segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Nova Composição do IBOV 2015



Desde o começo de 2014, a metodologia do Índice Bovespa (IBOV) foi alterada, como já comentei algumas vezes no blog. O objetivo principal é expurgar as empresas de baixa perfomance e privilegiar as maiores e melhores ações listadas na Bovespa. Desde então, venho escrevendo que o IBOV terá um melhor desempenho no médio e longo prazo. As turbulências no curto prazo são passageiras. Empresas pré-operacionais, como a “saudosa” OGX, ou mal geridas, como a Petrobrás, foram retiradas ou aos poucos estão sendo sugadas do índice. Desta forma, não acredito num IBOV abaixo dos 40 mil pontos. Neste patamar, mesmo com a economia nacional numa tremenda crise, a “bolsa” fica muito barata para os estrangeiros, especialmente quando convertida em dólares – pontuação atual dividida pela cotação do dólar: menos de 18 mil pontos. Veja abaixo um resumo da composição do IBOV para o primeiro quadrimestre de 2015 e meus comentários:

1 – Perceba que as Blue Chips mais populares, como a VALE e a Petrobrás, perderam importância no índice, atualmente, com cerca de 8% cada uma: antes as duas representavam quase 25% do IBOV.

2 – Atualmente o setor bancário é o de maior peso: por volta de 30% do IBOV (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, BB Seguridade, etc.)... Relembre os fabulosos lucros dos bancos privados no ano passado. Teria espaço para os lucros caírem? Pense: Taxa Selic em alta, gestão impecável dos bancos privados e controle rígido do crédito.

3 – A Ambev atingiu um patamar histórico, cerca de 7%. Outras grandes empresas do setor de consumo também aumentaram suas participações: Pão de Açucar (1,8%) e BRFoods (3,6%).

4 – As siderúrgicas perderam muito espaço: Usiminas, Gerdau e CSN. Por enquanto nenhum sinal de reversão para o setor.

5 – Empresas sólidas e eficientes ganharam maiores espaços no IBOV, como a Embraer e a Ultrapar (esta última dona da marca Ipiranga – postos de combustíveis).

6 – Uma empresa de destaque do ramo educacional também fez bonito. Após dois anos liderando os ganhos na bolsa de São Paulo, a KROTON agora tem participação de mais de 2%.

Desta forma, fica muito claro prever que o IBOV tem pouco espaço para cair abaixo de 45 mil pontos. Os “lixos” da Bovespa aos poucos estão sendo varridos do mapa. Portanto, faça o mesmo e junte-se às boas empresas. Outro detalhe importante: a composição do IBOV é revista a cada quatro meses, assim empresas que tiveram baixa perfomance recente, num futuro próximo podem aumentar a participação no IBOV. Um grande exemplo é a VALE. Ela tem tudo para melhorar sua participação no IBOV nos próximos anos. O preço do minério de ferro não cairá pra sempre. Ciclos são ciclos!

Por último, existem duas maneiras simples de ganhar com a subida do IBOV: a compra do ativo BOVA11, um fundo de índice negociado em bolsa que acompanha diretamente a variação do IBOV, e a compra de minicontratos no mercado futuro. Leia mais sobre estes ativos no site (www.investircadavezmelhor.com.br) ou conheça meus livros na Amazon.

Bons investimentos.


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