sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Semana decisiva para o IBOV




Na próxima semana, entre os dias 21 a 25 de outubro, o IBOV terá um momento decisivo.

Como comentei no começo do mês de outubro, o índice se recuperou fortemente após atingir o suporte em 100 mil pontos no começo de outubro (Bingo de novo para quem acompanha o Blog!).

Os dois primeiros alvos citados por mim foram atingidos: 104 e 106 mil pontos. Na verdade a máxima foi de 105.891, mas isso é irrelevante.

Desta forma, o IBOV fez um topo triplo na faixa dos 106 mil pontos: em julho, setembro e outubro.

Aprendi nos últimos 10 anos estudando os gráficos que, qualquer ativo ao fazer um topo triplo, tem uma forte movimentação nos preços pela frente: ou romperá a resistência ou corrigirá fortemente.

Qual será o destino do IBOV em minha opinião?

Acho que o IBOV romperá o topo histórico em breve, talvez na semana que vem. Mesmo sabendo que meu palpite é contrário à opinião de um grande mestre da renda variável, Ivan Sant’Anna. Ele, em postagem recente, acredita que o IBOV já fez a máxima do ano, em julho. Aguardemos.

A correção que começou na última quinta-feira (17/10) deverá ser leve e durar poucos dias, e isso ajudará o IBOV a ganhar força compradora para romper com convicção a resistência. Essa é a minha aposta.

Seguem algumas ponderações que suportam o meu otimismo:


1.      Ao que tudo indica, finalmente, a reforma da previdência será votada e aprovada em segundo turno no dia 22/10. Ufa! Mesmo com todas as lambanças do PSL, o partido do Presidente; as peripécias do comandante e de seus asseclas parecem que não afetarão a área econômica. O Paulo Guedes deveria ganhar um Nobel de Economia.


2.      Após a aprovação da reforma é provável que o fluxo de investimento dos estrangeiros volte de maneira mais intensa.


3.      O dólar americano claramente perdeu o ímpeto de alta dos últimos dois meses. Mesmo com as notícias ruins recentes, a moeda americana não conseguiu atingir novos topos e já mostra sinais de fraqueza.

4.      Na próxima semana teremos o início da divulgação dos resultados das companhias de capital aberto. Vários bons analistas afirmam que teremos gratas surpresas.

5.      O leilão da sessão onerosa do pré-sal deverá ocorrer em novembro, após acordo de partilha da receita, aprovado no Senado na última semana. Isso injetará 100 bilhões nos cofres públicos (União, Estados e Municípios) e na Petrobrás.

6.      A inflação continua controlada. O IPCA de setembro foi muito baixo. E os juros básicos caminham para patamares baixíssimos. Talvez os juros reais no Brasil fiquem negativos. Quem imaginaria isso num passado recente?

7.      Os sinais de retomada do crescimento são notórios. Esqueça a opinião da mídia não especializada. Cito dois exemplos. Empregos: em setembro houve a criação de mais de 157 mil postos de trabalho com carteira assinada, sendo o melhor resultado para o mês desde 2013. Mercado imobiliário: aqui em Goiânia o setor já está “bombando”. Na cidade de São Paulo também. E isso deve está acontecendo em outros centros... O último empurrão para a volta completa do crescimento será a retomada do crédito, pois os Bancos ainda continuam exagerando nos juros.

8.      Lá fora, por enquanto, é improvável uma queda mais brusca dos mercados ainda em 2019. A serenidade temporária no exterior nos favorece. Já para 2020, a história pode ser bem diferente.

9.      Usualmente o último trimestre de cada ano costuma ser positivo para as bolsas de valores. O indicador OBV mostrou um alto fluxo financeiro na última pernada de alta, o que favorece o rompimento do topo histórico. E mais, a tendência do IBOV é claramente de alta desde janeiro de 2016. A única situação gráfica que me incomoda é uma divergência no MACD no gráfico diário. Afora isso, tudo corrobora para o rompimento do topo histórico.




10.  Por último: a ampliação da migração dos investidores de renda fixa para a renda variável será inexorável, incluindo os grandes fundos de investimentos.


Apesar dos ventos favoráveis temos que ter a ciência que o mercado financeiro nem sempre é previsível, e que o Brasil não é para amadores. E mais. Cisnes negros podem surgir a qualquer momento.

Assim, não exagere na dose de otimismo e balanceie sua carteira. Nada de riscos em excesso. E não se esqueça de acrescentar os ativos de proteção.

Bons investimentos!

MJR

As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos.






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