Como comentado no post anterior tenho a expectativa de mais
um ótimo ano para o IBOV, em continuidade ao nosso Bull Market, iniciado em
janeiro de 2016. Acredito também que teremos um ano muito mais volátil, também
já alertado aqui.
Antes de comentar os setores, segue minha visão sobre a
atual correção do IBOV nos últimos dias:
1.
A correção foi muito curta. Ainda não tirou o
estado sobrecomprado do índice.
2.
Claramente o IBOV perdeu o ímpeto altista no curto prazo.
3.
Mais correções virão. É uma questão de tempo.
4.
Acredito que buscaremos os 110 mil pontos nas
próximas semanas (ou meses). Não acontece da noite para o dia, usualmente.
5.
Um cenário de correção mais aguda poderá chegar
por aqui se as bolsas lá fora resolverem cair com mais força. Já são quase
quatro meses de alta nos EUA.
6.
Assim, sugiro manter um bom caixa para futuras
compras, sem sair completamente da posição comprada. Uma realização de 20% da
carteira de ações é um percentual interessante. Se o IBOV continuar subindo,
estaremos ganhando, se cair, poderemos aumentar a posição no futuro pagando
mais barato. Essa é a lógica das “realizações parciais dos lucros”.
Voltemos ao tema central do post. Com a Taxa Selic muito
baixa (4.5% ao ano), para os padrões tupiniquins, o déficit fiscal do Governo
Federal endereçado (mais reformas virão) e a clara reação da economia
brasileira, é muito provável que teremos um forte crescimento do PIB neste ano,
talvez na casa dos 3%, muito acima dos últimos anos. E isso promoverá um
salto nos lucros das empresas. Lucros em alta, ações em alta. Simples!
De uma maneira geral quase todos os setores devem performar bem em
2020, mas listo abaixo os cinco mais promissores. Aqueles que poderão ter uma
perfomance acima da média, em minha opinião:
1.
Construção civil: a forte reação das ações do
setor em 2019 é um ótimo sinal inferindo categoricamente que teremos bons anos
pela frente, após anos e anos de estagnação. Opte pelas melhores empresas do
setor. Sempre!
2.
Varejo: o aquecimento da economia e o aumento do
crédito fortalecerão o consumo interno. Tenho preferência pelas empresas
ligadas ao comércio digital.
3.
Shopping Center: o barateamento do custo do
dinheiro e a expansão da economia levarão este setor a outro patamar.
4.
Turismo: como no varejo, e pelas mesmas razões,
o setor deve crescer bem. E mais: o cenário de crise após a falência da Avianca
parece que ficou para trás.
5.
Siderurgia: após vários anos no vermelho, o aço
voltará a ser muito requisitado. Tanto o aço longo (construção civil) como o
plano (bens de consumo).
As empresas de commodities poderão ter um bom desempenho em
2020, mas turbulências externas podem prejudicar o resultado anual. Tenha em
carteira, mas com moderação!
E lembre-se, no mercado financeiro não existem certezas, e sim, probabilidades.
MJR
* As opiniões postadas no blog são apenas posições do autor sobre o tema, e não constituem em si, recomendações de compra ou venda de ativos. E mais. O investimento no mercado de renda variável pode gerar prejuízos.
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