terça-feira, 17 de maio de 2016

O cenário externo ofusca, momentaneamente, a euforia da mudança de governo.



Após a efetivação do impeachment na última quinta-feira, o momento é de muita cautela no mercado financeiro. O Índice Bovespa está em queda desde então (mais de 4%), mas sem volume financeiro, o que indica um movimento errático, não consistente. O dólar opera na estabilidade (R$ 3,50) e os juros futuros (2021) também estão relativamente estáveis (12,4% ao ano).

Os investidores estrangeiros, que representam mais de 50% dos investidores da Bovespa, esperam pacientemente por medidas concretas do novo governo e aguardam o momento ideal de “voltar às compras”.

As bolsas americanas estão em queda desde o topo no dia 20 de abril e devem seguir por este caminho por mais alguns dias. Este movimento, naturalmente, arrasta o IBOV.

Contudo, esta correção no IBOV é muito bem-vinda. Tira o estado sobrecomprado do movimento de alta pré-impeachment e traz novo fôlego para o índice.

Outro ponto positivo. O petróleo continua subindo e aproximou dos 50 dólares o barril. E ainda tem espaço pra subir. Petróleo em alta, bolsas em alta!

A equipe econômica, apresentada no dia de hoje, não poderia ser melhor. Um time de “notáveis”, um verdadeiro dream team. Mas o mercado quer mais. Aguarda o diagnóstico concreto do estrago nas contas públicas – o tamanho real do rombo: o “Legado Dilma” – e o tratamento que será proposto pela nova equipe, ou seja, as medidas necessárias para debelar o mal e curar a doença.

Serão medidas duras, não tenho dúvida, mas necessárias. O enfermo está grave. Se nada for feito e imediatamente, segundo Meirelles, o desemprego baterá em 14% ou mais, e a previdência pública entrará em colapso total nos próximos anos.

Não temos outro caminho. A sociedade precisa colaborar e apoiar as medidas. Como já dito, o desgoverno da Dilma aniquilou todos os fundamentos econômicos. Será um trabalho de recuperação, árduo e lento.

Mas tenho uma boa notícia. Compartilho da ideia de alguns renomados economistas de que a retomada do crescimento poderá vir de maneira muito rápida se as medidas forem executadas de maneira correta, sem procrastinação.

Tenho muita convicção na competência do Meirelles e de sua equipe. Se tudo der certo, o crescimento econômico retornará e a bolsa brasileira deverá ter um desempenho espetacular nos próximos anos.


Portanto, estamos vivendo um momento único de oportunidades. É provável que o fundo do poço da crise tenha chagado. Aproveite. Releia as dicas do último post.

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