quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A disparada do dólar



A alta de quase 14% da moeda americana nos últimos 14 dias vem assustando muita gente (hoje, máxima de R$ 2,88). Recordar é viver. Em 2002, o dólar atingiu 4 reais. O motivo? A apreensão do mercado financeiro com a provável eleição do então candidato Lula. Porém, após o começo do Governo Lula em 2003 e as medidas acertadas tomadas pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e pelo Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o preço da moeda americana começou a cair sistematicamente, batendo em R$ 1,50 no ano de 2008. A queda foi impulsionada também pelo ciclo de alta das commodities no mercado internacional, favorecendo o saldo positivo da balança comercial do Brasil. A crise americana em 2008 e os desdobramentos seguintes inundaram o mundo de dólares, desvalorizando ainda mais a moeda dos ianques.

Todavia, agora está tudo invertido: a economia lá está em franca recuperação; o programa de estímulos americano que jorrou dólares na economia acabou em 2014; os juros americanos devem subir em breve; as commodities estão derretendo no mercado internacional; e o cenário econômico interno é desolador, mesmo com as últimas medidas anunciadas pelo ministro Levy – estas medidas precisam de tempo para surtir efeito. Somam-se a isto, a crise política sem precedente em Brasília, a operação Lava Jato, as crises da água e do setor elétrico, e a desconfiança geral sobre a eficiência do atual do Governo: será que a Presidente Dilma continuará dando cartas brancas ao ministro Levy. Os agentes do mercado financeiro estão desconfiados!

Desta forma, fica muito fácil prever que o dólar continuará subindo no médio prazo até surgir uma luz, uma esperança, no final do túnel. Qual o teto? 3, 4 reais. Não tenho ideia. Aliás, ninguém pode prever. Somente o tempo nos dirá. O que posso afirmar é que em breve o dólar sofrerá uma correção no curto prazo, em virtude do estado extremamente sobrecomprado dos últimos dias, o que nos dará uma nova oportunidade de compra, pois o viés de médio prazo continua fortemente altista. Na próxima coluna vou escrever sobre como você pode aproveitar a alta da moeda americana, investindo de maneira correta nas modalidades existentes. Até lá!

MJR




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