No começo do mês, comentei que o caminho mais provável do
Índice Bovespa para o mês de julho era o repique até os 78 mil pontos. Bingo. E
melhor. O IBOV foi além do previsto por mim, ultrapassando o patamar dos 80 mil
pontos.
A tendência de curto prazo, no gráfico diário, é claramente
de alta. Todavia estamos diante de uma importante barreira: a média de 20 períodos no semanal, o
que pode segurar momentaneamente a recuperação do IBOV. Inclusive no dia de
hoje, o candle formado no gráfico diário do IBOV sugere uma correção para os
próximos dias, em direção a média de 20 períodos (o mercado ganharia
fôlego para buscar no futuro novas máximas). Veja o gráfico diário:
Para o mês de agosto,
o fechamento dessa semana será decisivo: fique atento ao candle de
fechamento e ao volume financeiro negociado nessa semana, que poderão indicar o
rumo das próximas semanas de agosto.
Outras barreiras:
o IBOV está em cima da média de 200 períodos do gráfico diário (relembrando, essa
média é um grande divisor de águas no mercado: BULL x BEAR Market) e também da
retração de 61,8% de todo o movimento de baixa, iniciado em meados de maio.
Outro ponto negativo: já são cinco semanas consecutivas de alta! Reveja o
gráfico inicial (semanal).
Dois pontos
positivos: o fluxo estrangeiro voltou a ficar positivo em julho. E, se o
IBOV romper com força os 80 mil pontos, a próxima barreira é o topo histórico
(potencial de alta de 10%).
Passando para o cenário político. O processo eleitoral
começará de verdade no mês de agosto. Prepare-se para o aumento da alta
volatilidade. Se um candidato de centro-direita despontar, o IBOV vai junto,
mas se a esquerda ganhar força, o IBOV poderá realizar de maneira mais forte.
O dólar perdeu força no último mês, mas provavelmente
ganhará peso no próximo mês, por se tratar de um hedge natural em períodos
binários, como o pré-eleitoral.
O que fazer neste
mês? Vejam as minhas ponderações:
1. Como comentado, o fechamento dessa semana poderá ser decisivo.
2.
O aumento da volatilidade em agosto é
praticamente certo.
3.
Se no mês passado, o risco-retorno na compra era
muito bom, agora o risco aumentou significativamente.
4.
Realizações parciais de lucro devem ser aventadas.
5.
Eu, particularmente, evitaria abrir novas
posições compradas. Por outro lado, manteria a carteira até o surgimento de algum
sinal mais forte de correção.
6.
Uma estratégia interessante seria montar alguma
ferramenta de hedge, usando derivativos e comprando dólar.
Em resumo: continue aproveitando a recuperação do mercado nacional, mas tome bastante cuidado. Busque um sinal mais claro de reversão de tendência. E prepare-se para o forte aumento da volatilidade: a montanha russa do mercado está próxima!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
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