A minha
perspectiva de alta para o IBOV em abril não foi confirmada. O índice até
tentou superar a resistência, mais logo em seguida recuou, permanecendo “aprisionado”
na longa congestão entre 83 e 86 mil pontos. Inclusive, ontem, o IBOV tocou o
limite inferior da congestão em 83 mil pontos e parece que vai reagir.
Antes de
comentar os próximos passos do IBOV, eu preciso citar que nas últimas semanas o
índice brasileiro está muito sintonizado com o mercado americano. Assim, é
preciso acompanhar de perto a evolução do S&P. E lá o viés de curto prazo é
claramente baixista. Fiquemos atentos.
Outra questão: o mercado financeiro está em “modo de espera” para as eleições presidenciais deste ano. Ainda não há sinais claros sobre quem vencerá as eleições. A partir do momento que isso ficar mais claro, o mercado tomará a decisão antes mesmo das urnas.
Gostaria de
citar também a disparada do dólar. Existem fatores externos – em virtude do
aumento dos juros americanos, o dólar subiu globalmente, basta ver o gráfico do
“dólar índex”(abaixo) – e também internos. Por aqui, o dólar americano funciona como
uma proteção para os tempos de incertezas políticas e econômicas. Portanto, o viés de curto prazo para o dólar é de alta.
Apesar do
IBOV “estar de lado” nos últimos meses, várias importantes ações do IBOV
despencaram e já oferecem oportunidade de compra.
Posto isto,
comento os três cenários possíveis do IBOV para o mês de maio:
1 = Se o
cenário externo “azedar”, o IBOV deverá buscar patamares mais baixos de
suporte, em 80/81 mil pontos e depois o forte suporte em 78 mil.
2 = Como
estamos no limite inferior da congestão, a tendência natural do IBOV é retestar
os topos anteriores em 86 e 88 mil pontos nos próximos dias.
3 = A
superação dos 88 mil pontos ainda me parece um pouco distante. Por enquanto, o
mercado continua sem força para superar essa marca. Só acredito nessa hipótese,
se o mercado americano voltar a subir com mais força, o que me parece improvável
nesse momento.
Importante:
nos momentos de incertezas como o atual, para as operações de curto prazo, o
mais sensato é aguardar sinalizações mais claras do IBOV. Já para o longo
prazo, num Bull Market, os momentos de queda são grandes oportunidades para o investidor aumentar
a posição comprada.
MJR
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