sábado, 15 de agosto de 2020

Atualização do IBOV – 100 mil pontos: o divisor de águas


O movimento do IBOV nas duas últimas semanas reflete claramente uma fraqueza momentânea do mercado brasileiro.

Desde o crash de março seguimos de perto a recuperação dos índices americanos. Veja o comparativo: Nasdaq, S&P, DJI e IBOV (na ordem, de cima para baixo).


Todavia, perceba no segundo gráfico (ampliado) que, enquanto os índices americanos subiram no período mais recente, a bolsa brasileira caiu 6% - a primeira divergência mais consistente desde março.


Nos últimos dois posts já tinha comentado que o IBOV perdeu momentum. E isso fica cada vez mais nítido nos gráficos.

O saldo de volume também favorece um mercado mais fraco na alta.

E mais. Vários ativos importantes do IBOV já estão em correção mais acentuada.

A perda ou não dos 100 mil pontos será o divisor de águas. Para ser mais exato, o suporte imediato está em 98 mil pontos junto com a média móvel de 200 períodos.

Se perdemos esse patamar, o mercado deverá buscar os 90 mil pontos e, quem sabe, os 83 mil pontos – suportes importantes.

E curiosamente, uma correção mais aguda no IBOV seria muito importante para aliviar o estado sobrecomprado da bolsa brasileira no atual cenário, o que melhoraria a margem de segurança para o investimento em ações, atraindo mais investidores.

Por outro lado, caso o IBOV mostre força na faixa dos 98 / 100 mil pontos, poderemos voltar a subir e de maneira intensa.

Fique atento aos principais fatores de combustão para o movimento do IBOV:

1)     Melhora ou piora do cenário político-econômico no Brasil.

2)     O caminho dos índices americanos.

Para mim, o mais relevante será o movimento das bolsas no mercado externo. Tenho total convicção de que o IBOV ainda não recuou mais fortemente pela resiliência do mercado externo que está rondando suas máximas.

Por último, um comentário sobre o dólar. Nas últimas semanas, a faixa dos 5,48 segurou o câmbio, porém se rompida, o dólar poderá testar novos picos, especialmente se o cenário fiscal piorar.

MJR


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