quarta-feira, 27 de março de 2019

A insensibilidade dos mandatários em Brasília.





Ontem à noite, em ritmo frenético, a Câmara dos deputados aprovou a “PEC do Orçamento”, por ampla maioria. Ao que tudo indica simplesmente para “cutucar” o Presidente Bolsonaro, e mostrar que sem negociação com os parlamentares, o Governo não governa, simples assim. Os últimos presidentes que “bateram de frente” com os líderes da Câmara sofreram impeachment no Brasil, Collor e Dilma.

Por outro lado, já estamos no final de março e a PEC da Reforma da Previdência enviada em fevereiro progride em ritmo de tartaruga. É inacreditável! Enquanto isso, milhões de desempregados continuam sofrendo nas ruas com a insensibilidade dos políticos em Brasília. A aprovação da reforma destravaria a “nossa dependência” do Estado por alguns anos.

O cenário econômico atual de juros baixos, inflação controlada e longa estagnação econômica é extremamente propício para a retomada do crescimento econômico e a forte geração de empregos. Basta o Governo Federal mostrar aos investidores e empresários que mantém a capacidade de honrar suas dívidas no futuro. Atualmente, a reforma da previdência é o gatilho mais relevante para o controle dos gastos públicos e solvência do Governo.  

E o mais triste, o lenga-lenga de Brasília prejudica mais justamente a população menos escolarizada e mais pobre. É um verdadeiro contrassenso da classe política.

Em virtude da urgência do tema, se fôssemos um país sério, a reforma já estaria muito mais avançada. E mais. Os setores que serão prejudicados com a reforma, ainda não mostraram a cara e aguardam o momento mais propício para colocar “as manguinhas” de fora.

A atual previdência social é obsoleta, deficitária e desigual, privilegiando alguns grupos em detrimento da maioria da população. Basta. Essa anomalia chegou ao limite.

Ainda tenho a convicção de que alguma reforma da previdência passará ainda neste ano, mesmo que de forma desidratada e num ritmo muito lento. E por uma questão simples. Não há outro caminho. Nem para o Governo Federal e muito menos para os Estados da Federação.

O que mais me incomoda é o completo descaso da classe política com a população, especialmente em relação aos menos favorecidos. Uma postura míope e egoísta.

MJR



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