Muita coisa mudou em 2016. Estamos saindo de um buraco sem
fundo que o governo do PT não parava de cavar. Não havia esperança, tudo
piorava. Atualmente já enxergamos uma pequena luz no fim do túnel. Veja o
resumo dos últimos tumultuados seis meses.
Janeiro – O clímax do
pessimismo
Vivíamos uma situação desoladora e sem perspectivas de
mudança. Cenário externo preocupante e bolsas mundiais em forte queda. O
impeachment era improvável após a decisão do Supremo Tribunal Federal em mudar
o rito do processo. O clima político era horroroso. A presidente estava atônita,
isolada e perdida, numa disputa sem fim com o presidente da Câmara.
A perspectiva do PIB para 2016 era queda de 4%. Dólar negociado
a 4,20 reais. Juros Futuros em quase 17%. Bolsa na lona, 37 mil pontos. Taxa de
desemprego em mais de 10%. O presidente do Banco Central (BC), sem saber o que
fazer, gerava mais incertezas sobre a taxa Selic. Que fase!
Fevereiro – O começo
da esperança
As prisões do marqueteiro da Dilma e da “dona Xepa” foram o
estopim para o impeachment ganhar força. A operação Lava Jato estava a todo
vapor. Todos os indicadores econômicos começaram a melhorar, mesmo que
timidamente.
Março – O impulso das
manifestações populares
A maciça manifestação popular a favor do impeachment no dia
13 de março e o avanço da operação Lava Jato sobre o ex-presidente Lula impulsionaram
fortemente o mercado financeiro. Bolsa em alta exponencial e dólar em queda. Os
juros futuros acompanharam o otimismo e caíram significativamente.
Abril – O impeachment
na câmara
17 de abril. O Brasil parou para acompanhar a votação do
impeachment. Uma derrota significativa para a presidente: 367 votos a favor,
muito acima dos 342 necessários... Um governo que tem pífio apoio no congresso
(menos de 1/3 dos deputados) e menos de 10% de aprovação popular não tem condições
mínimas de governabilidade. Chegara ao fim. Mas ainda faltava o processo no
senado e o afastamento temporário da presidente.
Maio – A posse de
Temer e a ressaca do Mercado
14 de maio. Fim da era PT, após 13 anos e alguns meses no
comando do país. Ponto final no desastroso governo Dilma, uma gestão que não
deixará saudades. E como o mercado reagiu após a posse de Temer? Com muita
ressaca. As incertezas eram muitas. O otimismo tinha sido exagerado? Talvez. Mas
o mais importante, o mercado queria ver e ouvir as primeiras medidas. Queria
algo concreto. Mas os dias que sucederam a posse foram turbulentos: denúncias,
queda de ministros, etc. O pensamento era só um. Será que o Temer cairia e a
presidente voltaria rapidamente? O mercado corrigiu!
Junho – O otimismo no Mercado ganha força e o governo Temer também
Sinalizações dúbias do presidente interino Temer sobre o
ajuste fiscal foram colocadas de lado. A força da equipe econômica foi
marcante. O novo presidente do BC foi taxativo em comunicar que fará de tudo
para trazer a inflação para a meta de 4,5% em 2017. Na prática, até agora,
pouca coisa mudou, mas algo de muito importante ganhou força: a confiança voltou! O governo Temer e,
principalmente sua equipe econômica, transbordou confiança e esperança aos
investidores, empresários e à população. É verdade que as reformas principais
ficaram para depois do encerramento do processo de impeachment no senado. Até
lá, o presidente Temer não tem o poder de bancar as duras reformas necessárias.
Mas elas virão, tenho total convicção. O Brasil clama por elas.
Assim, após este breve
resumo, seguem os principais indicadores econômicos:
Juros Futuros:
cerca de 12%, muito abaixo dos 14,5% da taxa de juros à vista, Selic, o que
mostra grande otimismo do mercado com a
condução política econômica e a nova gestão do BC.
Dólar a 3,25.
Queda de mais de 20% em relação a janeiro. Bom para o controle da inflação. Bom
para as empresas que detém dívidas em moeda estrangeira. Bom para os turistas
com férias no exterior. Contudo, ruim para a exportação, mas o avanço do dólar
últimos anos compensou esta queda de 2016, haja vista que a balança comercial em
2016 está “bombando”, com superávit significativo. O dólar poderia inclusive
ter caído mais, se não fossem as intervenções do BC.
Bovespa com alta
expressiva. Atingimos na primeira quinzena de julho a máxima do ano: 55 mil
pontos. Há quem diga, e é verdade, que a bolsa caminha 6 meses ou mais à frente
da economia real: um prenúncio de bons tempos para 2017!
Na economia real já observamos os primeiros sinais de
melhora, ou pelo menos paramos de piorar. O fundo do poço chegou. O seguro para
investimentos no Brasil, o chamado CDS, despencou nos últimos seis meses. O que
isto significa? Que as empresas captam recursos mais baratos no exterior.
Várias empresas, dentre elas a Petrobrás, conseguiram alongar suas dívidas para
prazos mais longos e a juros menores. Excepcional! O que não faz uma boa equipe
econômica. E o mais importante de tudo: após vários anos voltamos a ter governo,
voltamos a ter esperança, voltamos a sonhar.
Todavia, existe um “porém”, não dois. Para tudo isto ser
confirmado é preciso afastar definitivamente o PT do governo. O governo Temer
precisa deixar a interinidade. Em agosto teremos o dia D. Segundo, e tão
importante quanto o primeiro. O governo Temer precisa aprovar as reformas
necessárias, especialmente a previdenciária, e acentuar o ajuste fiscal. A
eleição do deputado Rodrigo Maia e o afastamento de Cunha devem facilitar a
vida do governo. Se estas duas premissas ocorrerem poderemos ter um boom
na economia nos próximos anos. Será muito bom para todos. Crescer forte após
três anos de recessão não é uma tarefa tão difícil. Basta que todos façam a sua
parte e colaborem.
MJR
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