Desde janeiro
de 2011 estamos num desgoverno sem precedentes. A “futura ex-presidente” nos
conduziu para uma crise arrasadora e interminável. Retração no PIB nos últimos
dois anos. Mais de 11 milhões de desempregados. Inflação descontrolada. Desindustrialização.
E o pior, a falta total de perspectiva, não havia esperança. A minha impressão
é a de que o governo federal não parava de cavar a nossa própria cova. E a
“futura ex-presidente” nunca assumiu os erros na condução da economia. Era a “Dilma
no país das maravilhas”. Uma piada de
mau gosto.
Nunca tive
paixão pelo PMDB e muito menos pelo presidente interino Michel Temer. Por outro
lado, não temos outro plano B, ele é o único caminho para atravessarmos os
próximos dois anos até as eleições de 2018. É preciso um presidente aberto ao
diálogo para enfrentar o inóspito congresso nacional eleito por nós. Um
colegiado repleto de vícios e de pouca inspiração. Um fisiologismo sem igual. É
cada um por si, interesses próprios e nada mais.
Na semana passada,
a “futura ex-presidente” deu sua última cartada: propôs um pacto nacional e um plebiscito
para convocar novas eleições presidenciais. Uma solução não prevista na
Constituição. A pergunta que surge imediatamente: por que ela não fez a
proposta antes, quando a povo foi para as ruas e sua popularidade bateu recorde
negativo, menos de 10% de aprovação? É
puro oportunismo. Ela e a turma dela querem ludibriar novamente a população com
falsas promessas. Não se deixe enganar. Eles sequer assumem os erros.
Não temos
outro caminho. É finalizar o longo e cansativo processo de impeachment, e recomeçar
a reconstrução do Brasil. Temos muito potencial. Se o governo Temer ajudar e
não atrapalhar, o crescimento da economia voltará rapidamente. Já temos uma
previsão de crescimento para 2017 de 1,2%, segundo o último relatório Focus do Banco
Central. Mas se as reformas necessárias forem feitas e o ajuste fiscal vier
para valer, cresceremos muito mais. Pode crer. A maior prova disso? Veja:
O governo
interino foi empossado há pouco mais de três meses, o suficiente para mostrar
que se não é o ideal, ele é muito melhor que o anterior. A composição da equipe
econômica é absurdamente melhor: Meirelles, Goldfajn e Mansueto, dentre outros.
Apenas com a perspectiva de mudança na condução da área econômica, tivemos a
importante queda na cotação do dólar e dos juros futuros; houve também acentuada
redução no chamado “seguro Brasil”, o CDS. Isto tudo significa um custo menor
para as empresas na captação de recursos, e para o próprio governo federal reduzindo
a dívida pública, o que gera a oportunidade de criar mais empregos e maior
renda para a população no futuro.
Contudo,
após efetivação do impeachment, o governo Temer precisará fazer muito mais. A
lua de mel do mercado com o governo acabará em breve. Chega de falácias e boas
intenções. Os investidores, os empresários e a população querem propostas
efetivas. Se as reformas não saírem do papel, o Brasil não sai da crise. Mas o
ajuste fiscal virá, tenho muita convicção. Não será fácil, mas ele virá! O Brasil
é inviável no longo prazo sem o ajuste fiscal.
O nosso papel
é participar ativamente da discussão das reformas, cobrando do governo Temer e
dos parlamentares, e entendendo a participação de cada um. Todos precisam
colaborar e ceder. A bagunça administrativa dos últimos anos é muito complicada
de ser revertida. O desajuste nas contas públicas foi gigantesco.
Mas se você
é contra o processo de impeachment e as reformas vindouras, e continua a favor
da mesmice e do inepto governo do PT, junte-se aos vermelhos e aguarde a crise
bater na sua porta.
Por tudo
isso, não vejo a hora da chegada do dia 31 de agosto. Será um alívio e uma
grande vitória. A nossa medalha de ouro. Vamos virar a página. Vamos tirar o “bode
da sala”.
MJR
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