Apesar do
nome, este pouco conhecido título de renda fixa não tem nada a ver com o dólar
ou outra moeda estrangeira. É uma espécie de CDB (Certificado de Depósito
Bancário), porém emitido por uma Financeira* credenciada pelo Banco Central. Desta
forma, por se tratar de títulos emitidos por pequenas instituições financeiras,
existe um maior risco de crédito (risco de calote). Assim, estas empresas para a
captação de recursos junto à população, oferecem uma melhor remuneração.
Recentemente recebi uma oferta de uma LC pagando 130% da taxa do CDI (cerca de
1% ao mês). A título de comparação um CDB de um banco tradicional remunera o
pequeno investidor entre 80 e 95% do CDI (em torno de 0,7% ao mês): uma
diferença bastante significativa... Contudo nem tudo é perfeito. Comumente
estes títulos exigem um prazo de carência para resgate do valor aplicado, o que
limita a liquidez. Outro problema: apesar da garantia do Fundo Garantidor de
Créditos (FGC), até 250 mil por CPF, os aborrecimentos e contratempos
burocráticos poderão ser cansativos numa eventual quebra da instituição. Por último, há ainda a incidência do Imposto
de Renda, semelhante ao que ocorre com o CDB ou Fundos de Investimentos (de
22,5% a 15%, dependendo do tempo da aplicação).
Em resumo: apesar do bom retorno oferecido, acredito que o pequeno investidor tem outras opções rentáveis, com menor risco e mais liquidez, contudo não deixa de ser uma boa modalidade de investimento, sempre respeitando o limite do FGC. No próximo texto comentarei sobre as Letras de Crédito Imobiliário, um poderoso instrumento de renda fixa. Até lá!
Mais informações sobre o mercado financeiro acesse:
*Instituição financeira que trabalha com crédito direto à população, via empréstimo direto ou através de crédito consignado, usualmente com taxas de juros abusivas.
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