Se o mês de
agosto tinha sido ruim para a bolsa brasileira, em setembro o desempenho do
IBOV foi ainda pior: queda aproximada de 5%. A diferença é que as bolsas
americanas também caíram nesse último mês, menos do que o IBOV, mas caíram.
Seguimos num desempenho relativo muito ruim.
Vinha insistindo
nos meus comentários que o patamar de 98 / 100 mil pontos era muito relevante.
Segurou o mercado por muito tempo, mas após a perda desse suporte, o IBOV
buscou a faixa dos 93 mil pontos, também já comentada.
O que fazer? Antes comentarei alguns drivers importantes para o caminho do IBOV no próximo mês (ou meses):
1) Se a correção nos mercados americanos persistir, o IBOV vai junto. E há espaço para a continuidade das quedas por lá.
2) Graficamente, o IBOV está numa clara tendência de baixa de curto prazo, após o topo do final de julho.
3) As eleições americanas trarão muita volatilidade aos mercados.
4) O cenário fiscal no Brasil continuará sendo nosso principal obstáculo.
5) A pandemia não passou, mas está passando. E vai passar. Já existem evidências claras nesse sentido. O pior já passou. Lembre-se de que o mercado de ações anda no mínimo seis meses à frente da economia real.
Seguem meus pensamentos:
1) Mesmo sabendo que ainda temos espaço para cair mais (próximos suportes do IBOV em 90 e 83 mil pontos), acredito que chegou a hora de começar a colocar o nosso “caixa” para trabalhar – é praticamente impossível acertar os fundos. E na minha opinião o risco-benefício atual compensa essa postura (os alvos esperados são proporcionalmente maiores do que os possíveis suportes, e estamos num primeiro forte suporte – 93 / 94 mil pontos). Desta forma, vá comprando aos poucos, sem atropelos. Opte por aumentar a posição nos melhores ativos. Evite as posições perdedoras. E lembre-se de manter o caixa de curto prazo.
2) Mantenha a diversificação da carteira e uma rigorosa seleção de ações.
3) Continue evitando os títulos prefixados. Os juros futuros continuaram subindo em setembro e podem subir muito mais. E outra. Se você for adquirir títulos atrelados à inflação, compre com parcimônia. No futuro poderemos compra-los com preços mais descontados.
4) Se o cenário fiscal deteriorar, além dá disparada dos juros futuros, o dólar continuará forte frente ao real. A barreira dos 6 reais poderá ser rompida. Todavia, uma melhora do cenário fiscal no Brasil (reformas e boas notícias) pode derrubar a cotação da moeda americana.
5) O ouro, curiosamente, também cedeu em setembro, da mesma forma que no começo de março (início da pandemia), mas acredito que após a turbulência do mercado de ações, o metal voltará a se valorizar.
6) Mercado imobiliário: na minha opinião é um dos melhores setores para investimentos no cenário atual, pois os indicadores são conflitantes. Enquanto os dados da economia real no setor imobiliário estão bons (em breve escreverei sobre o assunto), os preços dos ativos se depreciaram fortemente nos últimos dois meses, especialmente as ações de empresas de construção civil listadas em bolsa.
7) E mais. Acredito que o cenário dramático vivido no setor de Shoppings ficou para trás. A recuperação virá de uma maneira paulatina, mas virá. As ações e os fundos imobiliários atrelados a esse segmento estão descontados.
Bons
investimentos.
*Fique
atento: qualquer sinal gráfico mais contundente de fundo no IBOV, eu postarei
no Blog.
MJR
Conheça o meu novo site: www.investircadavezmelhor.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário