quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Por que o Mercado Financeiro está contra a reeleição da Dilma?



Para os mais esquerdistas e obtusos, a reposta está na ponta da língua: “são as elites querendo derrubar o Governo Popular”. Popular? Será que o povo está satisfeito com atual cenário econômico? Com a escalada da inflação? Com a corrupção jamais vista neste país? Com o inchaço da máquina pública? Com o aparelhamento político das nossas estatais? Creio que não... Aliás, as manifestações populares em junho de 2013, apartidárias, mostraram de forma categórica que grande parte da população não compartilha com a atual gestão pública. Mas, voltemos ao tópico principal e veja algumas ponderações:

Na reeleição do Presidente Lula em 2006 e na eleição da Presidente Dilma em 2010, o Mercado Financeiro não pendeu para nenhum dos lados. Ficou neutro. Motivos? Vários. Mas o principal: a economia estava nos trilhos. A situação agora é muito diferente.

A miopia do atual Governo é espantosa. Basta assistir a qualquer entrevista do “Profeta” Guido ou ao programa eleitoral gratuito da Presidente Dilma. Para o Governo está tudo bem: o crescimento do PIB está vigoroso, a inflação domada, a confiança dos investidores e empresários está em níveis elevados, a saúde pública perfeita, a infraestrutura impecável... Será? É muito Autismo para um Governo só!

A descrença do Mercado Financeiro é justamente pela falta de ação do atual Governo Federal. Primeiro, porque não reconhece os graves problemas e, segundo porque não faz absolutamente nada para alterar o rumo da economia.

O outro fator que implodiu a confiança dos investidores foi a desastrosa intervenção do Governo Federal nas regras do Setor Elétrico em setembro de 2012 (MP 579). Os efeitos maléficos para a população estão chegando: escassez de energia e aumentos abusivos. Alguém tinha que pagar a conta!  

A última balela do Governo Federal é que a taxa de desemprego está muito baixa. Sim, ela está. Ninguém discute este fato. Todavia, isto não é mérito da atual administração, e sim dos 16 anos precedentes, na gestão de FHC e do Lula... Outro aspecto: a criação de empregos já está caindo e se nada for feito, em breve a taxa de desemprego aumentará. Pode crer!

Assim, caros leitores, não é uma questão ideológica do Mercado Financeiro, é apenas uma análise do cenário atual; uma simples perspectiva de futuro para a economia do país.  Nenhum investidor em sã consciência irá investir num cenário de caos como o vigente. Sem o retorno dos investimentos, não teremos crescimento, não teremos empregos e não teremos melhores salários. Estamos fadados ao fracasso! MJR  

Leia também o artigo da economista Monica De Bolle:

http://www.galanto.com.br/monicablog/?p=1877

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