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Desde o
fatídico dia 17 de junho, a “quinta-feira negra” de maio, o IBOV entrou em stand-by, numa baixíssima volatilidade e
com volume financeiro muito abaixo da média. Uma chatice!
Daí, alguém me
pergunta: a baixa volatilidade significa menor risco para o mercado de ações? Definitivamente
não. Na maioria das vezes, os momentos calmos são seguidos de extrema volatilidade
e por movimentos bruscos. Prepare-se!
Por que o
mercado financeiro está indeciso? Do ponto de vista político é óbvio: todos aguardando
as peripécias (ou barbáries) de Brasília. Por outro lado, resumidamente, no
mercado financeiro, a situação é essa:
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Vínhamos
numa forte tendência de alta. Romperíamos o topo do ano em 69 mil em breve e
caminharíamos rumo ao topo histórico (73.900).
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A
quinta negra quebrou esse consenso. Foi um banho de sangue. Vários fundos de investimentos locais precisaram zerar posições. Caos total.
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Enquanto
isso os estrangeiros aproveitaram o pânico para comprar mais.
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Resultado:
enquanto investidores locais estão vendidos, os estrangeiros estão comprados
(saldo positivo de 2 bilhões em maio). Assim, se permanecer esse equilíbrio, a bolsa
ficará parada, nem subirá, nem desabará, e oscilará entre 62 e 64 mil pontos.
Graficamente,
a situação é a seguinte: temos dois caminhos totalmente opostos:
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Se
o IBOV perder os 62 mil pontos, caminharemos para os 60 mil e depois para os 57
mil pontos (este último, um fortíssimo suporte; dificilmente o perderemos).
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Se
rompermos os 64.500, o IBOV buscará os 66 mil e talvez os 69 mil pontos.
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Caminhos
paradoxos, não? Hoje, dia 7 de junho, para mim, o movimento mais provável é o
primeiro: teremos mais quedas. Mas nem sempre ocorrerá o que é mais
provável. No mercado nada é tão fácil assim.
O que fazer?
Primeiro, é preciso manter a calma nestes momentos. Nada de movimentos
acéfalos. O mais importante é guardar na memória os pontos de inflexão citados
acima. Se você é um investidor de curto prazo, siga o fluxo. Agora, se você é
um investidor de longo prazo, faça como os estrangeiros: caiu, comprou. Se você não quiser arriscar, use algum mecanismo de proteção parcial (hedge) até a poeira abaixar: dólar, ações de empresas exportadoras, derivativos, etc.
O resultado
do julgamento do TSE pode ser o gatilho para a volta da volatilidade e, talvez,
de uma tendência definida para o curto prazo.
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