Passadas
duas semanas após o resultado final das eleições, já podemos prever os caminhos
mais prováveis para o IBOV neste “restinho” de ano. É óbvio que a trajetória da
bolsa será conduzida pelas ações do Governo reeleito. Por enquanto não sabemos
se teremos “mais do mesmo”, ou se assistiremos ao início de uma mudança da
atual política econômica. Do ponto de vista de análise técnica vejo três
cenários possíveis:
Cenário de alta: o IBOV pode estar acionando um pivot
de alta no gráfico diário e, melhor, se respeitar a mínima da última semana (52.200
mil pontos) podemos montar uma importante figura de reversão de tendência, o “OCO
invertido”. Qual o objetivo? 62 mil pontos. Uma valorização de 20%. Nada mal em
dois meses.
Cenário de baixa: o IBOV perderia os suportes
imediatos nas próximas semanas, em 52 e 51 mil pontos, e depois buscaria os
fundos mais importantes em 48 e 44 mil pontos, este último um fortíssimo
suporte. Assim, teríamos uma queda de 20%.
Cenário indefinido: o IBOV “ciscaria” entre os 50 e os
58 mil pontos.
Qual o cenário
mais provável? É difícil afirmar categoricamente. A tendência atual do IBOV é de
baixa (gráfico diário – curto prazo) e o mais provável seria a busca dos fundos
referidos, entretanto, se nas próximas duas semanas o IBOV não perder os 51
mil pontos e superar os 55 mil, provavelmente buscará o patamar dos
62 mil pontos até o final do ano. Deste modo, fique muito atento ao rompimento
dos pontos-chaves nas próximas semanas: 51 e 55 mil pontos!
E o próximo
ano? Independente dos cenários acima comentados, 2015 será um ano muito
complicado para o mercado de renda variável, a não ser que o Governo Federal comece
a fazer a parte dele. Aguardemos...