quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Trump venceu. E agora, o que fazer com seus investimentos?



Acompanhei durante a madrugada a apuração dos votos da eleição americana. Contrapondo todas as previsões das pesquisas, o folclórico bilionário venceu, e com certa tranquilidade, desde o início da contagem dos votos. 

A reação das bolsas mundiais foi imediata ao longo da madrugada. Tóquio despencou mais de 5% e os futuros americanos atingiram queda de 5%, gerando um circuit breaker (paralisação das negociações).

Logo após o discurso da vitória do magnata, num tom mais conciliador, os mercados reagiram bem, recuperaram as perdas, e o Dow Jones opera em alta de mais de 1,3% no momento em que escrevo.

Aqui, não foi diferente. O IBOV abriu em forte queda e reduziu a pressão vendedora ao longo do dia (queda de 1% às 17 horas; ante 3,5% após a abertura).

O dólar abriu em forte alta e cedeu parte dos ganhos durante o dia.

No curto prazo o efeito Trump foi muito fugaz e não devemos ter novidades nos próximos dias. Já para o longo prazo, a situação é muito incerta. Qual Trump governará os Estados Unidos, o da campanha, com propostas estapafúrdias, ou aquele do discurso pós-eleição? Não tenho a resposta, mas em virtude da solidez das instituições americanas, acredito que ele fará um governo mais previsível, sem solavancos. Porém, somente o tempo nos confirmará esta premissa.

Desta forma, para o final de 2016, se o processo de aprovação da PEC não apresentar surpresas no congresso, a bolsa brasileira deverá subir e o dólar tende a recuar um pouco ou operar próximo da estabilidade.

Para o IBOV, pela reação de hoje, não acredito em correções mais agudas, além dos 58 / 60 mil pontos. Meu alvo para 2016 continua em 68 /70 mil pontos. Um potencial de retorno em 10% (IBOV atualmente em 63 mil). Alguns analistas esperam por uma alta ainda maior. Será?

Os juros futuros também devem ceder em breve pela desaceleração inflacionária e pela maior estabilidade política, o que favorece os títulos públicos prefixados e indexados à inflação.


MJR

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