segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Um balanço de 2016: o ano foi bom ou ruim? O que esperar em 2017?



Últimas manchetes: Supremo Tribunal Federal determinou que o rito do impeachment na câmara recomeçasse do zero. Inflação descontrolada: mais de 10% ao ano. Dólar cotado perto dos 4 reais. Taxa Selic em 14,25%. Juros Futuros acima dos 16%. PIB ladeira abaixo. Governo Federal atônito, sem saída e isolado, sem apoio popular e do congresso. Desemprego em franca aceleração. Não havia esperança. Uma descrença generalizada... Este era o cenário em dezembro de 2015. Após 12 meses, o que mudou?

Se esquecêssemos dos dados acima, poderíamos responder de imediato que nada mudou. Que a crise econômica continua a mesma, ou até piorou. E que o ano de 2017 será mais do mesmo. Será? Tenho convicção que não. Muita coisa mudou, e para melhor. Teremos um ano vindouro melhor. Não tenho dúvida. Somos influenciados pelo imediatismo. Esse é o nosso erro. Contudo é preciso avaliar o cenário atual numa visão mais ampla. Você pode até não gostar do governo Temer. Mas um fato é certo, posso garantir, ele avançou muito, e em pouco tempo. Estamos saindo do fundo do poço:

·         As Estatais passaram a ter um desempenho muito melhor: BNDES, Petrobrás, Banco do Brasil e Eletrobrás. Gestão. Credibilidade. Redução das dívidas. Avanços inegáveis.

·         A equipe econômica é infinitamente melhor do que as anteriores. E o mais importante: ela é técnica e coesa. Nada de malabarismos contábeis ou incentivos fiscais pontuais que levaram o Brasil para uma crise fiscal sem precedentes. O foco é melhorar o ambiente de negócios, controlar as contas públicas e destravar o crescimento. Henrique Meirelles e sua equipe foram rápidos em propor medidas impopulares, mas efetivas. A PEC do teto dos gastos foi um avanço histórico. O governo não pode gastar mais do que arrecada: é uma questão básica, mas fundamental para o equilíbrio das contas públicas e a queda dos juros.  A reforma da previdência precisa avançar. Não existe outra saída. O sistema atual é muito defasado, privilegia poucos e está completamente falido. A situação financeira do Estado do Rio de Janeiro é a prova cabal: seria o futuro do país se nada fosse feito.

·         A inflação foi definitivamente controlada. Em 2016 ela ficará perto do teto da meta (6,5%). No próximo ano, 2017, convergirá para o centro da meta: 4,5%, após vários anos de descontrole. A herança maldita do governo Dilma finalmente será combatida.

·         Os juros básicos caíram 50 pontos-base em 2016 e vão cair muito mais em 2017. Isso fará com que o crédito volte e que os investimentos sejam retomados no país.

·         Recentemente, o governo propôs que as empresas renegociem suas dívidas e que o crédito seja facilitado à pessoa física. Medidas corretas e bem-vindas. Nada de fantasias fiscais. 

·          O Brasil vai crescer em 2017, pouco é verdade, mas é uma situação muito mais saudável do que o PIB cair por três anos consecutivos, como ocorreu em 2014, 2015 e 2016.

·         A criação de empregos voltará lentamente, mas voltará. É uma questão de tempo. Numa crise, sempre é o último indicador a se recuperar. Não existe milagre.

·         Mesmo com as turbulências políticas vindouras com as delações da Odebrecht, o país avançará com as reformas. Existe uma diferença básica entre os governos Dilma e Temer: apoio do congresso. Isso é traduzido em governabilidade. Todavia, mesmo que o Temer seja derrubado, pelo TSE ou por outra via, teremos eleições indiretas em 2017 e o país continuará saindo do buraco. As reformas continuarão. Este é o fluxo natural.

·         Decididamente não será um caminho fácil e sem obstáculos, mas estamos no rumo certo.

Posto isto, esqueça as previsões catastróficas da mídia. Esqueça as notícias de curto prazo. Mire no futuro. Pense em melhorar e ampliar seus negócios. Mais dias, menos dias, o nosso país voltará a crescer com vigor. Tenho total convicção nesta premissa. Faça sua parte e, em breve, teremos um país melhor. 

MJR


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