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manchetes: Supremo Tribunal Federal determinou que o rito do impeachment na
câmara recomeçasse do zero. Inflação descontrolada: mais de 10% ao ano. Dólar
cotado perto dos 4 reais. Taxa Selic em 14,25%. Juros Futuros acima dos 16%.
PIB ladeira abaixo. Governo Federal atônito, sem saída e isolado, sem apoio popular
e do congresso. Desemprego em franca aceleração. Não havia esperança. Uma
descrença generalizada... Este era o cenário em dezembro de 2015. Após 12
meses, o que mudou?
Se
esquecêssemos dos dados acima, poderíamos responder de imediato que nada mudou.
Que a crise econômica continua a mesma, ou até piorou. E que o ano de 2017 será
mais do mesmo. Será? Tenho convicção que não. Muita coisa mudou, e para melhor.
Teremos um ano vindouro melhor. Não tenho dúvida. Somos influenciados pelo imediatismo.
Esse é o nosso erro. Contudo é preciso avaliar o cenário atual numa visão mais
ampla. Você pode até não gostar do governo Temer. Mas um fato é certo, posso
garantir, ele avançou muito, e em pouco tempo. Estamos saindo do fundo do poço:
·
As
Estatais passaram a ter um desempenho muito melhor: BNDES, Petrobrás, Banco do
Brasil e Eletrobrás. Gestão. Credibilidade. Redução das dívidas. Avanços
inegáveis.
·
A
equipe econômica é infinitamente melhor do que as anteriores. E o mais
importante: ela é técnica e coesa. Nada de malabarismos contábeis ou incentivos
fiscais pontuais que levaram o Brasil para uma crise fiscal sem precedentes. O
foco é melhorar o ambiente de negócios, controlar as contas públicas e
destravar o crescimento. Henrique Meirelles e sua equipe foram rápidos em propor
medidas impopulares, mas efetivas. A PEC do teto dos gastos foi um avanço
histórico. O governo não pode gastar mais do que arrecada: é uma questão
básica, mas fundamental para o equilíbrio das contas públicas e a queda dos
juros. A reforma da previdência precisa
avançar. Não existe outra saída. O sistema atual é muito defasado, privilegia
poucos e está completamente falido. A situação financeira do Estado do Rio de
Janeiro é a prova cabal: seria o futuro do país se nada fosse feito.
·
A
inflação foi definitivamente controlada. Em 2016 ela ficará perto do teto da
meta (6,5%). No próximo ano, 2017, convergirá para o centro da meta: 4,5%, após
vários anos de descontrole. A herança maldita do governo Dilma finalmente será
combatida.
·
Os
juros básicos caíram 50 pontos-base em 2016 e vão cair muito mais em 2017.
Isso fará com que o crédito volte e que os investimentos sejam retomados no
país.
·
Recentemente,
o governo propôs que as empresas renegociem suas dívidas e que o crédito seja
facilitado à pessoa física. Medidas corretas e bem-vindas. Nada de fantasias fiscais.
·
O
Brasil vai crescer em 2017, pouco é verdade, mas é uma situação muito mais saudável
do que o PIB cair por três anos consecutivos, como ocorreu em 2014, 2015 e
2016.
·
A
criação de empregos voltará lentamente, mas voltará. É uma questão de tempo. Numa
crise, sempre é o último indicador a se recuperar. Não existe milagre.
·
Mesmo
com as turbulências políticas vindouras com as delações da Odebrecht, o país
avançará com as reformas. Existe uma diferença básica entre os governos Dilma e
Temer: apoio do congresso. Isso é traduzido em governabilidade. Todavia, mesmo
que o Temer seja derrubado, pelo TSE ou por outra via, teremos eleições
indiretas em 2017 e o país continuará saindo do buraco. As reformas continuarão.
Este é o fluxo natural.
·
Decididamente
não será um caminho fácil e sem obstáculos, mas estamos no rumo certo.
Posto isto,
esqueça as previsões catastróficas da mídia. Esqueça as notícias de curto
prazo. Mire no futuro. Pense em melhorar e ampliar seus negócios. Mais dias,
menos dias, o nosso país voltará a crescer com vigor. Tenho total convicção nesta
premissa. Faça sua parte e, em breve, teremos um país melhor.
MJR
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