No meu último comentário mensal, interroguei se o IBOV
continuaria em alta e buscaria os 100 mil pontos. Apesar do viés altista no
final de novembro, elenquei uma série de dados que poderiam impedir a escalada do
IBOV.
Bingo! O IBOV terminou dezembro com uma queda de aproximadamente
1,6%.
E devemos comemorar muito essa singela queda. As bolsas
americanas tiveram um desempenho terrível. Chegaram a cair mais de 15% e estão
fechando o mês com uma queda de cerca de 10% (baixa fortíssima para os padrões
americanos). Um dos piores meses de dezembro da história. Lá, o BEAR MARKET chegou com vontade!
Em outros tempos, o mais provável seria que o IBOV despencasse
muito mais. O comportamento do IBOV em dezembro sugere que o índice local está
muito forte.
Os motivos que continuam segurando o IBOV nos níveis atuais,
87.887 pontos, além do desempenho ruim das bolsas americanas, são a forte
posição vendida dos estrangeiros no mercado à vista e a impressionante derrocada
das commodities, especialmente do petróleo. Quando esses fatores “sumirem” ou
amenizarem, a bolsa brasileira poderá ter uma forte “pernada” de alta.
Eu, particularmente, acredito que o Mercado dará um voto de
confiança ao Governo que se inicia em janeiro. Possivelmente, essa trégua
seguirá até o final do primeiro trimestre, talvez um pouco mais. Depois disso,
o Mercado “exigirá” resultados do presidente eleito, especialmente em relação à
reforma da previdência. Até lá, o otimismo prevalecerá!
O cenário econômico atual é muito propicio para a retomada
do crescimento econômico no Brasil: juros baixos, inflação controlada,
confiança em alta dos empresários, investidores e consumidores, e crédito
disponível, dentre outros.
Posto isto, continuo extremamente otimista com o IBOV no
curto, médio e longo prazo. É verdade que a continuidade do crash lá fora, poderá nos afetar, mas
possivelmente de forma pontual e momentânea. O mais importante é o Governo
Bolsonaro seguir o “caminho das reformas”,
aliás, não há outra saída: reformas ou reformas. Daí, ninguém segura o crescimento
do PIB Brasileiro e, por conseguinte, o lucro das empresas e o desempenho da
bolsa.
Por outro lado, o dólar deverá seguir o caminho inverso.
Além dos fundamentos que apontam nessa direção, no gráfico semanal (análise
técnica – veja abaixo), o dólar futuro está montando uma importante figura de
reversão (ombro-cabeça-ombro) que poderá derrubar a cotação da moeda americana;
talvez para pouco mais de três reais nos próximos seis a doze meses. Aguardemos.
Desejo aos meus leitores e amigos um EXCELENTE ANO NOVO!
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.
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