quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

IBOV – Balanço de 2019 e o que esperar para 2020




Comecemos pelo final de 2019. Tivemos o famoso rally de dezembro. Até aqui, ganhos superiores a 7% em pouco mais de três semanas (IBOV próximo de 117 mil pontos no momento em que finalizo este texto). Nada mal se compararmos ao retorno anual da renda fixa.

Será que poderemos atingir patamares mais altos nos próximos dias? Sem dúvida, isso é possível, mas eu acredito que a meta de curto prazo foi atingida. Talvez o mais prudente seja realizar lucros, parcialmente, é claro. Ainda estamos num BULL MARKET estrutural e não podemos sair da “festa”. A ideia é aumentar um pouco o “caixa” para futuras compras, numa eventual correção do índice.

O IBOV está esticado no curto prazo e um recuo pode estar próximo – talvez ele ocorra apenas no começo de janeiro (nessa época do ano, os índices costumam ficar “parados” e sem liquidez). Aguardemos. Uma correção saudável seria até o patamar de 109 mil pontos: último topo rompido e retração de Fibonacci (50 – 61,8%).

Um fato preocupante é a calmaria no mercado externo. Não gosto desta baixa volatilidade. Movimentos mais bruscos poderão ocorrer a qualquer momento. Lembre-se, desde outubro de 2019, o mercado americano só sobe, praticamente sem correção...

Voltemos ao ano de 2019 como um todo. A perspectiva gerada ao final de 2018 foi confirmada e tivemos um ano excelente para a bolsa de valores. Alta de mais de 30%.

Os principais dados econômicos atuais, como os juros básicos muito baixos (para o padrão brasileiro), a inflação estável, o déficit fiscal do governo endereçado e a economia real em aquecimento, são perfeitos para o retorno dos lucros das empresas de uma maneira mais significativa e sustentável. E isso impulsionará o preço das ações. Destaque para os setores de varejo e consumo, construção civil e siderurgia (em breve comentarei com mais detalhes os setores mais promissores).

Desta forma, espero por mais um ano de fortes ganhos da bolsa brasileira. Talvez em 2020 tenhamos ganhos semelhantes aos de 2019. Por outro lado, acredito também que teremos um ano mais turbulento e com aumento da volatilidade. E mais. É possível que as maiores adversidades venham do cenário externo, especialmente das eleições americanas. Todavia, como o Brasil não é para amadores, não se pode descartar o surgimento de algum “cisne negro” político-econômico por aqui, o que, teoricamente, pode afetar a retomada do crescimento.

Uma ressalva: mesmo diante de um recuo mais forte das bolsas americanas em algum momento de 2020, e isso é bastante factível, é possível que o IBOV “sofra” menos e tenha um desempenho melhor. É óbvio que uma “pancada” mais significativa por lá nos afetará, mas talvez de uma maneira mais amena e fugaz. A ver.

Aproveito este último post de 2019 para desejar a todos os leitores do blog um Ano Novo repleto de alegrias e conquistas. 

Bons investimentos!

MJR


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