quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Estamos a uma semana de tirar o “bode da sala”.



Desde janeiro de 2011 estamos num desgoverno sem precedentes. A “futura ex-presidente” nos conduziu para uma crise arrasadora e interminável. Retração no PIB nos últimos dois anos. Mais de 11 milhões de desempregados. Inflação descontrolada. Desindustrialização. E o pior, a falta total de perspectiva, não havia esperança. A minha impressão é a de que o governo federal não parava de cavar a nossa própria cova. E a “futura ex-presidente” nunca assumiu os erros na condução da economia. Era a “Dilma no país das maravilhas”.  Uma piada de mau gosto.

Nunca tive paixão pelo PMDB e muito menos pelo presidente interino Michel Temer. Por outro lado, não temos outro plano B, ele é o único caminho para atravessarmos os próximos dois anos até as eleições de 2018. É preciso um presidente aberto ao diálogo para enfrentar o inóspito congresso nacional eleito por nós. Um colegiado repleto de vícios e de pouca inspiração. Um fisiologismo sem igual. É cada um por si, interesses próprios e nada mais.

Na semana passada, a “futura ex-presidente” deu sua última cartada: propôs um pacto nacional e um plebiscito para convocar novas eleições presidenciais. Uma solução não prevista na Constituição. A pergunta que surge imediatamente: por que ela não fez a proposta antes, quando a povo foi para as ruas e sua popularidade bateu recorde negativo, menos de 10% de aprovação?  É puro oportunismo. Ela e a turma dela querem ludibriar novamente a população com falsas promessas. Não se deixe enganar. Eles sequer assumem os erros.

Não temos outro caminho. É finalizar o longo e cansativo processo de impeachment, e recomeçar a reconstrução do Brasil. Temos muito potencial. Se o governo Temer ajudar e não atrapalhar, o crescimento da economia voltará rapidamente. Já temos uma previsão de crescimento para 2017 de 1,2%, segundo o último relatório Focus do Banco Central. Mas se as reformas necessárias forem feitas e o ajuste fiscal vier para valer, cresceremos muito mais. Pode crer. A maior prova disso? Veja:

O governo interino foi empossado há pouco mais de três meses, o suficiente para mostrar que se não é o ideal, ele é muito melhor que o anterior. A composição da equipe econômica é absurdamente melhor: Meirelles, Goldfajn e Mansueto, dentre outros. Apenas com a perspectiva de mudança na condução da área econômica, tivemos a importante queda na cotação do dólar e dos juros futuros; houve também acentuada redução no chamado “seguro Brasil”, o CDS. Isto tudo significa um custo menor para as empresas na captação de recursos, e para o próprio governo federal reduzindo a dívida pública, o que gera a oportunidade de criar mais empregos e maior renda para a população no futuro. 

Contudo, após efetivação do impeachment, o governo Temer precisará fazer muito mais. A lua de mel do mercado com o governo acabará em breve. Chega de falácias e boas intenções. Os investidores, os empresários e a população querem propostas efetivas. Se as reformas não saírem do papel, o Brasil não sai da crise. Mas o ajuste fiscal virá, tenho muita convicção. Não será fácil, mas ele virá! O Brasil é inviável no longo prazo sem o ajuste fiscal.

O nosso papel é participar ativamente da discussão das reformas, cobrando do governo Temer e dos parlamentares, e entendendo a participação de cada um. Todos precisam colaborar e ceder. A bagunça administrativa dos últimos anos é muito complicada de ser revertida. O desajuste nas contas públicas foi gigantesco.

Mas se você é contra o processo de impeachment e as reformas vindouras, e continua a favor da mesmice e do inepto governo do PT, junte-se aos vermelhos e aguarde a crise bater na sua porta.

Por tudo isso, não vejo a hora da chegada do dia 31 de agosto. Será um alívio e uma grande vitória. A nossa medalha de ouro. Vamos virar a página. Vamos tirar o “bode da sala”.

MJR 

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