicador técnico, chamado MACD, mostra clara divergência, o que sugere uma correção.

4 = Várias ações importantes do IBOV estão extremamente esticadas na alta. Nada sobe eternamente.

5 = Houve crescimento significativo do número de contratos futuros do IBOV nas últimas semanas. Houve também a queda do otimismo dos investidores estrangeiros neste mercado: queda na posição comprada. Estes fatores usualmente precedem a queda do mercado. Veja gráfico abaixo.



6 = As bolsas americanas estão sinalizando uma correção à frente. E que pode ser de grande magnitude. Provavelmente não sairíamos ilesos.

7 = As reformas fiscais não avançam no congresso. O rombo do governo continua em alta. Assim, o mercado vai cobrar a conta do governo. Como? Bolsa em queda, Dólar e Juros DI em alta.

Uma coisa importante: não estou pregando “operar vendido”. Estou apenas alertando para uma possível correção. Sugiro continuar “comprado”, mas protegido. Listo algumas opções:

1 = Nas ações em que você ganhou muito nos últimos meses, o mais interessante é realizar parcialmente os lucros (venda de 50% da posição, por exemplo) e faça caixa: coloque em DI ou Tesouro Selic. Assim, se o mercado continuar subindo você continuará ganhando, mas se ele cair você protegerá parte dos lucros. Mais cedo ou mais tarde, o mercado corrigirá e será a hora de recomprar suas ações um pouco mais barato.

2 = Mantenha parte de seu portfólio em ativos seguros, como o dólar americano: Talvez 10% do capital seja suficiente.

3 = Proteção com derivativos. Aqui está a melhor ferramenta de proteção. Mas lamentavelmente exige um pouco mais de dedicação do pequeno investidor. O IBOV futuro e o mercado de opções têm justamente o propósito de proteger sua carteira de ações: uma espécie de seguro de seu portfólio.

Se você tem pouco domínio sobre o mercado de derivativos, sugiro a leitura do meu último livro: Como proteger sua carteira de investimentos. Lá você encontrará um guia simples e fácil.

Espero que tenha ficado claro. Continuo muito otimista para o longo prazo, mas turbulências de curto prazo parecem próximas. Prepare-se. Mas lembre-se, no mercado financeiro não existem certezas e, sim, probabilidades.