sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Futuro inglório





Começamos o ano de 2016 com o pé esquerdo. A previsão de um ano ruim era mais que óbvia. Quase nada foi feito em 2015, um ano perdido. O ajuste fiscal, cerne do caos econômico atual, não saiu do papel: os avanços foram mínimos.

No final do ano passado comentei que o IBOV tinha perdido um forte suporte em 44 mil pontos. Bingo. No dia de hoje o índice flerta com os 40 mil pontos, outro suporte.

O mais provável é um repique (alta) de curto prazo. Mas não se iluda, o IBOV vai cair ainda mais. O fundo tem porão. Tenho uma projeção pessoal de 35 mil (por volta de) pontos para os próximos meses, mas não será da noite para o dia. Será uma sangria mais lenta com picos de estresse, como o desta semana. Somente um fato novo pode mudar este cenário.

A bolsa brasileira está barata, mas a situação econômica interna é desastrosa. O quadro político é ainda mais nebuloso. A confiança dos empresários, dos investidores e da população foi triturada nos últimos anos. E para piorar, a China resolveu colocar as manguinhas de fora. Dá-lhe motivos para a bolsa desabar.

As bolsas internacionais tiveram altas expressivas nos últimos anos, porém elas começaram o ano com quedas vertiginosas. O motivo atual é a China, mas outros virão, o que pressionará ainda mais o nosso índice. Funciona assim: como aqui só temos más notícias e sem perspectivas de melhora, se as bolsas lá sobem, aqui acompanhamos, timidamente; mas se lá elas caem, aqui despencamos. Simples. Não temos pernas próprias. Somos reféns do humor dos investidores estrangeiros. Moral da história: o IBOV caiu mais de 6,0% somente nesta primeira semana de 2016.

Assim, definitivamente, não há motivos para comemorar. A situação vai piorar.

No próximo post vou comentar sobre as oportunidades de investimentos para 2016. Apesar de tudo, existem ótimas opções de investimento, no curto, médio e longo prazo. Não percam!

MJR


Nenhum comentário:

Postar um comentário